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Selic alta: melhores investimentos e oportunidades

Uma taxa Selic alta impacta os títulos de renda fixa de maneiras diferentes.
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Depois de atingir o menor valor da história, de 2%, entre agosto de 2020 a março de 2021, a taxa básica de juros do Brasil voltou a subir. Após uma sutil queda no início de 2024, a taxa ainda se manteve a mesma por três reuniões até começar a subir novamente. Agora, desde junho de 2025, a taxa Selic alcançou os 15% ao ano. Nesse cenário, quais investimentos são afetados?  

Quando a Selic está alta, como agora, é possível conseguir boas taxas de retorno em aplicações conservadoras sem correr praticamente nenhum risco.

Confira, abaixo, como ficam os investimentos quando a Selic está alta.

Quais os melhores investimentos com a Selic alta?

Quando os juros estão baixos, isso abre espaço para novas possibilidades de diversificação da carteira de investimentos. Afinal, para buscar retornos maiores, os investidores costumam ir atrás de ativos um pouco mais arriscados da renda variável.

Mas o cenário muda com os juros altos, como estão agora. E as aplicações de renda fixa se tornam protagonistas nesse momento. Confira quais os investimentos mais rentáveis com a Selic alta.

Pós-fixados

Os investimentos pós-fixados são atrelados a um indexador da economia, como a Selic e o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), uma taxa próxima da taxa de juros. Em outras palavras, eles têm esse nome porque, no ato da contratação, você será informado sobre a previsão de lucros, e não sobre o valor exato que o investimento vai render. 

Na prática, o seu investimento pós-fixado vai acompanhar as oscilações do indexador da economia, como a Selic por exemplo.

Com os juros altos, investimentos pós-fixados tendem a ser os principais beneficiados.

Na prática, quando a Selic está alta, os investimentos de renda fixa indexados à Selic e ao CDI passam a oferecer uma remuneração maior. 

Entre os investimentos pós-fixados estão:

Rendimento X risco

Caso você escolha investimentos pós-fixados privados, por exemplo CDBs de bancos, LCIs ou LCAs, é importante que esses títulos tenham taxa de rendimento igual ou superior ao CDI, pois eles têm um risco maior que as aplicações no Tesouro Direto. 

Segundo o analista de investimentos do Nubank José Falcão Castro, os CDBs pós-fixados são uma das aplicações mais seguras do mercado, não sofrem com as oscilações e ainda têm a rentabilidade atrelada a uma taxa de referência, como o CDI, mais um acréscimo.     

“Além disso, é uma opção de renda fixa que conta com a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Alguns emissores podem oferecer taxas que superam a Selic e o CDI. Por exemplo, para prazos de até seis meses, recomendamos CDBs que rendem a partir de 106% do CDI ou acima de 110% para vencimentos mais longos. Quanto maior o prazo, maior pode ser a taxa de retorno, mas sugerimos vencimentos que não ultrapassem dois ou três anos”, afirma.

No Nubank, é possível encontrar taxas ainda melhores com a Caixinha Turbo. Com ela, clientes Nubank conseguem rendimentos de 115% do CDI, caso movimentem dinheiro na Conta do Nu. Já clientes Nubank+ e Ultravioleta têm acesso à Caixinha Turbo que rende 120% do CDI. É mais rentabilidade para quem escolhe o Nubank.

Investimentos atrelados à inflação

Com a Selic alta, também existem oportunidades nos títulos atrelados à inflação. Os títulos do Tesouro IPCA+ poderão se beneficiar com a alta da inflação se forem levados até a data de vencimento.

O Tesouro IPCA+ é um título híbrido. Em outras palavras, a remuneração é composta pela variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial do país) durante o período de investimento, mais uma taxa fixa, que na sigla é representada pelo símbolo “+”.

E para os próximos meses, a projeção ainda é de aumento da inflação. Para 2025, os especialistas ouvidos pelo Banco Central para o Boletim Focus projetam que o IPCA fique acima da meta, em 5,25%.

Assim, o Tesouro IPCA+ se torna vantajoso porque proporciona ganhos acima da inflação e, por isso, garante o poder de compra do dinheiro dos investidores. 

“Pelo Tesouro IPCA+ é possível ter a previsibilidade do juro real, ou seja, quanto o investidor receberá acima da inflação se levado até o vencimento”, detalha Castro.

E caso os juros caiam ao longo dos próximos meses, esse título pode se valorizar com a marcação a mercado. Essa é uma atualização diária tanto nos preços de títulos de renda fixa (como Tesouro Selic e CDBs), quanto em produtos de renda variável, incluindo fundos de investimento. Esse ajuste pode acontecer tanto para baixo quanto para cima.

Caso um título se valorize com a marcação a mercado, é possível vendê-lo por preço maior do que você comprou e, assim, ter lucro.

Poupança ainda vale a pena com a alta da Selic?

Como ficam os investimentos prefixados com a Selic alta?

Os investimentos prefixados são aqueles que oferecem uma taxa de juros fixa logo no início da aplicação. Ou seja, o investidor consegue ter mais previsibilidade com uma taxa de retorno fixada logo no momento do investimento. Em outras palavras, ele não está amarrado a nenhum índice, como acontece com o Tesouro Selic. 

Mas não é porque a rentabilidade desses ativos não está amarrada a um indicador que eles não são influenciados pelos índices da economia. 

Um exemplo é o Tesouro Prefixado. O Tesouro Nacional define os juros a serem pagos ao investidor com base nos juros futuros, que são projetados e negociados em contratos diariamente na Bolsa de Valores. E essas projeções dependem da taxa Selic. 

Caso ocorram novos aumentos na taxa Selic, títulos com taxas prefixadas tendem a ter um desempenho pior. Na prática, investir em um título prefixado vale a pena quando há previsão de queda dos juros.  

Por outro lado, se a taxa Selic subir mais, um título cuja rentabilidade ficou travada em um percentual menor do que a taxa fica em desvantagem em relação a títulos que acompanham a própria Selic, por exemplo.

Importante: o investidor só recebe a taxa acordada se mantiver o título até a data de vencimento. Caso venda antes, vai receber o valor negociado no mercado no dia do resgate. 

Clique aqui para entender como o Tesouro Prefixado funciona e para quem é esse investimento

Por que a renda fixa está mais importante agora?

Rendendo mais ou menos, a renda fixa sempre será uma opção para os investidores mais conservadores e para quem quer diversificar a carteira. Com uma taxa Selic alta, e com previsão de se manter em 15% ao ano por algum tempo, esse tipo de investimento se torna ainda mais relevante na carteira, pois, nesse cenário, ele consegue entregar rentabilidades atraentes e a segurança de qualquer ativo da renda fixa.

Investimentos de renda fixa podem ser usados, por exemplo, para proteger o patrimônio da inflação (lembre-se da rentabilidade real citada acima) e também para a construção de uma reserva de emergência

Vários títulos de renda fixa, como por exemplo os CDBs, também trazem mais segurança por terem garantia do FGC, o Fundo Garantidor de Créditos. Caso a instituição financeira que emitiu o título quebre, o FGC garante que o investidor recupere até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira.

As chances desse tipo de problema acontecer são pequenas, mas a proteção é sempre bem-vinda.

A renda fixa ainda pode ser uma alternativa para pessoas que pensam no longo prazo, com investimentos para a aposentadoria, em especial os títulos públicos.

Os especialistas recomendam foco na diversificação, distribuindo o dinheiro em diferentes tipos de aplicações, sempre levando em conta o seu perfil de investidor. O ideal é identificar o perfil e entender qual o melhor investimento para você. Quem tem uma carteira balanceada pode não ter a melhor rentabilidade possível, mas vai suavizar os momentos de queda no final.

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