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Como funciona o rendimento de um fundo de investimento?

Os fundos são como cestas com vários investimentos dentro, buscando diversificar e diminuir a exposição ao risco. E o rendimento deles depende da performance desses ativos.

Ilustração de fundo roxo mostra várias mãos puxando fios coloridos.

Os fundos de investimento são populares entre investidores de diferentes perfis e podem ser o primeiro passo de uma pessoa no mundo dos investimentos. Um fundo é uma modalidade de investimento coletiva, ou seja, várias pessoas se reúnem para aplicar numa cesta de investimentos que normalmente é administrada por gestores profissionais. 

Esses gestores escolhem qual investimento fará parte dessa cesta (o fundo) e qual vai ficar de fora, dependendo das características e objetivos definidos para esse fundo. Por exemplo: um fundo pode ter a maioria da sua composição em ações (fundo de ações), em imóveis (fundos imobiliários), em investimentos de renda fixa (fundo de renda fixa) e assim por diante. 

São essas características, performance e equilíbrio dos ativos que estão dentro desse fundo que definem o seu rendimento. Confira abaixo como funciona o rendimento de um fundo de investimento e entenda por que ele pode render mais ou menos dependendo do momento, e por que o rendimento deve ser olhado mais no longo prazo do que no curto. 

Como funciona o rendimento de um fundo de investimento? 

O rendimento de um fundo depende principalmente dos investimentos que ele carrega. Além disso, alguns fundos costumam ter objetivos de rendimento – ou seja, eles escolhem algum indicador como referência e tentam superá-lo ao longo do tempo. Por exemplo: há fundos com objetivo de superar o Ibovespa, outros de superar o CDI e assim por diante. 

Mas, de uma forma geral, não existe uma rentabilidade fixa para os fundos de investimento. Ou seja, não importa quais são os ativos que esse fundo tem, não é possível cravar quanto ele vai render. 

É que a maioria dos investimentos está sujeita às oscilações de mercado, principalmente aqueles da renda variável, como ações, ETFs, BDRs etc. Mesmo os fundos de renda fixa não têm um rendimento certo, porque esses investimentos podem estar ligados a indicadores de mercado – como o CDI e a taxa básica de juros, a Selic – e podem ter alguns outros ativos em sua composição que variam de acordo com o mercado. 

Além disso, vários investimentos de renda fixa são títulos privados, de empresas, como é o caso das debêntures, por exemplo. E tudo o que é relacionado a empresas não tem como ser fixo. Isso acontece porque as companhias estão sujeitas a tudo o que acontece no mercado, como economia interna, externa, indicadores públicos, mudanças no seu setor de atuação para ficar em alguns exemplos. 

Em outras palavras: ainda que sejam opções para diversificar os investimentos, os fundos de investimentos, assim como grande parte dos investimentos, não têm resultado garantido, principalmente no curto prazo. Contudo, ainda que possam sofrer oscilações no curto prazo, eles podem superar os indicadores do mercado ao longo do tempo, como o CDI e o Ibovespa, por exemplo.

Por isso, os fundos podem fazer parte de uma estratégia de investimento de longo prazo.

Então, as oscilações em fundos são comuns? Sim

Como você viu, os fundos estão sujeitos aos movimentos do mercado financeiro. Em outras palavras, o rendimento deles pode oscilar por diferentes motivos, incluindo mercado interno e desempenho de empresas específicas. 

A vantagem de um fundo de investimentos é justamente a diversificação dos ativos (investimentos) que estão dentro dele. Quando um ativo cai, podem existir outros que busquem segurar essa queda. Ainda assim, não é possível assegurar uma rentabilidade certa.

Abaixo, veja como funciona o rendimento dos principais tipos de fundo de investimento. 

Rendimento de fundo de renda fixa 

Os fundos de renda fixa devem investir no mínimo 80% de seus recursos em ativos de renda fixa. Os outros 20% podem ser investidos em outros ativos.

Mas mesmo com 80% da cesta na renda fixa, o rendimento desse tipo de fundo não é garantido. Como você viu, mesmo a renda fixa varia de acordo com o momento do mercado. E se os títulos de renda fixa desse fundo forem de empresas, essa oscilação pode ser ainda maior.  

Rendimento de fundo imobiliário ou FII

Os fundos Imobiliários, que também são chamados de FIIs, funcionam de forma parecida com os fundos de investimento convencionais.

O gestor do fundo age como uma espécie de síndico, pois também toma as decisões relativas ao dinheiro pago por todos os cotistas desse grande “condomínio financeiro”.

Só que existem diferenças. De acordo com a política de investimento dos FIIs, o gestor investe em empreendimentos imobiliários ou em investimentos ligados ao setor. E assim como qualquer setor da economia, o imobiliário sente flutuações, que impactam diretamente no rendimento desses fundos. 

Rendimento de fundos de crédito privado

Os fundos de crédito privado investem em ativos de renda fixa privada. São CRIs e CRAs, CDBs e debêntures, por exemplo. Nesse tipo de fundo, o gestor busca uma performance acima do CDI. De forma geral, são indicados para investidores conservadores ou moderados. 

Ainda que esses títulos sejam de renda fixa, por serem de empresas, eles podem sofrer oscilação e impactar o rendimento. Neste caso, tudo o que acontece com alguma empresa que está dentro do fundo pode impactar nos ganhos dele. 

Rendimento de um fundo cambial

Fundos cambiais geralmente são usados por investidores que possuem despesas recorrentes ou dívidas em moeda estrangeira. Eles são usados com o propósito de proteger o patrimônio da desvalorização do Real.

Obrigatoriamente, esse tipo de fundo deve concentrar, no mínimo, 80% do seu patrimônio em investimentos atrelados a moedas estrangeiras. Por isso, a rentabilidade desses fundos, de forma geral, acompanha a variação da moeda escolhida para fazer parte dessa cesta.

Os principais ativos desse fundo são moedas estrangeiras, como dólar e euro.

Rendimento de fundo de ações

Os fundos de ações, como o nome já diz, são fundos com a finalidade de investir prioritariamente no mercado acionário. Por isso, estes fundos são conhecidos por apresentarem risco elevado, mas também um potencial de ganho maior no longo prazo. 

A regra diz que esses fundos devem investir pelo menos 67%, ou dois terços, em papéis de empresas listadas na Bolsa de Valores. O restante pode ser investido em outros tipos de investimentos, como renda fixa.

O rendimento desses fundos varia tanto quanto os papéis da Bolsa de Valores e são, por isso, outra modalidade arriscada de fundo.

Rendimento de fundo multimercado

Este é um fundo que não aplica unicamente em um mercado – seus ativos podem ser tanto de ações quanto de renda fixa, por exemplo. Um fundo multimercado funciona como um coringa na carteira de um investidor. E no dia a dia ele pode fazer uma ponte entre os mercados de renda fixa e renda variável.

Ao contrário das outras classes de fundos, os fundos multimercado possuem versatilidade, já que dão boa liberdade para o gestor adquirir diversos tipos de ativos. Assim, o gestor pode aproveitar oportunidades no mercado com a valorização ou desvalorização de juros, moedas e renda variável.

Eles são diferentes de outros fundos, uma vez que não têm limites máximos ou mínimos na sua composição. Em outras palavras, o gestor pode usar o ativo que quiser, na quantidade que quiser, para alcançar os objetivos do fundo. É por isso que, neste caso, o rendimento é ainda mais imprevisível. 

Seu dinheiro, seu jeito

Ninguém cuida do seu dinheiro melhor do que você. A decisão final de investir será sempre sua, levando em conta seus objetivos e tolerância a diferentes níveis de risco. Por isso, antes de escolher um fundo de investimentos, fique atento a todas as características dele e veja se faz sentido para os seus planos e, principalmente, seu perfil de risco.

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