O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu, em novembro de 2024, aumentar a Selic para 11,25% ao ano. Mexer nessa taxa é uma das ferramentas que o BC usa para controlar a inflação e aproximá-la da meta anual.
Mas, na prática, a taxa Selic baixa é boa ou ruim? A resposta é: depende. Alterações na Selic afetam três grandes pilares de sua vida financeira – a inflação, o rendimento de diversos investimentos e as taxas de empréstimos, cada um de uma maneira distinta.
O que é a taxa Selic? Ela está baixa?
A taxa Selic é a taxa de juros básica da economia. Na prática, ela é o farol para as demais taxas de juros do país, seja de empréstimos ou rendimentos de investimentos. Ela nasceu para ser uma ferramenta para controlar a inflação.
Ou seja, o Banco Central tem objetivos específicos ao reduzir ou aumentar a taxa Selic. São eles:
- Aumentar a Selic para forçar a queda dos preços e, assim, desacelerar a economia, o que impede que a inflação fique muito alta;
- Baixar a Selic quando a inflação já está controlada. Com uma inflação controlada – ou seja, com os preços subindo de uma forma mais saudável e, principalmente, dentro ou quase próximo da meta do BC, não há necessidade de juros altos. Por isso, a Selic tende a ser reduzida quando a inflação não está subindo tanto.
Em novembro de 2024, o BC aumentou a taxa Selic para 11,25% ao ano. E não se pode dizer que a taxa Selic está baixa. E quando eles estiverem baixos? Quais são os impactos no seu bolso? Saiba abaixo.
Taxa Selic baixa para empréstimo
A Selic é a taxa de juros básica da economia brasileira. Isso significa que todos os bancos se baseiam nela para definir as taxas de juros cobradas por empréstimos. Logo, quando há uma queda na Selic, a tendência é de que os bancos e instituições financeiras acompanhem e diminuam as taxas de juros, tornando o crédito mais acessível para a população.
Taxa Selic baixa para investimentos
Quando há uma redução da Selic, os títulos públicos indexados a ela e as aplicações em renda fixa passam a oferecer uma remuneração menor – em outras palavras, existe uma queda no rendimento. Poupança, títulos do Tesouro Direto, CDBs e outros investimentos em renda fixa atrelados à Selic ou ao CDI passam a pagar menos do que antes.
Taxa Selic baixa para a inflação
O objetivo do Banco Central, ao aumentar a Selic, é manter a inflação controlada. A partir do momento que os preços ficam mais controlados, não há motivos para aumentar os juros. É nessa hora que o Banco Central começa a reduzir a Selic. A longo prazo, um dos efeitos de uma queda constante da taxa Selic é um movimento maior dos preços. Ou seja, podemos dizer que os preços de alimentos e da cesta básica podem aumentar com a queda da Selic, mas não tanto.
Como a Selic afeta meu dinheiro?
Os efeitos da mudança da Selic são sentidos por todos os brasileiros, bancos e até investidores estrangeiros. Basicamente:
Se a taxa Selic diminui
- O crédito fica mais acessível, já que os bancos tendem a baixar as taxas de juros;
- A inflação pode subir, uma vez que pessoas e empresas tendem a aumentar o consumo.
Se a taxa Selic aumenta
- Os preços tendem a baixar ou a ficar estáveis, como uma consequência do controle da inflação;
- Os juros de crédito, parcelamento e cheque especial ficam mais altos;
- Os rendimentos de investimentos em renda fixa com rendimentos atrelados à Selic ou ao CDI aumentam.