Apesar de o IPCA ser o índice mais conhecido e usado de inflação, ele não é o único que existe – outros índices apontam o comportamento de preços e sua evolução em determinados períodos. Dois deles, ambos calculados pela FGV, também têm destaque e estão diretamente relacionados: o índice IGPM e IGP-DI.
O que é o Índice IGPM
IGPM é a sigla para Índice Geral de Preços do Mercado, que registra a inflação – ou deflação – de preços de diversos produtos e serviços, desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais.
Ele é calculado a partir de outros três índices de preços, cada um com um peso diferente no cálculo do IGPM – 60%, 30% e 10%, respectivamente. São eles:
- IPA-M (Índice de Preços por Atacado – Mercado);
- IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor – Mercado);
- e INCC-M (Índice Nacional do Custo da Construção – Mercado).
O índice considera os preços entre os dias 21 de um mês e 20 do mês seguinte, e é divulgado mensalmente.
Quando foi criado, em 1991, o índice IGPM tinha como objetivo ser o indicador que guiaria as correções de títulos do Tesouro Nacional e depósitos bancários com rendimentos pós fixados. Hoje, entretanto, seu principal uso é no reajuste de contratos de aluguel de imóveis e de algumas tarifas públicas, como conta de luz.
Por considerar também todos os estágios de produção da cadeia (Atacado, Consumidor, Construção), o índice IGPM oscila com mais força e frequência do que o IPCA.
Um exemplo: até outubro de 2019, o índice IGPM acumulado do ano é de 4,09% e de 3,33% nos últimos 12 meses. O IPCA acumulado do ano é de 2,89%.
O que é IGP-DI
O IGP-DI é a sigla para Índice Geral de Preços – Demanda Interna. Ele foi criado em 1944 como o índice de inflação de toda a cadeia produtiva do país – por isso o acréscimo “demanda interna”.
Ele tem o mesmo objetivo que o índice IGPM e é calculado da mesma maneira, com a diferença de que os preços considerados são do dia 1 a 30 ou 31 de cada mês – ou seja: muda o período em que os preços são consultados.
Os resultados são diferentes: o IGP-DI acumulado de 2019, até outubro, é de 4,37%; nos últimos 12 meses, 2,98%.
O IGP-DI já foi considerado o principal índice de inflação do país, mas perdeu o posto para o IPCA, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Hoje, ele tem como principal função registrar as atividades comerciais e atuar como deflator – um índice de correção para retomar o valor real do produto ou serviço – e indicador macroeconômico.
São consideradas, para o seu cálculo, variações de preços de matérias-primas agrícolas e industriais no atacado e de bens e serviços finais – os mesmos que o IGPM.
Na prática, portanto, o IGPM é o que mais impacta o bolso dos brasileiros, junto do IPCA.
E o IPCA?
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice oficial da inflação no país.
Como o próprio nome sugere, ele aponta a variação dos preços de alimentos e produtos no comércio para o consumidor final – por exemplo, o quanto aumentou ou abaixou o preço do feijão, do quilo de tomate e de outros bens.
Ele é calculado mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e Vitória, além de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
Apesar de não ser calculado em todo o país, ele é de abrangência nacional – ou seja, vale para todas as regiões e cidades.
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