Engana-se quem pensa que o termo educação financeira se refere a estudos, cursos, palestras e muita teoria. Não.
Educação financeira vai além: tem a ver com organizar as finanças, saber o quanto ganha e gasta, planejar as contas e pensar no futuro.
Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o conceito de educação financeira é o processo que permite melhorar a compreensão em relação aos produtos e serviços financeiros, se tornando capaz de fazer escolhas de forma bem informada.
Ou, em outras palavras, educação financeira é a habilidade de entender como o dinheiro funciona.
Abaixo, veja 6 dicas que podem ajudar a colocar em prática conceitos importantes de educação financeira.
1. Tenha em mente quanto ganha e quanto gasta
Esse é o primeiro passo para quem deseja se organizar. Saber o que entra e o que sai de dinheiro na conta é essencial para manter os pagamentos em dia e saber até onde pode ir.
Coloque em uma planilha o salário, os gastos no cartão de crédito e as contas fixas (aluguel, água, luz, mercado, internet). Dessa forma, o controle fica mais fácil.
2. Estabeleça metas de curto, médio e longo prazo
Ter objetivos é essencial para se manter motivado. As pequenas conquistas de curto prazo podem servir como incentivo para alcançar as metas consideradas de longo prazo.
A metodologia de OKR (sigla para Objectives and Key Results: Objetivos e Resultados-chave, em português), pode te ajudar a traçar metas mais realistas.
Ele é um método de gestão usado por muitas empresas – incluindo o Nubank – para traçar os objetivos do negócio e acompanhar sua evolução ao longo do tempo.
Quer saber mais sobre a metodologia de OKR? Leia:
Conheça o método do Nubank para traçar objetivos e veja como ele pode te ajudar em 2020
3. Tenha um reserva de emergência
Imprevistos acontecem (doenças, viagem de última hora, compromisso familiar, reparos em casa e etc) e ter um dinheiro guardado pode evitar que você tenha dor de cabeça em momentos como esse.
A maioria dos analistas financeiros recomenda que a reserva de emergência seja equivalente a seis salários. Mas não se preocupe se não for. O importante mesmo é ter uma quantia para não passar apuro.
Leia mais: Como criar uma reserva de emergência na NuConta
4. Quite contas atrasadas
Liste tudo o que você tem de dívida. Dos gastos no cartão de crédito às despesas da casa, carro e etc, sem se esquecer de registrar os juros cobrados e o tempo em atraso de cada uma.
Assim, você vai conseguir saber quanto da sua renda é possível dedicar nos próximos meses para quitar dívidas que ainda estejam em aberto.
Entre em contato com as instituições para quem você deve e negocie seu débito. Tente fazer um acordo que caiba no seu bolso.
5. Separe Pessoa Física de Pessoa Jurídica
Se você tem uma empresa, é muito importante não misturar os gastos da sua conta PJ com os da sua conta física. Mantê-los separados irá te ajudar a saber quanto seu negócio tem de lucro, o quanto você gasta e o quanto poderá investir nele, se necessário. Além disso, mantendo os gastos separados você organiza melhor seu orçamento pessoal e evita dívidas.
6. Fale mais sobre dinheiro
Não tenha receio. Converse com os seus pais, cônjuge e filhos. Fale também com o gerente do seu banco e, em caso de dívida, entre em contato com a instituição financeira responsável pelo seu cartão de crédito e tente negociar.
Falar sobre dinheiro pode ser um bom começo para colocar a educação financeira em prática.
Um estudo da University of Cambridge defende que as crianças formam boa parte dos seus conceitos e hábitos financeiros até os 7 anos de idade. Ensiná-las desde cedo a importância de cuidar do próprio dinheiro pode ajudar a mudar a relação que desenvolvem na vida adulta.
Leia mais aqui: Dá pra falar sobre dinheiro com crianças? Esse estudo diz que sim
Por que educação financeira pessoal é importante?
Nunca é tarde para começar a se organizar financeiramente. Ter controle do seu dinheiro e ter uma quantia guardada para lidar com imprevistos e realizar seus sonhos (viagem, faculdade, morar sozinho, casa própria) são as vantagens de fazer um planejamento pessoal.
Esse planejamento nada mais é do que um guia para organizar melhor seu dinheiro, ou seja, saber seus ganhos e gastos.
Na prática, esse plano funciona como um controle do que entra e sai nas suas finanças e ajuda a tomar decisões mais assertivas. Como por exemplo, decidir se uma compra é realmente necessária.
Ter uma planilha pode ajudar – e muito. Registrar tudo permite que você saiba para onde está indo o seu dinheiro.
Como criar um planejamento financeiro pessoal eficiente
Aprenda sobre educação financeira
Uma pesquisa feita em 2019 pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), SPC Brasil e o Banco Central revela que 36% dos brasileiros não realizam o controle do orçamento.
Além disso, 44% dos entrevistados estão ou estiveram com o nome sujo no último ano.
As dificuldades macroeconômicas contribuem para esse tipo de índices negativos, mas outro ponto importante deve ser ressaltado nessa situação: a educação financeira.
Pesquise sobre finanças. Mas não em qualquer página na internet. Existem muitos sites confiáveis sobre o assunto. Mantenha-se atualizado sobre as melhores práticas para organizar o orçamento e poupe dinheiro. Essas atitudes fazem a diferença ao longo do tempo.
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Como começar a guardar dinheiro
De acordo com uma pesquisa da CDNL, quase metade (47%) dos jovens não começou ainda a organizar suas finanças. Organização é o primeiro passo para conseguir economizar dinheiro.
Por que é tão difícil juntar dinheiro?
E se engana quem pensa que é preciso deixar de fazer coisas que dão prazer na vida. O ideal é colocar em prática dicas realistas. Pequenas mudanças no dia a dia pode ser um bom começo.
Como economizar dinheiro: o guia para começar a guardar
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Se organize para pagar as dívidas
Mais de 63 milhões de brasileiros estão com as contas em atraso, segundo uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
O primeiro passo para pagar o que deve, é entender tudo o que está por trás dos débitos:
- Quanto de juros você está pagando;
- Quando é o vencimento da dívida;
- Há quanto tempo você está sem pagá-la.
O que é crédito rotativo? Entenda os juros cobrados no cartão de crédito
Qual a diferença entre juros simples e composto?
Dê prioridade às dívidas que têm juros mais altos, que venceram há muito tempo e cujo valor total é o maior. Corte gastos e renegocie o que puder com a instituição financeira ou demais lugares que você deve.
É importante estabelecer um prazo para quitar as dívidas. É possível traçar um plano anual, mensal ou até pequenas metas semanais e diárias. O importante é ter um guia que te ajude a manter o foco e não desistir.
Outra vantagem de ter uma data em mente é não contrair novas dívidas no período.
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O que educação financeira tem a ver com investimentos?
Educação financeira aliada a investimentos certos pode proporcionar um futuro bem mais tranquilo.
Antes de continuar, você sabe o que é investimento? De forma resumida, investimento é pegar uma quantia hoje e tentar transformá-la em mais dinheiro no futuro.
E se engana quem pensa que para começar investir é preciso já ter muito dinheiro. Isso não poderia estar mais errado: qualquer um pode investir, não importa a quantia que tenha.
Tudo o que você precisa saber sobre investimento
3 passos para começar a investir
- É muito importante ter em mente que os investimentos dão retorno a médio e longo prazo. Ou seja, não espere ganhar muito dinheiro de um dia para o outro;
- O investimento precisa se tornar um hábito. Separe uma quantia por mês, ainda que um valor pequeno;
- Procure uma instituição financeira e analise as opções que ela oferece para investir seu dinheiro de acordo com seu perfil de investidor.
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Educação financeira nas escolas
De acordo com dados divulgados pelo Serasa em agosto do ano passado, a quantidade de pessoas com o nome sujo ou com dívidas atrasadas ultrapassou 63 milhões em 2019 no Brasil.
O que significa que mais de 40% da população adulta tem problemas financeiros.
A partir deste ano, o Ministério da Educação tornou obrigatório o ensino sobre educação financeira. Em 2020 todas as escolas brasileiras devem atender às novas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O ensino fundamental vai passar a oferecer o estudo de conceitos básicos de economia e finanças. Além disso, temas como taxas de juros, inflação, aplicações financeiras, rentabilidade, investimentos e impostos também serão discutidos em sala de aula.
Já para o Ensino Médio, a educação será mais focada na compreensão de temas mais complexos como o sistema monetário nacional e mundial.
Em resumo:
- Educação financeira não é sobre entender apenas a teoria – mas sim sobre como agir no dia a dia em relação ao dinheiro;
- Se informar mais sobre termos financeiros é um jeito de começar a se organizar;
- Para ter um vida financeira mais planejada, o primeiro passo é analisar seus ganhos, gastos e montar um orçamento;
- Investir não é só para quem tem muito dinheiro. Existem opções no mercado para diferentes perfis de investidor – vale apenas ficar atento aos riscos e prazos de resgate.
Este conteúdo faz parte da missão do Nubank de devolver às pessoas o controle sobre a sua vida financeira. Ainda não conhece o Nubank? Saiba mais sobre nossos produtos e a nossa história aqui.