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O que é freelancer e o que faz esse tipo de profissional?

Mesmo sem vínculo empregatício com uma empresa e com mais flexibilidade para trabalhar, é importante registrar em contrato ao optar por ser um profissional freelancer.
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Seja por falta de oportunidade no mercado de trabalho, por precisar de um dinheiro extra para ajudar nas despesas do mês ou mesmo por optar por um modelo de trabalho mais independente, muita gente atua hoje como freelancer – ou freela, como é popularmente conhecido. Mas você sabe o que é freelancer, o que faz um freelancer e  como atua esse tipo de profissional? 

Segundo a Payoneer’s Global Gig Economy Index, o Brasil é o terceiro país no mundo em que o mercado de freelancers mais cresce, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido. Abaixo, confira como é trabalhar de freelancer e como organizar seus horários se você decidiu ser um.

O que é freelancer?

O termo em inglês – também usado na versão abreviada freela – ganhou força nos últimos tempos. Freelancer é aquele profissional que realiza um tipo de trabalho sem ter, necessariamente, vínculo formal com alguma empresa. Dessa forma, tem maior liberdade para oferecer seus serviços e atuar para diversos clientes. 

Eles podem trabalhar por meio de plataformas online ou por meio de sua rede de contatos. Além disso, esses profissionais também têm a flexibilidade de escolher seus projetos e horários de trabalho. Normalmente, quem é freelancer costuma ter CNPJ, trabalhando principalmente como microempreendedores individuais.

O que faz um freelancer?

Um freelancer pode realizar trabalhos pontuais ou projetos de tempo indeterminado, que não exigem vínculo com o cliente. Por exemplo, se você tem uma empresa de pequeno porte e deseja criar uma identidade visual para ela. Em vez de contratar um designer CLT, você pode optar por um profissional apenas para esse trabalho específico, sem vínculos empregatícios, apenas um contrato.

Existem vários tipos de profissionais freelancer, de diferentes áreas, que optam por esse modelo de trabalho. Uma das maiores plataformas de busca do mundo é o freelancer.com, que tem mais de 25 milhões de usuários cadastrados.

Contrato de trabalho freelancer: o que diz a lei? 

Com a Consolidação das Leis Trabalhistas, foi regulamentada a atividade de quem tem contrato de trabalho intermitente – ou seja, do freelancer.

Quem busca contratar um freelancer no modelo de trabalho intermitente deve ficar atento a alguns pontos:

  • O profissional deve ter sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
  • O acordo/contrato deve ser um documento por escrito, e não apenas uma conversa informal. Dessa forma, ambos os lados evitam falha na comunicação e problemas futuros;
  • Nesse contrato, é essencial deixar claro o valor que o profissional irá receber pelo serviço prestado e como ele será contatado (telefone, e-mail etc);
  • Quem contrata deve fazê-lo com, pelo menos, 3 dias de antecedência, para que a pessoa que vai prestar o serviço verifique a sua disponibilidade e possa se programar.

Importante reforçar que, se a ideia é contratar um freelancer de forma pontual, fora do modelo de trabalho intermitente, não é preciso ter registro em carteira de trabalho.

O que é trabalho intermitente?

No contrato intermitente, o profissional presta serviço somente quando chamado pela empresa, recebe apenas pelas horas trabalhadas e pode ter contrato com mais de uma empresa ao mesmo tempo.

O pagamento não pode ser inferior ao valor do salário mínimo por hora (R$6,42 em 2024) ou ao valor pago aos demais colaboradores que exercem a mesma função. De forma geral, esse trabalhador tem os mesmos direitos de quem tem um contrato convencional, exceto o seguro-desemprego.

Como um freelancer recebe o pagamento? 

O pagamento só é feito após o serviço realizado. E deve considerar os seguintes pontos:

  • A quantia deve ser paga por um recibo com o valor da remuneração;
  • Devem ser incluídos na remuneração os valores de férias proporcionais, 13o salário e repouso semanal remunerado.

Freelancer é PJ?

Não necessariamente. Há contratos de pessoa física para profissionais autônomos, mas a maior parte das empresas prefere contratar freelancers com CNPJ.

Para organizar as finanças e te ajudar a separar os seus gastos pessoais daquilo que você ganha como freelancer, a Conta PJ do Nubank pode ser uma boa alternativa. 100% digital, sem tarifas de manutenção ou burocracia, ela oferece funcionalidades que permitem controlar as entradas e saídas de dinheiro, receber pagamentos, fazer transferências e muito mais.

Como é ser freelancer no Brasil?

Uma pesquisa conduzida pela empresa de marketing Rock Content revelou que, hoje, 33,7% dos freelancers no Brasil se dedicam a essa modalidade de trabalho em tempo integral e 27,2% não têm rotina definida.

Os dados ainda sustentam que a média de tempo diária que os freelas trabalham é 6,3 horas – levando em consideração tanto os autônomos em tempo integral quanto os que combinam a atividade com um emprego fixo – e 17,1% deles consideram que trabalham mais do que deveria.

Freelancer: como organizar seus horários se você é um

Ter um regime de trabalho saudável, com horas bem organizadas, é importante para manter a produtividade (e a sanidade) a longo prazo. Confira algumas dicas:

1. Tenha uma rotina

Não é porque você está em casa que não é necessário ter uma rotina. Trabalhar na cama ou usando pijamas pode até parecer uma boa ideia – conforto em primeiro lugar, certo? No entanto, um artigo do Journal of Experimental Social Psychology defende que o rendimento aumenta quando usamos roupas com significado simbólico, ou seja, que se relacionam de alguma forma com a área profissional.

A mesma coisa se aplica ao controle de horas. Trabalhar demais causa uma queda em produtividade; trabalhar menos não segura a entrega. Portanto, mesmo que valorize a flexibilidade, tenha um horário fixo: saber quando é o momento de começar e finalizar o dia ajuda a estabelecer parâmetros, mesmo que eles sejam quebrados de vez em quando.

2. Encontre tempo para pausas

Há quem prefira não pausar o trabalho, pensando que está perdendo um tempo que vai ter que ser compensado depois. A ciência sugere exatamente o oposto: pausas programadas estimulam a criatividade para resolver problemas.

Uma boa maneira de incorporar essa prática à rotina é estabelecer metas ao longo do dia – dar uma parada para esticar as pernas ou tomar um café a cada tantas horas pré-determinadas, ou ao fim de cada pequena tarefa, por exemplo.

3. Seja flexível,  mas com limites

Flexibilidade é um dos valores mais preciosos para um freelancer. A pesquisa da Rock Content aponta essa como a segunda maior motivação dos profissionais que adotam esse modelo de trabalho. Então, sim, use e abuse dessa vantagem, mas não deixe ela te dominar.

Ter horários flexíveis não significa que os clientes possam te ativar a qualquer momento e esperar resposta imediata.

Portanto, seja claro sobre como você trabalha: combine com o cliente como e quando ele pode te contatar e viva de acordo com as mesmas regras. Dentro do possível, não cheque seu e-mail profissional fora do horário e otimize suas ferramentas para as modalidades de negócio. 

O WhatsApp, por exemplo, permite habilitar a versão Business para clientes e a pessoal para o resto das pessoas.

4. Entenda qual ambiente te faz render mais

Talvez a sua casa seja o ambiente de trabalho perfeito. Ou, talvez, seja um convite constante para tirar um cochilo no sofá ou atacar a geladeira. Trabalhar de casa exige bastante disciplina e, para algumas pessoas, pode prejudicar o foco e a produtividade.

Para quem tem esse tipo de dificuldade, vale a pena explorar alternativas – cafés, coworkings e livrarias podem ser boas opções.

5. Tire férias

Segundo a Rock Content, 42,3% dos profissionais freelancers não reservam essa época de descanso no ano. Acontece que, tal qual o horário saudável de expediente e as pausas, as férias melhoram a performance – ou seja, dar-se esse momento é importante para a longevidade da sua carreira como autônomo.

Segundo o Harvard Business Review, a habilidade do ser humano de trabalhar bem (e render) diminui de maneira significativa quando não há um período de descanso longo. É claro que, para o freelancer, há uma dificuldade a ser levada em conta: as férias não são remuneradas. O que leva ao nosso último ponto.

6. Planeje

Um freela precisa, acima de tudo, ter suas finanças bem organizadas para conseguir viver da maneira mais otimizada e saudável possível.

Saber cobrar bem por sua hora, calcular sua entrada e saída de dinheiro, guardar para o futuro e ter uma reserva de emergência são habilidades necessárias. Afinal, fica difícil não ir acumulando mais e mais trabalho se você não sabe como será o mês que vem.

Pode parecer uma tarefa complexa, mas controlar suas finanças pessoais vai ficando cada vez mais fácil conforme você pratica e se você tiver as ferramentas certas.

No Nubank, por exemplo, é possível usar as Caixinhas para criar uma reserva para os meses em que o trabalho como freelancer não render tanto. As Caixinhas são uma ferramenta para separar e guardar dinheiro por objetivos. Com ela, o seu dinheiro fica separado da sua conta e rende de acordo com o investimento que você escolher. 

Leia também:

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Este texto faz parte da missão do Nubank de lutar contra a complexidade do sistema financeiro para empoderar as pessoas – físicas e jurídicas. Com a Conta PJ, queremos ajudar donos de pequenos negócios, empreendedores e autônomos a focarem no que realmente importa. Saiba mais.

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