Existe um ditado muito conhecido no mercado financeiro que diz: "rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura". É verdade. Apesar disso, olhar o histórico de rendimento de um investimento pode ajudar quem investe ou está pensando em investir a entender melhor o comportamento de um ativo.
Nesse sentido, confira abaixo os investimentos que mais renderam em 2024.
Quanto foi o rendimento de investimentos de renda fixa?
Usada pelo Banco Central para controlar a inflação, a taxa básica de juros Selic começou 2024 em 11,75%. Ela passou por duas reduções, se manteve estável em três reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, e voltou a subir a partir de setembro. A Selic fechou o ano em 12,25%.
Isso colocou o Tesouro Selic entre os investimentos mais rentáveis de 2024. Outras aplicações mais conservadoras, como por exemplo CDBs que pagam 100% do CDI, também tiveram retornos significativos.
Confira, abaixo, o desempenho dos principais investimentos de renda fixa no ano de 2024.
Investimento | Rendimento (%) |
Tesouro Selic 2025 | +10,87 |
Tesouro Selic 2026 | +10.92 |
Tesouro Selic 2027 | +11,10% |
Tesouro Selic 2029 | +11,12 |
CDB 100% do CDB | +10,88% |
Tesouro IPCA+ 2029 | -1,31% |
Tesouro IPCA+ 2035 | -11,56% |
Tesouro IPCA+ 2045 | -21,90% |
Poupança | +7,03% |
Saiba mais sobre como funciona o rendimento da poupança no vídeo abaixo:
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O que afetou o desempenho da renda fixa?
Na renda fixa, os investimentos atrelados à Selic foram os que apresentaram o melhor desempenho. Isso aconteceu por causa do aumento da taxa básica de juros.
Como assim?
A Selic é a taxa de todas as taxas, e é a principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação do país. Quando ela sobe, as outras taxas de juros também sobem, como as de empréstimos, cheque especial, cartão de crédito, de financiamentos e também de alguns investimentos, principalmente os de renda fixa.
De forma geral, quando a Selic sobe, o rendimento desses investimentos sobe também. Mas esses efeitos são diferentes, dependendo do ativo.
CDBs que acompanham o CDI, poupança e Tesouro Selic
Esses investimentos são afetados diretamente pela taxa Selic. A poupança rende conforme a regra abaixo:
- Se a Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic + taxa referencial;
- Agora, se a taxa de juros estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês sobre o valor depositado + TR.
Ou seja, à medida que a Selic sobe, a poupança rende mais. O mesmo vale para o Tesouro Selic, que também tem o rendimento amarrado à taxa de juros. Em outras palavras, quando os juros sobem, o desempenho da poupança e do Tesouro Selic ficam maiores. Esse foi o principal fator que impulsionou esses investimentos em 2024.
O rendimento dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário) que acompanham o CDI também subiu com a alta dos juros. O CDI acompanha de perto a evolução da taxa Selic. Por isso, quando os juros sobem, os CDBs que pagam o CDI também rendem mais.
Tesouro IPCA
O Tesouro IPCA+ foi o título do Tesouro Direto que mais perdeu rentabilidade ao longo de 2024. Esse é um título híbrido em que parte da remuneração é pós-fixada, pois acompanha a variação do IPCA durante o período de investimento, e a outra é prefixada. Ou seja, é composta por uma taxa fixa que, na sigla, é representada pelo símbolo “+”.
Em 2024, os títulos do Tesouro IPCA+ foram afetados pela elevação das taxas de juros. Isso acontece porque, quando as taxas de juros sobem, o preço desses títulos cai, resultando em desvalorização para os investidores que desejam vendê-los antes do vencimento. É a chamada marcação a mercado.
A marcação a mercado é uma atualização diária tanto nos preços de títulos de renda fixa (como Tesouro Selic e CDBs), quanto em produtos de renda variável, incluindo fundos de investimento. Esse ajuste pode acontecer tanto para baixo quanto para cima.
Vale destacar que a rentabilidade negativa afeta apenas os investidores que venderem os títulos antes do prazo de vencimento.
Quanto foi o rendimento de investimentos de renda variável?
A Bolsa de Valores encerrou 2024 com uma desvalorização de 10,36%. Foi o pior resultado desde 2021.
A principal causa dessa queda foi a falta de confiança do mercado no cenário fiscal brasileiro, mas o cenário internacional ruim também afetou o mercado doméstico. Entraram nessa conta a inflação global, a guerra na Ucrânia e de Israel, e as incertezas geopolíticas, além da eleição nos Estados Unidos.
Saiba o resultado de alguns ativos de renda variável.
Investimento | Rendimento |
Ibovespa | -10,67% |
Dólar | +27,9% |
Bitcoin | +183,2% |
O que aconteceu com o dólar?
O dólar saltou de R$ 4,85 no começo de 2024 para R$ 6,18 no último dia útil do ano – uma valorização de 27,3%. E o motivo foi uma mistura do que aconteceu nos mercados interno e externo.
Entre as causas da valorização do dólar frente ao real, naquele momento estavam a manutenção dos juros altos nos Estados Unidos e a eleição de Donald Trump.
Por aqui, impactaram as questões fiscais e a saída de investidores estrangeiros, que investem tanto na Bolsa quanto em títulos públicos. Somente na B3, a retirada foi de R$ 24,2 bilhões em 2024.
A saída de capital estrangeiro reduz a oferta de dólares no país, aumentando a cotação da moeda norte-americana em relação ao real.
Bitcoin teve a maior valorização entre os ativos de renda variável
Em 2024, o Bitcoin foi ativo de renda variável que mais se valorizou. No dia 6 de dezembro, a criptomoeda atingiu o valor máximo de US$ 103,8 mil (R$ 643,6 mil), e fechou o ano com uma alta de aproximadamente 183%.
A possibilidade de afrouxamento na regulamentação do mercado de critpoativos nos Estados Unidos durante o governo de Donald Trump foi o principal motivo para a valorização, além da aprovação de ETFs atrelados ao preço do Bitcoin pela Comissão de Valores Mobiliários norte-americana.
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