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Estorno de pagamento: tudo o que você precisa saber

O processo de devolução do valor pago pelo cliente em uma compra online faz parte das operações de rotina de um e-commerce. Saiba como descomplicar e lidar melhor com o estorno de pagamento.

Saiba como descomplicar e lidar melhor com o estorno de pagamento.

Para quem trabalha com e-commerce, o estorno de pagamento já é um velho conhecido. O processo faz parte das operações de rotina de uma loja online e acontece quando um cliente solicita a devolução do valor pago por uma compra. 

Apesar de ser um recurso previsto por lei e estar no dia a dia do varejo digital, o funcionamento, suas regras e soluções para cada caso são questões importantes a serem esclarecidas. 

O e-commerce que tem uma política de estorno de pagamento bem definida, com gerenciamento eficiente e processos ágeis para realizar tal operação tem mais chances de conquistar o consumidor para uma próxima compra. 

A seguir, você pode entender todos os detalhes do estorno de pagamento. 

O que é estorno de pagamento? 

O estorno de pagamento é a devolução do dinheiro usado em uma transação financeira. No caso das lojas online, é o cancelamento da cobrança feita por uma compra ou a restituição do valor já pago pelo cliente, de forma total ou parcial.  

Geralmente, o processo de estorno é realizado em compras feitas por cartão de crédito, débito, boleto bancário ou Pix, e é comum em casos de erro com o pagamento, arrependimento da compra ou cobranças indevidas. 

O próprio cliente deve solicitar a devolução do pagamento ao lojista, de acordo com as situações que estão previstas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).

No Brasil, com o aumento significativo e constante dos hábitos de compra online observado nos últimos anos, os e-commerces precisam se familiarizar com essa operação, entendendo detalhes, especificações e diferenças entre processos, para, assim, entregar a melhor solução ao consumidor. 

Qual a diferença entre estorno e chargeback? 

Estorno e chargeback são termos bastante recorrentes no universo dos negócios digitais, mas eles não são sinônimos. Ambos os processos são sobre reversão de uma compra e devolução do valor pago, mas as condições em que acontecem são diferentes. 

Chargeback

O chargeback se refere à contestação da compra, que pode ser feita pelo titular do cartão ao banco emissor, quando o cliente não reconhece uma transação na fatura, seja por suspeita de fraude, desacordo comercial ou erros. 

Se o e-commerce tiver índices altos de chargeback, por exemplo, existem riscos de advertências, multas e até mesmo descredenciamento das empresas de bandeiras de cartões de crédito. 

Estorno de pagamento

Já o estorno de pagamento é uma solicitação mais amigável. À pedido do cliente, o cancelamento da compra é feito de forma voluntária e direta pelo lojista, sem intermediação ou outras possíveis complicações com instituições financeiras para devolução do dinheiro pago. 

Essa opção costuma ser mais interessante para o lojista, porque garante um melhor relacionamento com os clientes e intermediários. 

Quando um estorno de pagamento pode ser realizado? 

O estorno de pagamento pode ser aplicado nas seguintes situações: 

  1. Cobrança indevida de taxas; 
  2. Pagamento não autorizado pelo cliente; 
  3. Cobrança duplicada por erro no processamento de informações; 
  4. Transação fraudulenta, proveniente de golpe, clonagem do cartão de crédito ou roubo de senhas e dados bancários; 
  5. Produto ou serviço fora das especificações divulgadas no site; 
  6. Não recebimento da compra; 
  7. Produto danificado ou com defeito. 

A solicitação deve ser feita pelo titular do cartão de crédito ou responsável pela compra na loja online. 

Segundo o Código de Defesa do Consumidor (CDC), todo e-commerce é obrigado a realizar o estorno se o cliente desistir do produto ou serviço em até sete dias corridos. Em outros casos, como o não recebimento da compra, defeitos ou suspeita de fraude, cada loja pode aplicar suas próprias políticas. 

O CDC também determina que as empresas ficam responsáveis por possíveis falhas em processos de pagamentos. Assim, fraudes ou cobranças indevidas são de responsabilidade dos lojistas, conforme as regras estabelecidas.

Quem é responsável pelo estorno ao consumidor? 

Como já deixa claro o artigo 14 do CDC: “o fornecedor responde objetivamente pelos danos causados ao consumidor por falha no serviço prestado”. Em outras palavras, na maioria das vezes, é a loja quem fica responsável pelo estorno do pagamento ao cliente. 

Em último caso, se houver problemas com o e-commerce, o usuário pode acionar a operadora do cartão ou instituição financeira para intermediar a situação. 

Mas, se o cartão de crédito foi clonado ou o cliente foi vítima de um golpe, é responsabilidade do banco identificar as transações suspeitas e bloquear qualquer processo. Mesmo se a fraude não for barrada por um sistema, a instituição será responsabilizada e deverá devolver o valor. 

Quanto tempo leva um estorno de pagamento?

Os prazos para o estorno do pagamento variam entre situações, lojas e instituições financeiras. Existem e-commerces que trabalham com o estorno imediato, em até 24 horas do pedido, para compras no cartão de crédito e cancelamento por desistência.

Para fraudes ou devoluções fora desse prazo, por defeito ou não recebimento, a análise pode ser mais lenta e o estorno acontecer em outras faturas. 

Para estorno de débito, a operação pode demorar ainda mais, já que o reembolso sai do caixa do varejista. Em média, até 30 dias. 

Nos casos mais complexos, que existem análises minuciosas, devoluções e outros processos, esse estorno pode ser realizado em até seis meses depois do pedido. Porém, a lógica é clara: quanto mais rápido for o estorno, maior a satisfação do cliente e melhor a imagem transmitida pelo e-commerce, aumentando a possibilidade de uma futura compra. 

Como funciona o estorno nos meios de pagamento?

Cada meio de pagamento tem sua particularidade para o estorno. Abaixo, confira como funciona o reembolso para os métodos mais utilizados nas lojas virtuais: cartão de crédito, débito, boleto bancário e Pix

Cartão de crédito

Em compras realizadas no cartão de crédito, o varejista deve solicitar a devolução ao meio que processou essa transação, como uma adquirente, subadquirente ou um provedor de serviços de pagamento, que irá comunicar o banco emissor do cartão para realizar a devolução do crédito na fatura do cliente. 

O reembolso nesse formato pode levar de duas a três faturas para ser concluído e o cliente pode não ser ressarcido exatamente no mês em que solicitou. Os prazos dependem de cada instituição e e-commerce. 

Quando o pagamento é parcelado, o estorno pode ser feito no valor total na fatura seguinte ao pedido, liberando o limite do cartão do consumidor ou mantendo a cobrança das parcelas. Outra forma é o banco cobrar pelas parcelas e fazer o estorno total somente na última fatura de cobrança. E, por último, o banco pode reembolsar o crédito em cada parcela na mesma fatura. 

Entenda melhor como funciona o estorno no cartão de crédito no vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=R5yL5Up3Z8c

Cartão de débito

O estorno de débito acontece mais em pagamentos duplicados, principalmente em maquininhas de cartão. Apesar de ser mais raro, o mesmo erro pode acontecer com um pagamento online. Assim, o varejista deve fazer o estorno para o consumidor a partir do gateway de pagamento – sistema que conecta e transfere dados – utilizado na transação.

Boleto 

Para o estorno de um pagamento feito no boleto, o lojista precisa solicitar o reembolso para o emissor do meio de pagamento. Essa devolução é feita por meio de transferência bancária direto para a conta do cliente. 

Pix

Para a devolução de pagamento feito em Pix, a própria resolução do pagamento instantâneo para e-commerce prevê esse processo e o reembolso vai diretamente para a conta cadastrada no Pix que realizou o primeiro pagamento. 

De acordo com o documento, o prazo limite da operação é de 90 dias após a data de conciliação para o ressarcimento, sendo impossível realizar depois esse período.

Em casos de erros ou fraudes no pagamento via Pix, o Mecanismo Especial de Devolução (MED) está aí para garantir que o valor volte para a conta de origem. A funcionalidade é obrigatória para as instituições que oferecem Pix e prevê o estorno em erros operacionais ou golpes por crimes de engenharia social. 

Confira no vídeo abaixo dicas de como fugir de golpes de engenharia social:

https://www.youtube.com/watch?v=7qUSzH6Ay3I

Quando você aprende a lidar melhor com as operações de estorno, consegue a melhor experiência possível ao cliente. 

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Este texto faz parte da missão do Nubank de lutar contra a complexidade do sistema financeiro para empoderar as pessoas – físicas e jurídicas. Com a conta PJ queremos ajudar donos de pequenos negócios, empreendedores e autônomos a focarem no que realmente importa. Saiba mais e peça sua conta PJ do Nubank.

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