Se você está pensando em morar sozinho, temos uma notícia: filmes e séries não mostram todos os lados de uma vida independente.
Por trás daquele apartamento estiloso com festas badaladas no meio da semana; daquela sala de jogos com equipamentos de última geração e daquele café da manhã cinematográfico dos seriados de ficção estão eles: os famosos boletos da vida real.
Sim, morar sozinho é ótimo, mas essa é uma decisão importante que precisa ser tomada com muito planejamento financeiro – e a certeza de que a vida real não é tão cheia de glamour quanto a ficção.
Por isso, vamos te ajudar a calcular quanto custa morar sozinho para você dar este passo com a consciência de que ele caberá em seu orçamento.
Comece com o aluguel
Esse é, de longe, o custo fixo que mais pesa no orçamento de uma casa, por isso é importante planejá-lo bem.
Na hora de pesquisar por um lugar, tenha em mente que os dois fatores que mais influenciam o preço do aluguel são localização e tamanho.
Em São Paulo, por exemplo, o valor por metro quadrado de um apartamento com 1 quarto pode variar de R$12,39 a R$46,31, segundo pesquisa de abril de 2019 do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
Outro fator que precisa ser considerado é quanto tempo e dinheiro você gastaria para ir até seu trabalho. Às vezes, pagar um pouco a mais para morar perto da empresa pode ser um bom negócio para economizar com transporte e ter mais qualidade de vida.
Calcule também os valores de condomínio e IPTU. Esses são gastos fixos que impactam bastante o orçamento.
Some todos os custos e veja quanto eles representam no total de sua renda. O recomendado é que aluguel, condomínio e impostos não ultrapassem 30% do seu orçamento.
Por exemplo, se seu salário líquido é de R$2 mil, o ideal é que todos os gastos com habitação não ultrapassem R$600 por mês.
Liste os custos com a casa
Além do aluguel, é essencial listar todos os gastos necessários para manter a casa funcionando. São eles:
Custos essenciais:
– Energia elétrica;
– Gás;
– Água;
– Internet;
Custos extras:
– TV à cabo e/ou serviços de streaming;
– Limpeza ou faxina: caso você pense em contratar alguém para ajudar a cuidar da casa, veja qual a média de valores para o serviço que você busca.
Apesar de serem custos menores, a soma de todos eles também pesa no orçamento do mês.
Lembre-se dos gastos com mercado
Morar sozinho é entender porque os pais não deixam os filhos comprarem tudo o que querem no mercado – essa brincadeira pode sair bem cara!
Você será responsável por comprar todos os itens da casa – dos alimentos aos produtos de higiene pessoal. Por isso, comece listando o que faz parte de sua alimentação diária, quais produtos de higiene utiliza no dia a dia e calcule quanto você gastaria para comprá-los todo mês.
Para se ter uma ideia, segundo a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, os brasileiros gastavam 16,1% de sua renda com alimentação.
Lembre-se também dos produtos de limpeza, como sabão para lavar roupas, desinfetantes e detergentes. Esses itens costumam ser caros e aumentam bastante a conta do mercado.
Calcule o custo mensal de morar sozinho
Com os valores mensais de aluguel, energia elétrica, internet, mercado e outros em mãos, some tudo e veja quanto você gastaria para morar sozinho.
Compare este valor com sua renda e veja quanto do seu orçamento iria para manter seu próprio canto. A regra dos 50-15-35 (sobre a qual já falamos neste post) pode te ajudar a entender se essas despesas caberão em seu orçamento.
Lembre-se de que, além dos gastos com a casa, é muito importante você ter dinheiro para investir em lazer, educação e em seus planos de curto, médio e longo prazo – como viajar, comprar uma casa ou se aposentar.
Com as contas feitas e o orçamento planejado, prepare-se para viver as belezas – e os perrengues – de morar sozinho.
Este conteúdo faz parte da missão do Nubank de devolver às pessoas o controle sobre a sua vida financeira. Ainda não conhece o Nubank? Saiba mais sobre nossos produtos e a nossa história aqui.