Onde investir em 2024? Há opções para todos os perfis e bolsos

Analistas do Nubank mostram as opções para quem quer começar a investir e para quem já investe.

Ações, fundos imobiliários, CDBs, títulos públicos… Para quem quer ver o dinheiro render em 2024, a tarefa de escolher onde investir parece complicada, diante das muitas opções que o mercado oferece. É tanta coisa que até quem já tem alguma experiência com investimentos pode ficar perdido. 

Mas saber onde investir não precisa ser tão difícil assim. Para facilitar a sua escolha, os analistas de investimentos do Nubank, Pedro Mota, Murilo Breder e José Falcão Castro mostram opções para todos os bolsos e explicam o que pode se destacar ao longo do ano. Veja abaixo. 

O que é preciso fazer antes de escolher onde investir? 

Antes de escolher onde investir em 2024, é preciso primeiro entender o seu perfil de investidor e definir seus objetivos. 

O perfil do investidor é uma classificação que uma pessoa que aplica dinheiro em um produto de investimento recebe. E essa categorização está ligada ao risco que ela está disposta a assumir com suas aplicações – ou seja, quanto dinheiro ela suporta perder. 

A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) divide os investidores em três perfis básicos: conservador, moderado e arrojado ou agressivo, também chamado de experiente. Entenda cada um deles: 

  • Conservador: esse perfil de investidor é o que tem mais medo de perder dinheiro. Ele prefere investir em produtos de baixo risco, e abre mão da possibilidade de ganhar mais em troca dessa segurança. Por isso, ele geralmente escolhe investimentos da renda fixa, como CDBs, títulos do Tesouro Direto e fundos de renda fixa.
  • Moderado: é aquele que está disposto a assumir riscos um pouco maiores para ter uma rentabilidade também maior. Mas, ao mesmo tempo, não abre mão de certa segurança. Por isso, ele investe tanto em renda fixa, mais segura, quanto em outras opções de médio risco, como fundos multimercados e até algumas ações.
  • Arrojado ou agressivo: também chamado de experiente, ele está disposto a correr riscos altos para ter maior rentabilidade – ou seja, aceita perder uma parcela do patrimônio em busca de maiores retornos. Por isso, a maior parte de suas aplicações está em produtos de renda variável, como ações, fundos de ações, fundos imobiliários e até criptomoedas. Normalmente, esse investidor já tem muito conhecimento do mercado e também um patrimônio maior para suportar as eventuais perdas.

Para entender melhor o seu perfil, ouça o podcast abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=kg5ZVWICo04&t=264s

Já sei meu perfil, por que preciso saber meus objetivos? 

Porque estudos da economia comportamental já provaram que, quando o ato de investir é acompanhado por um porquê, fica mais fácil manter o hábito de aplicar o dinheiro. Além disso, cada meta tem um investimento mais adequado. 

Isso acontece por causa do prazo. Por exemplo: se seu objetivo é viajar daqui a um ano, não faz sentido aplicar o dinheiro da viagem em um título que vence em cinco anos. Assim como é arriscado aplicar em ações os recursos da reserva de emergência.  

Em outras palavras, ter objetivos claros, com prazos definidos, ajuda na hora de escolher onde investir. 

Veja aqui como criar objetivos realistas.

Renda fixa: onde investir em 2024? 

A renda fixa é uma modalidade de investimentos que garante retorno sobre o valor aplicado no momento do vencimento. Mas essa segurança tem um preço: os retornos não são tão altos assim, se comparados aos dos ativos mais arriscados. Por essas características, a renda fixa é a porta de entrada para investidores iniciantes, de qualquer perfil. E também é uma boa opção para os mais conservadores e moderados. 

Para garantir esses retornos, muitos dos investimentos dessa modalidade acompanham indicadores econômicos, principalmente a inflação e a taxa básica de juros da economia, a Selic. De forma geral, quando eles sobem, o rendimento desse tipo de investimento também sobe.  

E, segundo o analista Pedro Mota, a renda fixa vai permanecer atrativa em 2024. "Está prevista uma queda mais contida, mas a expectativa é que a Selic chegue a 9% ao ano”, diz.

Com esse rendimento um pouco menor, Mota afirma que surgem oportunidades em títulos com prazos de vencimento mais longos, como os prefixados, que tendem a remunerar mais.

O que pode afetar a renda fixa em 2024?

Alguns fatores podem alterar os investimentos dessa modalidade. Os rumos da inflação e da taxa Selic, o equilíbrio das contas públicas, o sentimento do investidor estrangeiro em relação ao Brasil são alguns exemplos. 

De toda forma, os principais impactos nos investimentos de renda fixa vêm a partir de decisões do Banco Central. Caso aconteça alguma mudança no cenário macroeconômico no Brasil e no mundo, pode ser que o BC mude a rota, e suba ou até mesmo reduza a taxa Selic em um ritmo mais forte. 

Veja as oportunidades da renda fixa para cada perfil de investidor, segundo o analista. 

Para conservadores e iniciantes

Para quem está começando ou tem um perfil mais conservador, Mota indica investimentos atrelados ao CDI e que sejam pós-fixados. Nesse caso, o Tesouro Selic é uma boa opção para a construção da reserva de emergência.

Para investidores moderados

Investidores de perfil moderado podem encarar um pouco mais de risco. Por isso, a recomendação são os títulos de renda fixa privada atrelados ao CDI, emitidos por empresas e bancos, por exemplo. 

Para investidores arrojados

Quem é mais experiente e tem perfil arrojado pode partir para títulos de longo prazo, como o Tesouro IPCA+ ou o RendA+

Já tenho investimentos de renda fixa, preciso mudar algo em 2024?

Para quem já tem investimentos de renda fixa na carteira, Pedro Mora recomenda não fazer nenhuma alteração apenas porque a taxa de juros mudou. “Sempre digo que taxa de juros não muda perfil de risco. O que muda são seus planos, objetivos, onde você quer chegar”, afirma. 

“Vou dar um exemplo: você tinha um emprego fixo com uma renda estável e podia ter um portfólio com muito mais risco para poder buscar retornos maiores. Só que, nesse ano, você passou a ser autônomo com uma renda mais flutuante. Então não dá para contar com tantos riscos. Nesse caso, você deveria readequar o seu portfólio para menos risco e menos volatilidade”, conclui.

Renda variável: onde investir em 2024? 

A renda variável é uma modalidade de investimentos em que não é possível garantir um retorno. Na prática, você faz aplicações sem saber se vai ganhar ou perder dinheiro depois de um determinado período. Esses ativos são conhecidos como arriscados e muito voláteis – ou seja, os preços deles sobem e descem a todo momento.

No mundo dos investimentos, a rentabilidade de um ativo está atrelada ao risco que ele oferece. Quanto maior a garantia de retorno, menor esse retorno será. Por isso, no caso dos investimentos de renda variável, a possibilidade de rentabilidade é alta, porque esse tipo de ativo tem alto risco. 

Fazem parte dessa modalidade as ações e fundos de renda variável, por exemplo. 

O que esperar da renda variável em 2024? 

Para 2024, mesmo com a tendência de os juros permanecerem elevados, a Bolsa de Valores pode ganhar espaço. Um dos motivos, segundo Murilo Breder, analista de investimentos do Nubank, é que os brasileiros já estão começando a entender que a renda variável é para o longo prazo. 

“Com novas reduções da Selic esperadas para 2024, um movimento que começou no meio de 2023, a sinalização é de que outros ativos, como renda variável, se tornarão mais atrativos. Como a taxa de juros permanece alta, pode ser um bom momento para se posicionar para futuras quedas, já apostando em ativos que possam ser beneficiados por novas reduções da taxa de juros.”

Murilo Breder

Quais setores da Bolsa estão mais atrativos?

Para 2024, alguns setores podem ser promissores, segundo Murilo Breder: 

Empresas small caps: imagine que você tem R$ 1 e ganhou mais R$ 1. No fim dessa conta, você passa a ter R$ 2 – o valor é baixo, mas o aumento foi de 100%. Empresas small caps são companhias de baixo valor de mercado e que, por isso, têm potencial alto de valorização.

"A primeira leitura é que empresas ligadas a commodities, bancos e pagadoras de dividendos, em geral, performaram melhor nos últimos meses. Por outro lado, a segunda leitura é que ainda há oportunidade em outros setores e empresas de menor valor de mercado", afirma Breder.

Setores que dependem pouco do cenário interno: empresas que têm contratos de longo prazo, de setores essenciais e que têm boa parte das suas vendas vinculadas a outros países também podem ser destaque, segundo o analista. É o caso de companhias de energia elétrica, agronegócio, commodities metálicas e empresas privadas do setor de óleo e gás.

Empresas que pagam dividendos: resumindo, dividendo é um dinheiro extra pago por algumas empresas listadas em Bolsa para os seus investidores. Num cenário de juros ainda altos, essas companhias ficam mais atrativas. 

Abaixo, veja as oportunidades da renda variável para cada perfil de investidor, segundo o analista. 

Para investidores iniciantes

A recomendação para o investidor iniciante é criar uma reserva de emergência antes mesmo de pensar em colocar o pé na renda variável. Depois disso, Breder recomenda começar com fundos de investimentos.

"Com gestão profissional e diversificados, eles são a porta de entrada para a renda variável, sobretudo os fundos multimercados, que normalmente oscilam menos do que os fundos de ações." 

Murilo Breder

Para quem quer experimentar ações, o analista recomenda direcionar uma parcela pequena do patrimônio, de até 5%. Assim, o investidor consegue sentir as oscilações, entender melhor a Bolsa, mas coloca um limite de quanto pode perder. 

"A Bolsa sempre foi e sempre será lugar para iniciantes, desde que o perfil de investidor seja respeitado. O grande cuidado é evitar o erro de ter posições grandes demais. Muitos colocam uma grande parte do patrimônio em renda variável sem sequer conhecer seu perfil", reforça. 

Por isso, para quem vai começar na Bolsa em 2024, o analista recomenda primeiro pensar no longo prazo e só colocar mais dinheiro aos poucos. Para esse público, empresas que pagam dividendos são um bom caminho, como as do setor elétrico, do agronegócio e de commodities metálicas.

“Lembre-se que diversificar seus investimentos em diferentes setores, indústrias e regiões ajuda a reduzir o impacto negativo de eventos específicos do mercado em sua carteira. Por fim, se possível, tenha alguma estratégia definida antes de investir. A estratégia de se obter renda passiva via ações e/ou fundos imobiliários, por exemplo, é simples de ser compreendida e executada. Portanto, um bom ponto de partida para os que estão começando em renda variável”, explica.

Para investidores moderados

Para quem sabe lidar com mais oscilação e até alguma perda, os fundos de ações são uma opção em 2024, diz Breder. 

"O investidor pode escolher desde fundos com uma volatilidade menor do que a média de mercado, bem como é possível dolarizar parte do patrimônio através de fundos que investem no exterior", explica.

Para quem quer dar o próximo passo, o analista recomenda equilibrar empresas pagadoras de dividendos e small caps. "Essa combinação permite uma boa valorização em um cenário mais otimista de mercado, por conta das small caps, e é capaz de suavizar eventuais quedas mais expressivas, devido às empresas pagadoras de dividendos", afirma o analista.

Para investidores arrojados

Para quem já tem experiência e conhecimento do mercado, Breder recomenda as ações de empresas small caps.

Os BDRs norte-americanos, que são certificados que representam ações de empresas estrangeiras, também são boas opções para esse perfil de investidor neste ano, mesmo diante do risco de uma recessão nos Estados Unidos. 

Breder também recomenda não perder a visão de longo prazo e diz que tomar cuidado com os próprios vieses emocionais é necessário para não comprar na alta e vender na baixa. 

“Fortes altas de curto prazo podem fazer com que os investidores mais arrojados queiram investir ainda mais em renda variável com o medo de perder novas valorizações. Sendo assim, com o foco em ganhos de curto prazo, o risco da carteira aumenta enquanto o investidor vai  comprando ações cada vez mais caras.”

Murilo Breder

Já tenho renda variável na carteira, preciso mudar algo em 2024?

2024 deve ser, sim, um ano para mudanças. Murilo Breder recomenda tirar da carteira aquela ação que o investidor comprou, mas nem lembra o motivo. "Mesmo se a sorte ajudar e a ação subir, o investidor não saberá o que fazer", diz. 

E cuidado com ações baratas demais. "Existe um conceito chamado 'value trap' ou armadilha de valor, em português. Esse termo se refere a ações de companhias que parecem estar baratas mas que, na verdade, podem ser uma cilada", alerta.

Como saber se uma empresa é uma "value trap". Veja algumas dicas para reconhecer: 

  • A empresa tem produto ou serviço ultrapassado; 
  • Tem uma gestão duvidosa;
  • Está com muitas dívidas ou até em recuperação judicial.

Caso contrário, 2024 não deve ser um ano para grandes mudanças. “Embora momentos de oscilações, surpresas e incertezas façam parte do jogo e certamente devem aparecer ao longo do ano, os juros devem continuar caindo por aqui enquanto devem começar a cair nos EUA. Essa é uma combinação benéfica para a Bolsa de Valores. Sendo assim, para quem já está posicionado, não há grandes alterações a serem feitas na carteira”, finaliza.

Fundos imobiliários: onde investir em 2024?

Fundos imobiliários ou FIIs (sigla usada no mercado) funcionam como outros fundos de investimento: eles reúnem pessoas interessadas em investir e têm gestores responsáveis por controlar e administrar onde o dinheiro será aplicado. 

Ao aplicar num fundo, a pessoa dá à gestora o poder de investir o seu dinheiro. Em troca, ela repassa os lucros e a rentabilidade desse fundo para o investidor. No caso de um fundo imobiliário, os ativos que fazem parte dele são empreendimentos imobiliários ou aplicações financeiras ligadas a esse mercado. 

Esse tipo de investimento tem crescido nos últimos anos e chama atenção dos investidores pelo pagamento de dividendos, chamados popularmente de aluguéis. Por causa disso, muitos investidores escolhem os FIIs como primeiro investimento na renda variável. 

Para quem quer ter um fundo imobiliário na carteira, José Falcão Castro, analista de investimentos do Nubank, alerta para um erro comum.

"A minha recomendação é de não comparar e nem escolher entre FIIs ou renda fixa. São produtos diferentes, com objetivos distintos e o investidor deve ter as duas classes de ativos em uma carteira bem diversificada. Cada ativo com a sua estratégia." 

José Falcão Castro

O que aconteceu com os fundos imobiliários em 2023?

Nos últimos 12 meses, até o dia 18 de dezembro, o Ifix, principal índice dos fundos imobiliários negociados na Bolsa de Valores, havia subido 11,52%. 

Segundo José Castro, os destaques são os fundos imobiliários de tijolo, que são aqueles que fazem investimentos em shoppings, escritórios e galpões, por exemplo. "Eles sofreram muito no período de pandemia por conta das restrições, além da alta da taxa Selic, mas se recuperaram bem entre julho e setembro de 2022 com o possível fim do ciclo de alta dos juros", afirma. 

Já os FIIs de papel, aqueles que possuem títulos de renda fixa privada do mercado imobiliário (CRIs) na carteira, viraram os queridinhos da vez, segundo o analista. Um dos motivos é que eles pagaram mais rendimentos com a alta da inflação. 

"Apesar de caírem entre julho e setembro com a deflação, eles voltaram a ser vistos como oportunidade, após a inflação retornar no mês de outubro."  

José Falcão Castro

O que esperar dos fundos imobiliários em 2024? 

Em 2024, os fundos imobiliários devem continuar crescendo. "Investimentos em fundos imobiliários são de longo prazo, pois são imóveis, que historicamente tendem a se valorizar, inclusive repassando a inflação no valor do metro quadrado", explica o analista.

Apesar de ser muito buscado por investidores de todos os perfis, José Castro afirma que fundos imobiliários são mais voltados para quem tem mais experiência de mercado.  

"Apesar de possuírem uma volatilidade menor que as ações e características de renda passiva, com mais previsibilidade de distribuição de dividendos, suas cotas são negociadas em Bolsa de Valores e sofrem oscilações diárias, e os investidores precisam ter essa consciência", alerta. 

Quais as oportunidades em 2024? 

José Castro cita algumas oportunidades em fundos imobiliários para ficar de olho: 

Fundos de papel: em períodos de inflação alta, os fundos de papel rendem mais. Por isso, eles conseguem proteger o dinheiro do investidor da queda do poder de compra. 

Fundos de tijolo: já os fundos de tijolo podem ser mais interessantes para o longo prazo. "Os imóveis adquiridos tendem a ter uma valorização do metro quadrado ao longo do tempo e isso acaba sendo repassado para o preço da cota, além dos rendimentos mensais que esse tipo de FII também proporciona", explica José Castro.

Mas como escolher um fundo imobiliário? 

José Castro recomenda procurar fundos imobiliários com baixo custo – ou seja, fundos com taxa de administração e gestão abaixo de 1% ao ano e que não cobrem taxa de performance. 

Veja outras dicas: 

  • Tamanho: os fundos precisam ter ativos diferentes para fazer do fundo o mais diversificado possível;
  • Diversificação: um FII atrativo tem diversificação geográfica, de ativos (imóveis ou CRIs) e inquilinos (residencial, comercial, industrial);
  • Liquidez: um fundo líquido é aquele em que é possível vender as contas sem dificuldades e sem que a saída de investidores prejudique quem ficou. Isso tem relação com o número de cotistas e a média diária de negociação das cotas em Bolsa; 
  • Ifix: um FII que faz parte do índice de fundos imobiliários da Bolsa também mostra o quanto esse fundo tem liquidez;
  • Inadimplência: um fundo imobiliário pode ter todas as características acima, mas se os inquilinos desses imóveis não estiverem pagando os aluguéis não adianta nada. Olhar essa taxa de inadimplência é fundamental para entender a saúde desse fundo; 
  • Vacância: investir num fundo que tem prédios comerciais sem inquilino, shoppings com lojas vazias e galpões às moscas é uma furada. A taxa de vacância é justamente essa média entre espaços ocupados e vazios num imóvel que faz parte do fundo.

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