Considerados bastante seguros, os títulos públicos fazem parte da carteira de investimentos de mais de 3 milhões de brasileiros, segundo dados do Ministério da Economia. Se você é uma delas, talvez tenha dúvidas sobre como declarar o Tesouro Direto no Imposto de Renda 2025.
A seguir, entenda quando você precisa declarar os títulos públicos, como fazer isso e as regras de pagamento do Imposto.
As informações abaixo são um guia para te ajudar na busca por informações. Em caso de dúvidas, procure um contador ou profissional qualificado para auxiliar na sua declaração.
Quem precisa declarar o Tesouro Direto no Imposto de Renda 2025?
Os títulos do Tesouro Direto devem ser declarados no Imposto de Renda 2025 caso você cumpra alguma regra da Receita Federal que o obrigue a entregar a declaração anual.
Apenas ter os títulos na carteira, sem atender a uma das regras da Receita, não obriga o investidor a declarar o Tesouro Direto. Contudo, se você atende a pelo menos um dos critérios da Receita Federal, é obrigado a entregar a declaração e, por consequência, precisa declarar o Tesouro Direto no Imposto de Renda.
As regras da Receita valem para você e para os seus dependentes. Se você tem algum dependente – ou seja, uma pessoa que depende de você financeiramente –, as informações dele precisam entrar na sua declaração. Na prática, se o seu dependente tiver algum título do Tesouro Direto na carteira, essas informações precisam entrar na sua declaração.
Como declarar Tesouro Direto no Imposto de Renda 2025?
Para declarar o Tesouro Direto no Imposto de Renda 2025, assim como qualquer investimento, é preciso registrar duas informações sobre esse ativo: a posse dele e os rendimentos que ele te gerou.
Como declarar o Tesouro Direto que você tinha em 2024?
- Acesse a ficha "Bens e Direitos" do programa da Receita Federal, selecione o grupo 4 (Aplicações e Investimentos), e insira o código 2 ("Títulos públicos e privados sujeitos à tributação");
- No campo "Discriminação", informe o titular dos títulos (se é você ou seu dependente), quais títulos públicos você possui, a quantidade de cada um e o CNPJ da corretora por meio da qual ocorreu a aplicação;
- Em "Situação em 31/12/2023", informe o valor total investido de cada título que você tinha até essa data – basta replicar o valor declarado no ano anterior. Importante: o valor precisa ser de cada título e não o valor total de todos os títulos que você tem. Não tinha títulos em 2023? Deixe este campo zerado;
- Já em "Situação em 31/12/2024", informe o valor total de cada título que você tinha nesta data. Importante: o valor precisa ser de cada título e não o valor total de todos os títulos que você tem;
Investiu em títulos por meio de mais de uma corretora? Especifique o CNPJ de todas no campo "Discriminação" e detalhe os títulos e as quantidades que tem em cada instituição. No campo "Situação", informe a soma de todos os seus investimentos em títulos públicos.
Como declarar o rendimento que você teve com o Tesouro Direto em 2024?
Para declarar os rendimentos da venda ou vencimento de um título público, você precisa acessar a ficha "Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva" do programa do Imposto de Renda da Receita.
Para os títulos públicos, o código é 06 ("Rendimentos de aplicações financeiras"). Preencha os dados pedidos e o valor recebido, conforme consta no informe de rendimentos.
Importante: os rendimentos devem ser informados separadamente, de acordo com os "tipos de rendimentos" listados automaticamente pelo programa do IR e de acordo com o CNPJ da fonte pagadora.
Onde encontro as informações sobre o Tesouro Direto que devo declarar?
As informações sobre o saldo e os rendimentos dos seus títulos do Tesouro Direto estão no informe de rendimentos da instituição financeira por meio da qual você realizou o investimento.
Se você comprou títulos públicos pelo app do Nubank, fizemos quadros por "tipo de rendimentos" no seu informe de rendimentos, listando, separadamente, cada ativo que você tinha no Nu em 2024 e que se enquadra em determinado tipo de rendimento. Dessa forma, fica mais simples e fácil declarar os seus títulos públicos.
Na hora de declarar, lembre-se de indicar a Conta do Nu na declaração para receber a restituição. A Conta do Nubank tem N possibilidades para a sua restituição: você pode investir os valores em uma das opções do portfólio de investimentos, guardar o dinheiro em uma Caixinha de acordo com as suas metas ou até pagar as contas que você cadastrou no Assistente de pagamentos. Você também pode usar a sua restituição para antecipar um sonho de consumo, com as vantagens de comprar no Shopping do Nubank.
Não se enquadra nas regras de obrigatoriedade? Considere declarar o Tesouro Direto
Mesmo que você não seja obrigado a declarar o Imposto de Renda de acordo com as regras da Receita Federal, pode ser interessante declarar seus títulos para a Receita.
Isso porque a ideia é que seu patrimônio cresça com o tempo e, ao preencher a declaração, mesmo sem a obrigação, você já se acostuma com o programa e com a dinâmica da Receita. Ou seja, você vai ganhando mais experiência na hora de declarar. Isso vai facilitar sua vida lá na frente, quando seu patrimônio ficar maior e mais complexo, e você for obrigado a declarar.
Escolheu a declaração pré-preenchida? Confira tudo pelo seu informe de rendimentos
Caso você tenha escolhido a declaração pré-preenchida, fique atento: é preciso checar todas as informações e dados antes de enviar o documento ao Leão. Isso porque a Receita Federal usa vários bancos de dados para puxar as suas informações, mas ela não valida esses dados. Ou seja, é você quem precisa conferir tudo e alterar ou mesmo incluir o que for preciso.
Se você tiver investimentos ou algum produto com o Nubank, indicamos que considere as informações disponibilizadas no seu informe de rendimentos, pois ele é o documento oficial considerado pela Receita Federal para fins de IRPF.
Preciso pagar Imposto de Renda nos títulos do Tesouro Direto?
Você deve pagar Imposto de Renda em títulos públicos do Tesouro Direto em três situações:
- Quando receber o dinheiro no vencimento do ativo;
- Ao resgatar o dinheiro antes do vencimento;
- Quando receber juros semestrais dos títulos que pagam esses valores a cada seis meses.
Nos dois casos, o imposto é cobrado direto na fonte – ou seja, o que cai na sua conta é o valor líquido, já com o desconto do imposto.
Qual é o valor do Imposto de Renda cobrado nos títulos do Tesouro Direto?
O imposto para os títulos do Tesouro Direto segue a tabela regressiva do IR. Ou seja, quanto mais tempo você ficar com o ativo, menos imposto paga.
Importante: o Imposto de Renda só é cobrado sobre os ganhos líquidos, e não sobre o valor total investido. Por exemplo: se você comprou R$ 100 em algum título e vendeu a R$ 110, o imposto será cobrado apenas em cima dos R$ 10.
Confira, abaixo, como ficam as alíquotas:
Tempo em que ficou com o título do Tesouro Direto | Alíquota de IR |
---|---|
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 a 720 dias | 17,5% |
Acima de 720 dias | 15% |
Se você estiver interesse nesse tipo de investimento, assista ao vídeo abaixo e saiba como investir no Tesouro Direto pelo app do Nubank:
O que é o Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um programa lançado em 2002, fruto de uma parceria entre a B3, a Bolsa de Valores brasileira, e a Secretaria do Tesouro Nacional. Ele nasceu com o objetivo de garantir o acesso de pessoas físicas aos títulos públicos nacionais e estimular a formação de poupança.
Antes do programa, apenas grandes instituições podiam investir em títulos públicos. As pessoas físicas só conseguiam acesso a eles por meio de fundos de investimentos, que cobravam altas taxas de administração.
Com o Tesouro Direto, isso mudou. Desde então, é possível investir em títulos públicos com pouco dinheiro. A aplicação mínima é de aproximadamente R$ 30.
Hoje, existem sete tipos de títulos públicos:
- Tesouro Selic: neste título, o rendimento é atrelado à taxa básica de juros da economia, a Selic;
- Tesouro IPCA: o rendimento é atrelado ao índice oficial de inflação do país, o IPCA;
- Tesouro IPCA com juros semestrais: também é atrelado ao IPCA, mas os juros (o rendimento) são pagos a cada seis meses;
- Tesouro prefixado: o rendimento é prefixado, ou seja, você sabe quanto vai receber assim que investe nesse título;
- Tesouro prefixado com juros semestrais: os juros também são conhecidos no momento da aplicação, mas você recebe esses rendimentos proporcionalmente a cada seis meses.
- Tesouro Renda+: último título a ser criado pelo Tesouro Direto, o Renda+ tem foco em investimentos de longo prazo e em oferecer uma aposentadoria complementar. Diferentemente de outros títulos do Tesouro Direto, ele não paga o valor investido e os seus rendimentos de uma única vez, lá na data do vencimento. Em vez disso, a pessoa que investir recebe 240 parcelas mensais (equivalente a 20 anos), que começam a ser pagas na chamada data de conversão.
- Tesouro Educa+: tem foco no longo prazo e seu principal objetivo é gerar renda para custear os estudos. Quem investir neste título poderá receber um rendimento extra mensal por cinco anos, e o valor será corrigido pela inflação.
Atenção: o texto acima é uma forma de te ajudar na busca por informações. Em caso de dúvidas, procure um contador ou profissional qualificado para auxiliar na sua declaração.
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