Do que você precisa para ser feliz? Essa é uma pergunta complexa e sem resposta certa, mas algumas pessoas decidiram entender qual é a relação entre ser e ter. Na verdade, tem gente que encontra a felicidade em consumir apenas o essencial. E isso tem nome: minimalismo. Mas o que é minimalismo?
Minimalismo não significa deixar de consumir tudo ou nunca realizar sonhos materiais. Na verdade, tem mais a ver com consumo consciente e priorização. Em alguns casos, o minimalismo pode até te aproximar do seu sonho de consumo.
Entenda o que é minimalismo e como esse jeito de viver pode ser aplicado na sua vida financeira.
O que é minimalismo?
O termo minimalismo surgiu no século 20 para se referir a uma série de movimentos artísticos, culturais e científicos que tinham algo em comum: o uso de poucos elementos fundamentais como base.
Ainda hoje, esse movimento tem um sentido semelhante, mas incorporou novas áreas e transformou-se, também, em um estilo de vida. Pessoas que seguem o minimalismo tomam decisões mais conscientes de consumo a fim de não acumular muitos itens, e viver uma vida mais simples, sem grandes excessos.
Uma das definições mais diretas sobre o minimalismo está no documentário "Minimalism: a Documentary About the Important Things" (tradução: Minimalismo: um documentário sobre as coisas que importam), dos norte-americanos Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus. Para eles, ser minimalista é assumir o controle das suas finanças antes que elas te controlem.
O que isso quer dizer na prática? Dinheiro é motivo de muita ansiedade e pode fazer com que tenhamos, inclusive, problemas mais profundos na vida pessoal. Assim, a partir do momento em que você toma decisões mais conscientes e responsáveis, longe de impulsos consumistas e despesas supérfluas, você se torna dono do seu dinheiro e dos seus projetos, de fato.
De acordo com a influenciadora digital Ana Bochi, autora do livro Realize seus sonhos gastando pouco, seguir um estilo de vida minimalista implica em ter o mínimo de coisas que sejam realmente essenciais. "Assim, é possível priorizar as próprias experiências", conta.
"O minimalismo apareceu na minha vida quando eu estava passando por uma fase financeira muito difícil e procurava algo que conseguisse me ajudar. Eu estava manifestando ansiedade, depressão e esse estilo de vida me ajudou a ser mais feliz com menos. Além disso, consegui dedicar recursos para outras áreas da minha vida para as quais não sobrava dinheiro", explica.
Como ser uma pessoa minimalista?
O estilo minimalista está baseado na diminuição dos níveis de consumo. Segundo os adeptos, isso significa focar naquilo que realmente importa – isso vale para as compras, para as experiências e para a forma como elas lidam com as experiências.
A dúvida de muita gente, contudo, é até que ponto é possível reduzir o consumo e simplificar a vida, principalmente para quem já tem um poder de compra reduzido. Segundo Ana Bochi, reduzir o consumo não é deixar de gastar, mas gastar melhor.
“O estilo minimalista não me priva de coisas materiais, pelo contrário. Por ter menos itens, eu acabo conseguindo ter coisas de mais qualidade. Um exemplo disso é que, deixando de comprar bens supérfluos, eu consegui economizar uma boa quantia e com esse dinheiro eu dei entrada na minha casa própria", diz.
Quando aderiu ao minimalismo, Ana tinha uma renda mensal de R$ 2 mil e o marido não trabalhava. Mesmo assim, o casal conseguiu juntar o valor correspondente à entrada de uma casa (R$ 6 mil, em 2014) e financiou o imóvel em Foz do Iguaçu, no Paraná. Em 2020, divulgaram nas redes sociais que haviam quitado o financiamento de 30 anos do imóvel em pouco mais de cinco anos.
Minimalismo financeiro: como aplicá-lo na sua vida?
O minimalismo financeiro vai além de cortar gastos; trata-se de repensar a forma como você lida com o dinheiro, priorizando o que realmente importa e alinhando os recursos aos valores e objetivos. Confira como aplicá-lo nas suas finanças.
1. Identifique suas prioridades
Antes de mais nada, é importante refletir sobre o que é essencial para você. Isso ajudará a direcionar seus gastos para o que realmente faz sentido. Por exemplo, se viajar é uma prioridade, talvez seja hora de repensar gastos com itens que não agregam tanto valor.
2. Crie um orçamento realista
Utilize métodos como a regra 50-15-35: 50% para necessidades essenciais, 15% para prioridades financeiras e 35% para estilo de vida. Essa estrutura ajuda a manter o controle das finanças sem sobrecarregar sua rotina.
3. Automatize suas finanças
Configure pagamentos automáticos para contas fixas e transferências para sua poupança ou investimentos. Isso reduz a chance de esquecer compromissos financeiros.
4. Estabeleça metas financeiras claras
Defina objetivos específicos, como quitar dívidas, criar uma reserva de emergência ou investir para o futuro. Utilize a técnica SMART (Específicas, Mensuráveis, Atingíveis, Relevantes e Temporais) para tornar seus objetivos mais alcançáveis.
5. Adote hábitos mais sustentáveis
Considere práticas como cozinhar em casa e reduzir o uso do carro. Essas ações não apenas economizam dinheiro, mas também contribuem para um estilo de vida mais consciente e sustentável.
6. Reavalie regularmente suas finanças
Reserve um tempo semanal para revisar seu orçamento, acompanhar seus gastos e ajustar suas metas conforme necessário. Isso irá permitir identificar áreas para melhorias.
7. Evite compras por impulso
No lugar de se comprometer a "não comprar nada, nunca", busque reconhecer os sinais de quando a vontade das compras está ligada à ansiedade, ao nervosismo, ou a gatilhos que te fazem agir sem pensar. Assim, você evita gastar dinheiro que poderia ir para o pagamento de alguma conta ou mesmo para o investimento de algo maior.
8. Invista seu dinheiro
Uma das principais metas do minimalismo é ter dinheiro para investir nos seus sonhos. Não guarde por guardar: invista no que realmente é importante para você. Dar nome às suas metas financeiras pode te fazer poupar mais e melhor.
O Nubank, por exemplo, oferece um portfólio amplo para fazer o seu dinheiro render mais. Pelo app, é possível acompanhar e investir de forma prática e segura em opções de renda fixa, como CDBs com rendimentos superiores para clientes Ultravioleta, além de investimentos de renda variável como ações, BDRs e ETFs, além de outros produtos que se adaptam ao seu bolso e apetite ao risco.
Qualquer pessoa pode ser minimalista?
Minimalismo não tem relação com o quanto você ganha ou guarda, necessariamente, mas com as suas escolhas e o quanto você deixa de consumir. Não é todo mundo que tem a disposição ou a possibilidade de fazer isso. O segredo está no autoconhecimento, em entender se isso faz sentido para você e se é o momento ideal.
Lembre-se que tudo na vida, para ser saudável, precisa de limite. Assim como gastar todo o seu dinheiro não é o ideal, reduzir seus níveis de consumo de um jeito que te prive de tudo também não é o caminho para uma vida financeira equilibrada.
“Eu acredito que o limite do minimalismo saudável é quando você sabe que tudo o que você tem é importante, está sendo útil na sua vida e te agrega de alguma forma. Sejam bens materiais, comida, viagem. É sobre ter só o suficiente para ser feliz e não sobre não ter ou não fazer", diz Ana.
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