Pular navegação

Quanto rende o CDB?

CDBs são títulos emitidos por instituições financeiras e são os investimentos de renda fixa mais populares entre os brasileiros, segundo dados da Bolsa de Valores (B3).

Um dos investimentos mais populares do país, o CDB tem seu rendimento amarrado a indicadores importantes da economia. Veja quanto rende o CDB.

Existem vários caminhos para quem quer investir. Começar pela renda fixa, modalidade que reúne os investimentos mais seguros e conservadores, pode ser um deles – principalmente para aqueles que querem ir devagar e sentir como funciona o mercado antes de colocar dinheiro em lugares mais arriscados, como a Bolsa de Valores

Não é à toa que existem mais investidores com dinheiro em ativos de renda fixa do que aquelas com investimentos na renda variável. Segundo dados da B3, até junho de 2022, existiam 4,4 milhões de pessoas físicas na Bolsa, 2 milhões com dinheiro no Tesouro Direto e 11,9 milhões com aplicações em outros investimentos de renda fixa. 

E os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) lideram a preferência: 8,7 milhões de investidores tinham R$ 563 bilhões investidos em CDBs até junho. 

Não importa o cenário econômico, o interesse pelo investimento fica maior ano a ano. O número de investidores que buscam os CDBs cresceu 21% no primeiro semestre de 2022. Mas por que esse tipo de investimento é tão popular? Quanto rende o CDB? 

https://www.youtube.com/watch?v=coa_VQE_Fyc

O que é e como funciona o CDB? 

Os CDBs são Certificados de Depósito Bancário emitidos por instituições financeiras. Elas fazem isso para captar dinheiro no mercado. Como assim? 

O Banco Central estabelece que todo banco deve fechar seu balanço diário com saldo positivo, o que nem sempre é possível, porque uma instituição pode ter mais saques do que entradas em determinado dia, por exemplo.

Para ter dinheiro sempre em caixa e fechar o dia no azul, os bancos realizam várias ações diariamente: pegam dinheiro emprestado a curtíssimo prazo de outros bancos, vendem os investimentos que eles têm e emitem títulos. 

Os títulos mais comuns são os CDBs. Quando você investe num CDB está, na prática, emprestando dinheiro para o banco. Em troca, essa instituição paga juros, de acordo com o prazo e o tipo de título que você escolheu.  

Quanto rende o CDB? 

Essa resposta depende do tipo de CDB, segundo Eduardo Perez, analista de investimentos do Nubank. Existem, basicamente, três tipos, que rendem de formas diferentes:

  • Prefixados: quando os juros já estão, como o nome diz, prefixados. Ou seja, nesse tipo de título, você já sabe, no momento da aplicação, exatamente quanto receberá no vencimento;
  • Pós-fixados: quando os juros não são fixos e variam de acordo com outros indicadores da economia. No caso dos CDBs pós-fixados, esse indicador só pode ser a taxa DI (ou CDI), por determinação do Banco Central.  
  • Híbridos: são CDBs cuja rentabilidade é a soma de uma taxa prefixada mais uma taxa pós-fixada. Por exemplo: um CDB que rende 3% ao ano (prefixada) + IPCA (pós-fixada). Em outras palavras, ele garante uma rentabilidade de 3% ao ano mais o IPCA do período, protegendo seu dinheiro da inflação.
https://www.youtube.com/watch?v=80aRLFX3sgk

O que é taxa DI ou CDI?

Lembra que um dos meios para as instituições fecharem o dia no positivo é pegar dinheiro emprestado com outros bancos? Elas fazem isso emitindo um título que é negociado apenas entre bancos, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). 

As instituições financeiras negociam o CDI toda hora, focadas em fechar o dia com saldo positivo e cumprir a regra do Banco Central. Assim como você recebe juros ao investir em CDBs, as instituições também recebem juros ao investir em CDIs de outros bancos. 

A taxa média de juros negociada em um dia por esses CDIs tem um nome: taxa DI, que também é chamada de taxa CDI. E essa taxa acompanha de perto a taxa básica de juros da economia, a Selic. É que esses empréstimos que os bancos fazem entre si por meio do CDI são, em geral, de curto prazo, e não faz sentido pagar uma taxa de juro maior que a taxa oficial da economia.  

Saiba quanto o CDI está valendo hoje clicando aqui.

Quanto rende o CDB prefixado? 

O rendimento do CDB prefixado funciona de forma parecida com o rendimento do Tesouro Prefixado. Ao investir nesse ativo, você já sabe quanto vai receber depois de determinado prazo. 

Ou seja, aqui não tem segredo: ao aplicar num CDB que paga 10% ao ano, você vai receber 10% ao final de 12 meses. 

O prazo de vencimento desse tipo de CDB varia muito. Existem aqueles de curtíssimo prazo, que vencem em dois meses, por exemplo, e os de longo prazo, cuja data de vencimento fica acima de cinco anos. 

Como é definida a taxa do CDB prefixado? 

Segundo Eduardo Perez, analista de investimentos de renda fixa do Nubank, os bancos definem o quanto vai ser pago ao investidor com base nos juros futuros, que são projetados em contratos e negociados diariamente na Bolsa de Valores.  

Os juros futuros são, basicamente, projeções para a taxa Selic – que é a taxa de juros que guia todas as outras taxas do país. 

Quem faz essa projeção é o mercado financeiro, que leva em conta o risco de se investir no Brasil. Quanto maior esse risco, maiores são as projeções dos juros no futuro. É como se os investidores cobrassem uma taxa a mais pelo risco de colocar dinheiro no país.  

Essa projeção tem como base a taxa de curto prazo dos juros, que é o valor atual da própria Selic. Se o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, sobe ou reduz os juros agora, o mercado se ajusta a essa nova realidade. 

Quanto rende o CDB pós-fixado? 

O CDB pós-fixado rende conforme o indicador que o acompanha, que é o CDI (ou a taxa DI). Como essa taxa é muito próxima à Selic, a variação do CDB pós-fixado acompanha o sobe e desce dos juros. 

Ou seja, quando os juros sobem, o CDB pós-fixado paga mais ao investidor, e quando os juros caem, o ativo rende menos. O que diferencia um CDB pós-fixado do outro é o quanto do CDI eles pagam.  

Você já deve ter reparado na plataforma da sua corretora ou no site do seu banco que o rendimento desse ativo é sempre um percentual do CDI. Por exemplo: 100% do CDI, 110% do CDI, 80% do CDI e por aí vai. 

Quando um CDB paga 100% do CDI, ele está pagando exatamente a taxa CDI.   

Por exemplo: se durante o período em que o dinheiro ficou aplicado o CDI foi de 10%, ele renderá esses mesmos 10% pelo mesmo período se o investimento pagar 100% do CDI.

Mas se o rendimento oferecido é de 80% do CDI, o que você vai receber é uma fatia proporcional a 80% dos 10% do período – ou seja, 8%.  

Quanto rende o CDB híbrido?

Neste caso, o rendimento desse ativo é a soma de duas partes: uma prefixada – já conhecida no momento da aplicação – e outra pós-fixada, que acompanha algum indicador da economia. Esse indicador pode ser o IGP-M, o próprio CDI ou a inflação, medida pelo IPCA. 

A parte pós-fixada mais comum desse CDB acompanha o sobe e desce do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é a inflação oficial do país. Se a inflação sobe, a rentabilidade desse título fica maior. Quando o IPCA cai, o rendimento desse título cai junto. 

Já a parte prefixada considera os juros reais futuros. Juros reais são aqueles que já têm o desconto da inflação.  

Traduzindo: aquele percentual que você vê no CDB híbrido é a projeção para a Selic menos a projeção para a inflação para a data de vencimento do título.

"O CDB híbrido é parecido com o Tesouro IPCA. A diferença é que a taxa de juros real tem de ser menor num título público do que no privado, porque tem o risco da instituição. Ou seja, a instituição privada precisa pagar mais num CDB do que o Tesouro Nacional paga para quem investe no Tesouro IPCA", explica Eduardo Perez. 

CDB prefixado, pós-fixado e híbrido: veja as diferenças e semelhanças lado a lado

Os CDBs são investimentos conservadores, muito procurados por investidores que evitam riscos. Há um motivo para isso: esses ativos, assim como grande parte dos investimentos de renda fixa, têm proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos)

O FGC é uma espécie de “seguro” do investidor e entra em ação em caso de falência do banco emissor do CDB, por exemplo. O valor total coberto pelo fundo é de até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira, com um limite de R$ 1 milhão por CPF renovado a cada período de quatro anos.

É importante saber também que os CDBs com melhores rendimentos costumam ser aqueles com vencimento acima de dois anos.

Você pode, se quiser, fazer um resgate antecipado do CDB – ou seja, tirar o seu dinheiro do investimento. Contudo, ao fazer isso, você fica sujeito ao preço que o mercado está disposto a pagar pelo CDB naquele dia. Em outras palavras, não há garantia de que você terá o rendimento que espera. 

Semelhanças e diferenças

Veja as diferenças e semelhanças entre os tipos de CDBs (arraste para o lado para conferir a tabela completa).

CDB prefixadoCDB pós-fixadoCDB híbrido
Quanto rende?Taxa fixa ao anoRentabilidade atrelada ao CDIA rentabilidade é a soma de uma taxa prefixada + uma taxa pós-fixada
Como a rentabilidade varia?Não varia. É fixa e conhecida no momento da contrataçãoOscila de acordo com o CDI, taxa próxima à SelicSomente a fatia pós-fixada varia de acordo com um indicador
ResgateA qualquer momentoA qualquer momentoA qualquer momento
SegurançaGarantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC)Garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC)Garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
Imposto de RendaSomente sobre o rendimentoSomente sobre o rendimento Somente sobre o rendimento 
IOFIsento após 30 diasIsento após 30 diasIsento após 30 dias

Leia também 

Quanto rende o Tesouro Direto?

Como começar a investir?

Quanto rende R$ 1 mil na poupança, no Tesouro Direto e em CDBs?

Este conteúdo faz parte da missão do Nubank de devolver às pessoas o controle sobre a sua vida financeira. Ainda não conhece o Nubank? Saiba mais sobre nossos produtos e a nossa história.

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossaPolítica de Privacidade.Ao continuar a navegar, você concorda com essa Política.