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Taxa Selic permanece em 10,50% ao ano: entenda a decisão do Copom

Esta foi a primeira vez, em um ano, que o Banco Central decidiu pela manutenção da taxa, principalmente por causa da inflação, que voltou a subir.

Selic sobe

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu, em junho de 2024, manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 10,50% ao ano. Esta é a primeira manutenção da taxa em um ano, depois de sucessivas quedas.

Os motivos para a manutenção são as incertezas na economia do país, com aumento da inflação, além de um cenário internacional ruim.

Entenda abaixo o que está acontecendo com a taxa Selic.

Por que a taxa Selic permaneceu a mesma?

Por causa da pressão inflacionária e da alta do dólar – elas são os principais motivos para o Banco Central subir ou reduzir a taxa básica de juros.

É que o Banco Central usa a taxa Selic para controlar a inflação. Assim, quando a Selic sobe, os juros cobrados nos financiamentos, empréstimos e cartões de crédito ficam mais altos. Isso desestimula o consumo e  favorece a queda da inflação.

Desde janeiro de 2021, o Banco Central aumentou a taxa Selic 12 vezes seguidas e, depois, manteve os juros em 13,75% ao ano por mais sete reuniões, com a intenção de reduzir a inflação que estava alta nos últimos anos. Mas os efeitos dos aumentos da Selic costumam levar de seis a nove meses para serem sentidos na prática e só começaram a se refletir na economia a partir do início de 2023.

Desde 2023, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país, vem desacelerando. O país chegou a registrar deflação (inflação negativa) em junho de 2023. Contudo, cenários internos, como as enchentes ocorridas no Sul do país, e incertezas internacionais fizeram com que a inflação voltasse a subir. O dado mais recente, de maio de 2024, mostra que a inflação cresceu 0,46%.

Se a inflação continuar em ritmo acelerado em 2024, é possível que ocorram novas manutenções da taxa ou até mesmo aumentos da Selic. Mas muita coisa pode mudar no meio do caminho. Dependendo da situação econômica dos próximos meses, o Banco Central pode voltar a reduzir os juros.

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Selic ajuda a controlar o dólar

Apesar da manutenção da taxa, a Selic segue alta, e juros altos também impactam o câmbio. Em outras palavras, a Selic interfere no valor do real frente às moedas estrangeiras.

Isso acontece porque, quanto mais alta a nossa taxa de juros, mais investidores estrangeiros são atraídos em busca de melhores rendimentos, com pouco risco. Por isso, eles trazem mais dólares para o mercado brasileiro e essa oferta impacta a taxa de câmbio – ou seja, o real fica mais valorizado frente ao dólar. 

Além disso, com o real mais forte, diminui também a pressão inflacionária, pois muitos bens e serviços ficam mais caros quando o dólar sobe. 

Desaceleração da economia é outro efeito colateral

Quando a taxa Selic sobe, empréstimos, parcelamentos ou financiamentos ficam mais caros. As empresas também têm mais dificuldades na hora de tomar crédito, o que também pode contribuir, por exemplo, com o desemprego. Quando isso acontece, temos o cenário chamado de estagflação, que é estagnação econômica com inflação.

Quando a Selic começa a cair, o crédito fica mais barato, estimulando o consumo de empresas e pessoas. Isso faz a economia se aquecer novamente. Mas esse aquecimento também depende do cenário internacional. A economia interna se favorece quando o cenário externo está mais estável. 

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