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Tesouro Educa+: o que é e como funciona esse investimento?

A nova família de títulos do Tesouro Direto oferece pagamento de 60 parcelas mensais para quem investir. É possível escolher a data para começar a receber e o dinheiro poderá ser usado para pagar os estudos. Confira todos os detalhes.

Tesouro Renda + - Ilustração de um porquinho branco sobre um fundo roxo.

No Brasil, apenas 19,2% das pessoas com 25 anos ou mais têm ensino superior completo, segundo dados da  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2022. Para  ajudar as famílias brasileiras a se programarem para esse momento, o Tesouro Nacional lançou o Tesouro Educa+, um novo tipo de título público.

Esse novo investimento tem foco no longo prazo e seu principal objetivo é gerar renda para custear estudos. Quem investir neste título poderá receber um rendimento extra mensal por cinco anos, e o valor será corrigido pela inflação.

Essa nova família do Tesouro Direto tem 16 opções de títulos com diferentes datas para o início do pagamento mensal, que vão de 2026 a 2041. Depois dessa data, o valor das parcelas mensais começa a ser pago. 

Confira, abaixo, todos os detalhes sobre o Tesouro Educa+, o que é e como funciona esse novo título.

O que é o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional lançado em 2002 para que títulos públicos federais pudessem ser vendidos para pessoas físicas, de um jeito fácil e pela internet.

O programa oferece investimentos em títulos públicos a partir de pouco mais de R$ 30. Em troca, a pessoa que investir recebe o dinheiro de volta acrescido de juros no prazo de vencimento. Esse tipo de aplicação é considerada uma porta de entrada para o mundo dos investimentos.

Quais são os títulos do Tesouro Direto?

O programa do Tesouro Nacional oferece diferentes títulos, com datas de vencimento e rendimentos distintos para objetivos de curto, médio e longo prazo.

  • Tesouro Selic: neste título, o rendimento é atrelado à taxa básica de juros da economia, a Selic;
  • Tesouro IPCA+: parte do rendimento é prefixada e a outra é atrelada ao índice oficial de inflação do país, o IPCA;
  • Tesouro IPCA+ com juros semestrais: também é atrelado ao IPCA, mas parte dos juros (o rendimento) é paga a cada seis meses;
  • Tesouro prefixado: o rendimento é prefixado, ou seja, você sabe quanto vai receber (caso leve o título até o vencimento) assim que investe nesse título;
  • Tesouro prefixado com juros semestrais: os juros também são conhecidos no momento do investimento, mas você recebe parte dos juros (o rendimento) a cada seis meses.
  • RendA+: tem foco no longo prazo e em oferecer uma aposentadoria complementar. Quem investir no Tesouro Direto RendA+ pode receber 240 parcelas mensais (equivalente a 20 anos), com valores corrigidos pela inflação.

Clique aqui e veja mais detalhes sobre os títulos do Tesouro Direto

O que é o Tesouro Educa+?

O Tesouro Educa+ é uma nova família de títulos públicos com foco em investimentos de longo prazo. Ele foi criado para incentivar as famílias a construírem uma espécie de poupança que, no futuro, vai gerar uma renda extra que poderá ser usada para financiar estudos de nível superior. Nesse primeiro momento, serão 16 opções de datas de conversão – datas a partir das quais os investidores começam a receber os pagamentos mensais . 

  • 2026;
  • 2027;
  • 2028;
  • 2029;
  • 2030;
  • 2031; 
  • 2032;
  • 2033;
  • 2034.
  • 2035;
  • 2036;
  • 2037;
  • 2038;
  • 2039;
  • 2040;
  • 2041;

Como funciona o Tesouro Educa+?

Quem aplica no Tesouro Educa+ não vai receber o valor investido e seus rendimentos de uma só vez, na data do vencimento, como acontece com a maior parte dos outros títulos do Tesouro Direto. Em vez disso, a pessoa vai receber 60 parcelas mensais (equivalente a 5 anos), que começam a ser pagas na chamada data de conversão.

O mecanismo é semelhante ao do Tesouro Direto RendA+, criado para quem deseja ter uma situação financeira mais confortável na aposentadoria. 

Na prática, quem investir no Tesouro Educa+ passará por dois períodos: de acumulação e de conversão.

  • Acumulação: nesta fase, a pessoa que investir poderá comprar títulos e acumular recursos para receber os pagamentos mensais.
  • Conversão: os pagamentos começam a partir da data de conversão, que varia de acordo com o prazo do título comprado pelo cliente. Essa renda mensal é corrigida pela inflação. 

Quais os benefícios do Tesouro Educa+?

  • Previsibilidade: o investidor pode se programar para receber uma renda futura durante 5 anos após a data de conversão; 
  • Proteção contra inflação: a renda mensal é corrigida pela inflação, garantindo, assim, o poder de compra das pessoas;
  • Liquidez: depois do prazo de 60 dias a partir de cada aporte, o dinheiro pode ser resgatado a qualquer momento, e volta pra conta em até um dia útil.

Quais as taxas e impostos do Tesouro Educa+?

Confira abaixo os impostos e as taxas que são aplicadas neste título do Tesouro Direto.

Imposto de Renda

Assim como outros títulos públicos, o Tesouro Educa+ tem incidência de Imposto de Renda. A alíquota segue a tabela regressiva – ou seja, quanto mais tempo o dinheiro ficar investido, menor é a cobrança de imposto. Confira a tabela abaixo.

Tempo em que o investidor ficou com o títuloAlíquota de IR
Até 180 dias22,5%
De 181 a 360 dias 20%
De 361 a 720 dias 17,5%
Acima de 720 dias 15%

O Imposto de Renda incide apenas sobre os rendimentos, ou seja, sobre os lucros, e não em cima do montante total investido. Além disso, a corretora recolhe o imposto na fonte. Em outras palavras, o que cai na sua conta já está com o desconto do imposto, facilitando a sua organização financeira e evitando problemas com a Receita Federal.

Taxa sobre a renda mensal

Além do Imposto de Renda, os novos títulos também têm cobrança de uma taxa sobre a renda mensal.

A taxa sobre a renda é cobrada pela B3, que é a instituição financeira responsável por guardar todos os títulos e registrar as informações e movimentações dos saldos financeiros dos investidores.

Ela é aplicada em cima da renda mensal gerada pelo título. Caso essa renda seja de até quatro salários mínimos, o investidor não paga nada. Acima dessa renda, a taxa será de 0,10% sobre o que exceder esse valor.

Para cobrar esta taxa, será considerado sempre o salário mínimo vigente no momento do recebimento da renda mensal, e não aquele vigente no momento do investimento. 

Taxa de custódia

O Tesouro Educa+ ainda tem isenção da taxa de custódia para quem mantiver o título até a data de vencimento. 

Para as pessoas que venderem antes, a cobrança será regressiva e realizada no momento do resgate, de acordo com a tabela abaixo. Ou seja, quanto mais tempo o dinheiro ficar investido, menor será a cobrança.

Prazo até o resgate (em anos)Taxa de custódia cobrada (ao ano)
De 0 a 70,50%
7 a 140,20%
Acima de 140,10%
Data de vencimento0,00%

Qual é o investimento inicial do Tesouro Educa+?

Com pouco mais de R$ 30 já é possível comprar uma fatia desse título. Por isso, o Tesouro Direto é considerado uma porta de entrada para o mundo dos investimentos, com opções para todos os perfis e objetivos financeiros.

Quanto rende o Tesouro Educa+?

Parte do rendimento do Tesouro Educa+ é pós-fixada, pois acompanha a variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), e a outra é prefixada, combinada na hora do investimento.

O IPCA mede a inflação oficial do país. Por isso, o Tesouro Educa+ permite que o investidor mantenha sua rentabilidade real, ou seja, acima da inflação, e o poder de compra ao longo do tempo.

O valor das mensalidades que o investidor receberá após a data de conversão é definido a partir de um cálculo que leva em conta o valor total investido, as taxas de juros no momento de cada aporte e o tempo em que o dinheiro ficou aplicado.

Em outras palavras, quem aplica recebe seu investimento remunerado pela taxa de juros combinada no momento da compra e pela variação do IPCA do período em que o dinheiro ficou investido.

O Tesouro Educa+ tem risco?

Os títulos do Tesouro Direto são os investimentos de menor risco da economia, pois eles têm garantia de pagamento do Tesouro Nacional. Em outras palavras, o risco de não receber o dinheiro de volta é baixíssimo.

Importante: o valor investido no título pode passar por variações devido a marcação a mercado, que pode gerar prejuízos para quem deseja resgatar a aplicação de forma antecipada, ou seja, antes do vencimento. Se você ficar com o título até o vencimento, recebe exatamente o combinado no início.

Qual a liquidez do Tesouro Educa+?

A carência dos títulos do Tesouro Educa+ é de 60 dias para cada aporte. Isso significa que é preciso esperar dois meses para pedir o resgate depois de fazer um investimento.

A liquidez passa a ser diária quando a carência termina. A partir daí, se você pedir o resgate até as 13h de um dia útil, o dinheiro volta para sua conta no mesmo dia. Após esse horário, o valor cai no próximo dia útil. 

Importante: como a carência vale para cada aporte, você pode resgatar investimentos feitos há mais de 60 dias mesmo depois de fazer uma nova aplicação.

Leia também:

Tesouro Direto RendA+: como funciona esse investimento para aposentadoria?

Tesouro IPCA+: o que é e como funciona esse investimento

Quanto rende o Tesouro Direto?

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