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O que são indicadores econômicos?

Esses dados são um importante termômetro da economia brasileira e podem impactar seu bolso e seus investimentos. Entenda esse conceito e saiba quais são os mais usados no país.

Uma das coisas que podem impactar a vida de alguém é a economia, seja ela local, estadual, federal e, até mesmo, a economia internacional.

Quando a economia vai bem, mais empregos são gerados, a inflação é controlada e a população tem mais acesso à renda e ao crédito. Mas qual a melhor forma de entender se a economia de um país está em um caminho positivo ou negativo? 

Para isso, é preciso conhecer os principais indicadores econômicos.

Uma grande utilidade de conhecê-los é  compreender melhor como as grandes decisões político-econômicas impactam o seu dia a dia. Por isso, pode ser importante acompanhar as notícias sobre o desempenho dos principais indicadores econômicos do país. 

Então, entenda abaixo como eles funcionam para ficar por dentro da economia brasileira e mundial.

O que são indicadores econômicos?

Os indicadores econômicos são dados numéricos usados para medir o desempenho da atividade econômica de um país, estado, cidade ou região. Esses dados podem ser trabalhados de diversas formas, a depender do que você deseja analisar.

No geral, para a economia de um país, o costume é observar as informações a nível macroeconômico,  como a taxa de juros, o crescimento econômico, a inflação e o desemprego

Esses números são calculados e divulgados de forma periódica, o que permite que governo, empresários e investidores acompanhem a evolução da situação econômica do país ao longo do tempo.

No nível microeconômico, esse recorte de dados muda de acordo com o mercado específico que você deseja entender. Mas, no geral, para acompanhar um nicho de mercado, olha-se para o perfil socioeconômico de seus principais consumidores, o funcionamento da cadeia de produção dos principais concorrentes, como esse consumidor se comporta e, por último, busca-se entender a formação dos preços.

Ou seja, a ideia é que um indicador seja uma ferramenta de análise e tomada de decisão. Mas, como isso funciona?

Qual é a função dos indicadores econômicos?

Os indicadores econômicos funcionam como uma espécie de termômetro que mede o desempenho da economia de um país. 

Essa análise pode ser realizada a partir de diversos aspectos, já que a economia de um país é composta por muitas variáveis. Outro fator é entender o nível de detalhamento que você precisa e qual o tipo de análise que precisa ser feita.

Isso significa que não existe uma métrica única ou melhor do que as outras. O que acontece é a escolha dos indicadores econômicos mais adequados para avaliar cada situação, dependendo do objetivo da análise. De forma geral, o ideal é considerar sempre mais de uma métrica para conseguir ter uma visão mais ampla do todo.

O mesmo vale para a hora de investir, para fazer escolhas mais adequadas dentro do cenário econômico atual e na hora de administrar o dinheiro do dia a dia ou tomar qualquer tipo de decisão que possa ter algum impacto financeiro de médio prazo.

Quais são os principais indicadores econômicos?

Os principais indicadores econômicos são aqueles mais observados por governos, empresários e investidores na hora de tomar suas decisões. No caso do Brasil, muito se olha para o PIB, a Selic, o IPCA, o IGP-M, o INPC e as flutuações do dólar.

Investidores e analistas de do mercado financeiro, inclusive, costumam traçar projeções para os principais indicadores econômicos brasileiros nos mais diversos períodos. Algumas delas são divulgadas semanalmente no Relatório Focus, do Banco Central.

Confira a seguir detalhes dos indicadores econômicos mais populares no Brasil:

1. PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) é tido como o principal indicador do desempenho econômico de um país. 

O PIB é um indicador que abarca a soma de todos os bens e serviços finais produzidos pela nação. Por isso, quanto maior for esse valor, maior será a atividade econômica, e vice-versa. Assim, é possível classificar os países de acordo com ele e ter um panorama da economia global.

De forma geral, o PIB crescendo é uma boa notícia, ainda que o motivo desse crescimento econômico possa ser analisado mais profundamente, em conjunto com o monitoramento de outros indicadores econômicos.

No Brasil, ele é divulgado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas o crescimento desse índice precisa sempre vir acompanhado de uma análise do posicionamento do Brasil em comparação com outros países

Ou seja, nem sempre um crescimento aponta, na realidade, uma boa notícia, caso outros países tenham um crescimento ainda maior. Por isso, a importância do contexto dos dados.

2. Selic

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, que aparece sempre nos principais noticiários quando sofre alguma alteração. A sigla significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia.

Ela influencia todas as taxas de juros praticadas no país em empréstimos, financiamentos e investimentos. É, também, o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação e estimular a atividade econômica.

Em relação ao tempo de flutuações, a taxa Selic é definida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. 

3. IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mede a variação de preços de mercado para o consumidor final e representa o índice oficial da inflação no Brasil. 

Seu cálculo é feito mensalmente pelo IBGE. Ele acompanha a inflação dos produtos e serviços mais consumidos pelas famílias que têm rendimento de um a 40 salários mínimos e residem nas áreas urbanas pesquisadas pelo instituto.

4. IGP-M

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) é calculado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele é conhecido como o índice do aluguel e traz outro critério para medir a variação de preços na economia do país.

Além dos preços dos aluguéis, o IGP-M costuma ser considerado para reajustar contratos de prestação de serviços e tarifas públicas, como energia elétrica e telefonia.

Veja no vídeo abaixo mais detalhes sobre a relação do IGP-M com o aluguel:

https://www.youtube.com/watch?v=m7-Z38dQhjo&list=PLTPJoMFW9onsAwC6p4dBdwoftcsgA-fbZ&index=12

5. INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também é um indicador econômico que mede a inflação, mas utiliza um terceiro critério, diferenciando-se tanto do IPCA quanto do IGP-M.

Ele mede a variação de preços dos produtos e serviços mais consumidos pelas famílias com rendimento médio mensal de um a cinco salários mínimos. 

Além disso, esse indicador costuma ser usado pelo governo federal para corrigir o salário mínimo e o valor da aposentadoria e, no caso de negociações trabalhistas, para reajustar os salários de maneira geral. 

Entenda melhor o funcionamento do INPC e do IPCA no vídeo a seguir:

https://www.youtube.com/watch?v=KW2GE-P5lV0&list=PLTPJoMFW9onsAwC6p4dBdwoftcsgA-fbZ&index=13

6. Dólar

O dólar é a moeda oficial dos Estados Unidos, considerada uma das mais fortes do mundo. No geral, é possível observar em muitos produtos que você compra no supermercado o impacto da valorização ou queda desta moeda. Isso ocorre seja por ter componentes importados em sua produção, seja pelo seu transporte antes de chegar na prateleira.

É importante destacar que, no Brasil, o meio de transporte mais comum é o rodoviário e os preços da gasolina são diretamente influenciados pelo desempenho da moeda norte-americana, já que o petróleo é uma commodity negociada internacionalmente. Por isso, é muito comum ver um aumento da inflação quando o dólar está mais alto.

Além disso, quando existe uma grande quantidade de dólar entrando no Brasil, a tendência é que o preço da moeda apresente uma queda em relação ao real. 

É a mesma lógica da lei da oferta e da procura, que acontece também em uma feira livre, por exemplo. As frutas da estação costumam ficar mais baratas, já que são ofertadas em várias barracas diferentes. Por isso, o preço cai.

O contrário também acontece. Quando existe uma grande quantidade de dólar saindo do Brasil, seja por meio de vendas de empresas brasileiras para o exterior ou de investimentos feitos fora do país, a tendência é que o preço da moeda norte-americana suba em relação ao real.  

Assista ao vídeo abaixo e descubra por que o dólar se tornou a moeda mais importante do mundo:

https://www.youtube.com/watch?v=pu6r4t5zSAg

7. Taxa Referencial

Criada na década de 1990, a Taxa Referencial (TR) já foi a taxa de juros de referência do Brasil, antes da Selic assumir esse posto.

Hoje, ela está muito atrelada à Selic e suas oscilações podem atingir diretamente o rendimento da poupança. A relação é de que, quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende até 0,5% + TR ao mês. Já se ela está abaixo de 8,5%, a poupança pode render 70% da Selic somado ao valor da TR todo mês. 

Atenção: essa não é uma regra. Sempre confira como é feito o rendimento da poupança em sua instituição financeira. No Nubank, por exemplo, existem diversos produtos atrelados ao rendimento, como as Caixinhas do Nubank.

Outra função importante da Taxa Referencial é a correção monetária do saldo de contas do Fundo Garantidor de Tempo de Serviço (FGTS). Alguns financiamentos imobiliários e títulos de capitalização também são corrigidos pela TR.

Leia também:

Indicadores financeiros: o que são e quais os principais? 

Como a economia global afeta o seu bolso no Brasil?

Como a Selic afeta o financiamento imobiliário?


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