As pessoas que empreendem geralmente estão focadas em fazer o seu negócio ter sucesso e, em muitos casos, ainda não pararam para pensar sobre a sua aposentadoria. MEI, autônomo, freelancer ou PJ: independentemente do modelo de trabalho, planejar o futuro é essencial para garantir dias tranquilos quando chegar a hora de dizer "missão cumprida, posso relaxar em paz".
Entenda, abaixo, como se preparar para aposentadoria sendo MEI, autônomo, freelancer ou PJ.
Aposentadoria para MEI, autônomo, freelancer ou PJ: por onde começar?
Quando o assunto é aposentadoria, não existe uma receita pronta que pode ser replicada para qualquer pessoa. Afinal, a realidade de cada pessoa é única e as especificidades precisam ser levadas em consideração na hora de planejar a aposentadoria.
O primeiro passo é entender seu perfil e pensar em como seriam seus dias de descanso. Para isso, responda as seguintes perguntas.
- Quando você quer se aposentar?
- Quanto você precisaria para viver por mês (principalmente despesas fixas, como moradia, alimentação, lazer e convênio de saúde)?
- Quais gastos variáveis podem aparecer (como viagens, compra de bens e serviços, troca do carro, reforma da casa)?
- Quantas pessoas viverão com o valor da sua aposentadoria?
- Quais serão as fontes de renda (apenas a aposentadoria, aluguel de imóvel, trabalhos pontuais)?
Com essas respostas, será possível traçar um objetivo para sua aposentadoria e um plano para chegar lá – sem deixar de viver o presente, claro.
Calcule quanto precisa guardar por mês
Depois de visualizar como será a aposentadoria, é importante calcular quanto dinheiro será necessário para viver esse período, quantos anos de trabalho você tem até se aposentar e quanto precisa juntar por mês até lá.
É necessário lembrar que, dependendo de onde você colocar o dinheiro, ele renderá de formas diferentes ao longo dos anos.
Escolha a melhor forma de investir seu dinheiro
Com o cálculo de quanto será preciso guardar por mês, está na hora de decidir onde investir seu dinheiro para que os juros trabalhem por você – e para que a inflação não corroa suas economias.
Saiba qual diferença entre juros simples e composto
Previdência Privada
A Previdência Privada é uma das principais opções para quem quer investir na própria aposentadoria.
É possível escolher entre dois tipos de previdência privada: PGBL e VGBL. A principal diferença entre os dois é a forma de tributação.
Neste tipo de plano, são feitas aplicações (ou investimentos) periódicas com a possibilidade de escolher com quanto vai contribuir e com qual frequência – pensando sempre no valor que deseja receber ao se aposentar.
Além disso, é possível escolher entre sacar o montante de uma só vez ou transformá-lo em renda mensal no futuro, quando desejar começar a receber o dinheiro.
Entenda mais sobre previdência privada
Renda Fixa
Essa é uma boa opção para quem tem um perfil mais conservador e quer ter mais clareza sobre quanto o dinheiro irá render. Tesouro Direto, CDBs e LCIs e LCAs, entre outros, são alguns dos investimentos mais conhecidos dessa categoria.
O que é investimento e como começar a investir?
Os investimentos em renda fixa podem ser de dois tipos:
- Prefixados: é possível saber qual será o retorno no fim da aplicação. Por exemplo, 6% ao ano;
- Pós-fixados: quando o rendimento é atrelado a algum outro índice da economia. Por exemplo, um rendimento de 100% do CDI (uma taxa comum usada pelos bancos). Nesse caso, o investidor sabe que seu dinheiro vai render conforme um indicador específico – mas não sabe exatamente quanto porque pode ter flutuações;
- Híbrida: a rentabilidade é a soma de uma taxa prefixada mais uma taxa pós-fixada, que normalmente é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país. Por exemplo: um CDB que rende 3% ao ano (prefixada) + IPCA (pós-fixada) garante uma rentabilidade de 3% ao ano mais o IPCA do período, protegendo seu dinheiro da inflação.
Caixinhas
Outra maneira de guardar dinheiro para o futuro são as Caixinhas do Nubank. Elas são uma ferramenta para guardar dinheiro de maneira organizada e do seu jeito, com a possibilidade de personalizá-las de acordo com as suas metas. Na prática, ao criar as suas Caixinhas, você consegue separar uma quantia de dinheiro para cada um dos seus objetivos e ainda dá para definir quanto deseja guardar em cada uma delas.
Além disso, as Caixinhas contam com o RDB do Nubank, que tem rendimento que acompanha 100% do CDI, liquidez imediata, diária ou planejada (a depender do tipo de Caixinha) e proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
As Caixinhas são fáceis de usar e podem ser personalizadas para diferentes tipos de objetivos e desejos – você pode ter, por exemplo, uma Caixinha para sua reserva de emergência, outra para uma reforma da casa, outra para a viagem de férias e, claro, para a sua aposentadoria. Tudo para você ser protagonista da sua vida financeira.
Caixinhas PJ
E para quem gostou das Caixinhas, saiba que existe uma versão para guardar dinheiro para o seu negócio. São as Caixinhas PJ, que também rendem 100% do CDI e são uma maneira fácil poupar dinheiro para a empresa, melhorar o planejamento financeiro e ainda criar e alcançar metas financeiras.
As Caixinhas PJ estão disponíveis dentro da conta Nu Empresas.
Renda Variável
Já na renda variável, como o próprio nome diz, os investimentos têm taxas de retorno que variam de acordo com diversos fatores – como mudanças econômicas ou políticas do Brasil e do mundo.
Em outras palavras, a rentabilidade varia o tempo todo, o que significa que os riscos são maiores. O retorno pode ser maior? Pode, mas a possibilidade de perder também é grande.
Para quem quer seguir esse caminho, a Bolsa de Valores é o principal ativo de renda variável do mercado.
Mas atenção: como o objetivo é a aposentadoria, o ideal é ter uma carteira variada de investimentos para não correr o risco de perder tudo em ações.
Saiba mais sobre renda variável
Aposentadoria para autônomos
Mesmo trabalhando de forma autônoma, é possível contribuir com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para garantir a previdência social.
Como se inscrever no INSS como autônomo
- Fazer a inscrição no Programa de Integração Social (PIS) como “contribuinte individual”. Se você já trabalhou de carteira assinada, provavelmente já possui um número do PIS. Caso contrário, é só fazer a inscrição pela internet;
- Escolher o tipo de contribuição;
- Fazer o pagamento da Guia da Previdência Social (GPS): o “carnê do INSS”, como é chamada a GPS, pode ser preenchida manualmente ou pela internet e paga pelo aplicativo da conta, numa instituição bancária ou casa lotérica.
Opções para contribuinte individual
Os contribuintes individuais (ou autônomos) podem escolher entre duas opções de contribuição:
- 11% sobre o salário mínimo (R$ 166,98 em 2025): dá direito à aposentadoria por idade;
- 20% sobre o que recebe (entre R$ 303,60, para quem contribui pelo salário mínimo, e R$ 1.557,20, para quem contribui pelo teto): dá direito à aposentadoria por tempo de contribuição.
Aposentadoria MEI
Todo MEI precisa pagar, mensalmente, o documento de DAS MEI, cujos valores variam de acordo com a atividade da empresa e com as mudanças no salário mínimo. A maior parte do valor da guia é destinado ao INSS: 5% do salário mínimo.
Essa é a única opção de contribuição para o INSS que os microempreendedores individuais têm. O valor de 5% sobre o salário mínimo (R$ 75,90 em 2025) dá direito à aposentadoria por idade.
Caso o contribuinte queira se aposentar por tempo de contribuição, será necessário pagar um complemento.
Como o MEI pode aumentar a aposentadoria pelo INSS?
Aposentadoria para MEI, autônomo, freelancer ou PJ: como chegar lá
Trace um plano de ação
Depois de mapear o futuro desejado, calcular quanto será necessário guardar e conhecer os diferentes tipos de investimento, é hora de traçar um plano de ação para tornar essa ideia realidade.
Coloque no papel qual a sua renda mensal atualmente, quais seus gastos e entenda se é possível guardar o necessário para se aposentar com o valor mensal desejado.
Às vezes, essa conta não vai fechar – e tudo bem. O importante é você saber qual a sua realidade, entender se algo pode ser alterado e buscar formas de atingir seus objetivos.
Entenda o tempo de contribuição
Antes da Reforma da Previdência, na hora de computar o tempo de contribuição para aposentadorias no INSS eram considerados todos os dias trabalhados. Por exemplo, se o segurado atuou em uma empresa do dia 5 de maio ao dia 3 de junho, trabalhou 30 dias. Ou seja, um mês de contribuição.
De acordo com a nova lei, agora passam a serem considerados os meses completos, independentemente a quantidade de dias trabalhados, de fato. No caso acima, o tempo de contribuição seria de dois meses – maio e junho.
Para que essa nova contagem seja válida, a remuneração do trabalhador precisa igual ou superior ao salário mínimo (R$ 1.518 em 2025).
Mas não deixe de viver o presente
Planejar o futuro é muito importante, mas viver o presente também é. Isso não significa sair por aí gastando desenfreadamente, mas entender o que te faz feliz e levar isso em consideração em seu planejamento financeiro.
Pode ser comer fora, investir nos seus hobbies, priorizar um happy hour. Separe parte do seu orçamento para essas atividades, saiba quanto pode gastar com elas e faça isso com prazer. Isso vai te levar para uma aposentadoria ainda mais bem vivida.
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