O Tesouro Direto é o programa do Tesouro Nacional que permite a pessoas físicas e jurídicas comprar títulos públicos emitidos pelo governo como uma forma de investimento: ao comprar esse título, o investidor empresa seu dinheiro para o governo e recebe o pagamento acrescido de juros, que são o rendimento da aplicação.
Dentre os títulos disponíveis no Tesouro Direto, um dos mais conhecidos é o Tesouro Selic – mas o que é o Tesouro Selic? Como ele funciona?
O que é o Tesouro Selic?
O Tesouro Selic é um título público do governo cuja rentabilidade está atrelada à taxa básica de juros da economia, a taxa Selic. Antes, ele era conhecido como LFTs – Letras Financeiras do Tesouro, e era negociado sob este nome na plataforma do Tesouro Direto.
Não lembra como funcionam os títulos do Tesouro Direto? Saiba mais.
Como os demais títulos públicos do Tesouro Direto, ele:
- Possui uma data de vencimento;
- Tem um valor mínimo de aplicação, que pode variar diariamente;
- Tem preço unitário – o valor de um título inteiro;
- Sofre tributação do Imposto de Renda, taxa de custódia e IOF no caso do resgate em menos de 30 dias; veja mais sobre os impostos do Tesouro Direto.
Se trata de um dos títulos mais simples do programa e, por isso, o mais indicado para quem quer começar a investir nesta modalidade.
Ele é recomendado para quem investe com objetivos de curto prazo em mente e também para construir uma reserva de emergência, já que dentre os títulos disponíveis, ele é o que possui menor risco no caso de resgate/venda antecipado; em outras palavras, caso seja necessário vender o título e resgatar o dinheiro aplicado, o investidor perde menos em comparação aos demais títulos do Tesouro.
Mas ele também pode valer a pena para quem investe com objetivos mais longos em mente, já que o valor pode ser resgatado em sua data de vencimento – normalmente, cinco anos após a aplicação.
No site do Tesouro Direto, é possível simular aplicações nos diferentes títulos disponíveis, avaliando rendimento, impostos e até o seu vencimento.
Qual a diferença do Tesouro Selic para os outros títulos?
Os demais títulos do Tesouro Direto podem ter sua rentabilidade atrelada ao IPCA, ter uma rentabilidade prefixada e diferentes datas de vencimento. Na prática, são esses os fatores que mudam – parecem pequenos, mas fazem toda a diferença no momento de investir e no resultado obtido. Veja todos os títulos do Tesouro à venda.
Rendimento do Tesouro Selic
Vale lembrar que todos os títulos públicos do Tesouro Direto são investimentos em renda fixa e podem ter dois tipos de rentabilidade: pré-fixada e pós-fixada. No caso do Tesouro Selic, por estar atrelado à taxa de juros que pode ou não mudar a cada 45 dias, sua taxa de juros é pós-fixada – ou seja: consiste em uma remuneração anual fixa mais o valor da taxa Selic naquele período.
No dia 16 de outubro de 2020, o site do Tesouro Direto indicava que o rendimento do Tesouro Selic 2025 ao ano era de 0,1873% + a Taxa Selic; a remuneração referente à Selic é “dada pela variação da taxa diária registrada entre a data de liquidação da compra e a data de vencimento do título” – ou seja: a variação da Selic entre o momento do investimento e do vencimento do título é a que será paga além da remuneração fixa.
Diferentemente de outros títulos, o Tesouro Selic não paga juros semestrais, isto é, a cada seis meses.
Como investir no Tesouro Selic?
Para investir no Tesouro Selic ou qualquer outro título do Tesouro Direto é preciso somente ter CPF e uma conta em uma instituição financeira, seja um banco ou corretora de valores habilitados para realizar seu investimento.
Essas instituições atuam como os chamados “agentes de custódia” e são os responsáveis por cadastrar os investidores do Tesouro junto à BM&FBovespa e também por intermediar a transferência dos valores investidos e dos títulos. Todos os títulos comprados pelo investidor ficam em sua conta de custódia na BM&FBovespa, em seu nome, rendendo até o momento do saque.
É possível comprar e vender títulos o Tesouro Selic, ou outro titulo, em três canais:
- através do site do Tesouro Direto;
- do site de sua instituição financeira – normalmente, na plataforma de investidor;
- e através de sua própria instituição, autorizando-a a negociar títulos em seu nome; nem todas, entretanto, oferecem essa possibilidade.
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