A aposentadoria é um sonho para a maioria dos trabalhadores. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Secretaria da Previdência Social mostram que 89% dos brasileiros concordam que é importante investir para ter uma situação financeira confortável na aposentadoria. E a partir de agora, eles terão uma nova ferramenta para montar um planejamento financeiro para essa fase da vida.
É o Tesouro RendA+, uma nova família de títulos do Tesouro Direto com foco no longo prazo e em oferecer uma renda extra mensal por 20 anos, corrigida pela inflação –garantindo, assim, o poder de compra das pessoas.
O Tesouro RendA+ estará disponível para investimento a partir do dia 30 de janeiro de 2023. O investidor terá oito opções de títulos com diferentes datas para início do recebimento da renda, começando em 2030 e indo até 2065 neste primeiro momento.
É a partir dessas datas que os investidores receberão a renda mensal, em 240 parcelas (20 anos).
Para o Tesouro Direto, esse é um investimento para quem busca tranquilidade financeira para quando a aposentadoria chegar.
Confira, a seguir, todos os detalhes sobre o Tesouro Direto RendA+.
O que é Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional desenvolvido em 2002 para que títulos públicos federais pudessem ser vendidos para pessoas físicas, de um jeito fácil e pela internet.
O programa oferece investimentos em títulos públicos a partir de pouco mais de R$ 30. Em troca, a pessoa que investir recebe o dinheiro de volta acrescido de juros no prazo de vencimento. Esse tipo de aplicação é considerada a porta de entrada para o mundo dos investimentos.
Quais são os títulos do Tesouro Direto?
O Tesouro Direto RendA+ vai se somar a outros cinco tipos de títulos públicos:
- Tesouro Selic: neste título, o rendimento é atrelado à taxa básica de juros da economia, a Selic;
- Tesouro IPCA: o rendimento é atrelado ao índice oficial de inflação do país, o IPCA;
- Tesouro IPCA com juros semestrais: também é atrelado ao IPCA, mas parte dos juros (o rendimento) são pagos a cada seis meses;
- Tesouro prefixado: o rendimento é prefixado, ou seja, você sabe quanto vai receber (caso leve o título até o vencimento) assim que investe nesse título;
- Tesouro prefixado com juros semestrais: os juros também são conhecidos no momento do investimento, mas você recebe parte dos juros (o rendimento) a cada seis meses.
Clique aqui e veja mais detalhes sobre os títulos do Tesouro Direto
O que é o Tesouro RendA+?
O Tesouro RendA+ é uma nova família de títulos públicos com foco em investimentos de longo prazo, criada para oferecer uma aposentadoria complementar. Nesse primeiro momento, serão oito opções de datas para começar a receber a renda extra (data de conversão):
- 2030;
- 2035;
- 2040;
- 2045;
- 2050;
- 2055;
- 2060;
- 2065.
Diferentemente de outros títulos do Tesouro Direto, o RendA+ não paga o valor investido e os seus rendimentos de uma única vez, lá na data do vencimento. Em vez disso, a pessoa que investir recebe 240 parcelas mensais (equivalente a 20 anos), que começam a ser pagas na chamada data de conversão.
Por isso, o RendA+ pode ser uma opção para quem quer poupar dinheiro com foco na aposentadoria.
Como funciona o Tesouro Direto RendA+?
Na prática, quem investir no Tesouro Direto RendA+ passará por dois períodos: de acumulação e de conversão.
- Acumulação: nesta fase, a pessoa que investir poderá comprar títulos e acumular recursos para receber os pagamentos mensais.
- Conversão: é o período em que serão pagas as 240 parcelas mensais. Esses pagamentos começam a partir da data de conversão, que varia de acordo com o prazo do título comprado pelo cliente. Essa renda mensal é corrigida pela inflação.
Outra característica desse investimento é a isenção da taxa de custódia para quem mantiver o título até a data de vencimento.
Para quem precisar vender antes, a cobrança será regressiva e realizada no momento do resgate, de acordo com a tabela abaixo. Ou seja, quanto mais tempo a pessoa mantiver o dinheiro investido, menor será a cobrança. Veja como fica.
Prazo até o resgate (em anos) | Taxa de custódia cobrada (ao ano) |
---|---|
De 0 a 10 | 0,50% |
10 a 20 | 0,20% |
Acima de 20 | 0,10% |
Data de vencimento | 0,00% |
Existem outras taxas para esse investimento?
Os novos títulos também têm cobrança de uma taxa sobre a renda mensal, além do Imposto de Renda.
A taxa sobre a renda é cobrada pela B3, que é a instituição financeira responsável por guardar todos os títulos e também registrar as informações e movimentações dos saldos financeiros dos investidores.
Essa taxa é cobrada em cima da renda mensal gerada pelo título. Caso essa renda seja de até seis salários mínimos, o investidor não paga nada. Acima dessa renda, a taxa será de 0,10% sobre o que exceder esse valor.
Para cobrar esta taxa, será considerado sempre o salário mínimo vigente no momento do recebimento da renda mensal, e não aquele vigente no momento do investimento.
Já o Imposto de Renda segue o mesmo padrão dos demais títulos do Tesouro Direto –ou seja, ele segue a tabela regressiva. Veja abaixo.
Tempo em que o investidor ficou com o título | Alíquota de IR |
---|---|
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 a 720 dias | 17,5% |
Acima de 720 dias | 15% |
O Imposto de Renda incide apenas sobre os rendimentos, ou seja, sobre os lucros, e não em cima do montante total investido. Além disso, a corretora recolhe o imposto na fonte. Em outras palavras, o que cai na sua conta já está com o desconto do imposto, facilitando a sua organização financeira e evitando problemas com a Receita Federal.
Qual é o investimento inicial do Tesouro RendA+?
Assim como outros títulos do Tesouro Direto, você não precisa de muito dinheiro para começar a investir. Basta cerca de R$ 30 para comprar uma fatia desse título.
Quanto rende o Tesouro RendA+?
O rendimento do Tesouro RendA+ é composto por uma taxa de juros prefixada, combinada na hora do investimento, mais a variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) durante o período de investimento (pós-fixada).
O IPCA é o índice que mede a inflação oficial do país. Por isso, o Tesouro RendA+ permite que o investidor mantenha sua rentabilidade real, ou seja, acima da inflação, e o poder de compra ao longo do tempo.
O valor das mensalidades que o investidor receberá após a data de conversão é definido a partir de um cálculo que leva em conta o valor total investido, as taxas de juros no momento de cada aporte e o tempo em que o dinheiro ficou aplicado.
Em outras palavras, quem aplica recebe seu investimento remunerado pela taxa de juros combinada no momento da compra e pela variação do IPCA do período em que o dinheiro ficou investido.
Qual será o rendimento na prática? Simulador ajuda a descobrir
Para ajudar a escolher o melhor título para investir, o Tesouro Direto criou um simulador para o RendA+. Ele permite que os investidores simulem uma aplicação a partir de algumas perguntas.
- Com quantos anos eu quero me aposentar?
- Qual a renda mensal necessária para manter o meu padrão de consumo?
- Qual o saldo de recursos disponível para investir agora?
Com as respostas, o simulador mostrará quantos títulos do Tesouro RendA+ é necessário comprar até a data de conversão para receber a renda mensal que você quer. O simulador estará disponível a partir do dia 30 de janeiro de 2023 aqui.
É importante que cada pessoa faça a simulação levando em consideração o seu objetivo e a sua realidade financeira.
Também é importante reforçar que esse título não substitui a aposentadoria pública, do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). A ideia é que o novo título garanta uma renda complementar.
O Tesouro Direto RendA+ tem risco?
Os títulos do Tesouro Direto têm a garantia de pagamento do Tesouro Nacional, o maior garantidor do mercado brasileiro. Isso quer dizer que o risco de não receber o dinheiro de volta é baixíssimo.
Porém, o título pode ter flutuações de valor devido a marcação a mercado, que pode gerar prejuízos para o investidor caso seja resgatado antes do prazo final.
Qual a liquidez do Tesouro Direto RendA+?
Os títulos do Tesouro RendA+ têm carência de 60 dias para cada aporte. Isso significa que, após fazer o investimento, é preciso esperar dois meses para pedir o resgate do valor.
Após esse período, a liquidez passa a ser diária, ou seja, você pode pedir o resgate a qualquer momento, sempre em dias úteis.
Quem solicitar o resgate até as 13h, recebe o valor de volta no mesmo dia. Após esse horário, o dinheiro volta para a conta no próximo dia útil.
Vale lembrar que, como a carência vale para cada aporte, você pode resgatar investimentos feitos há mais de 60 dias mesmo depois de fazer uma nova aplicação.
Leia também:
Tesouro IPCA+: o que é e como funciona esse investimento
Quanto rende o Tesouro Direto?
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