Private Label e suas vantagens para o seu negócio

Cada vez mais popular no Brasil, seja em marcas de roupas, itens de supermercado ou até mesmo no universo financeiro, o sistema de private label pode ser uma ótima oportunidade para você faturar mais com a sua empresa.

Nesse modelo de negócios é possível oferecer novos produtos, expandir a atuação e reforçar o poder da marca por meio de oportunidades que estejam um pouco distantes das atividades principais de quem empreende.

Abaixo, entenda o conceito de private label, saiba como montar uma operação dessas e quais são as vantagens e desvantagens.

O que é private label?

Private label, na tradução do inglês, significa “etiqueta privada” ou “etiqueta particular”. Ele também recebe outros nomes, como: private, brand, marca secreta ou marca própria.

O private label é um modelo de negócios em que uma empresa contrata um fabricante para produzir determinado produto, de acordo com suas especificações, e o vende com a etiqueta de sua própria marca.

É como uma produção sob encomenda, em que a empresa contratante pode dar ao fabricante diferentes orientações, como uso de determinadas matérias-primas, fórmulas ou ingredientes especiais.

A ideia é unir o útil ao agradável: vender um produto exclusivo no mercado, ao mesmo tempo em que a marca aproveita alguma vantagem competitiva que possui para impulsionar as vendas.

Um bom exemplo são as marcas próprias de supermercados que aproveitam o espaço em suas lojas, visitadas por milhões de pessoas, para oferecer produtos variados ou mais baratos aos consumidores. A origem dessa ideia é a estratégia de private label, deixando suas margens de lucro um pouco maiores.

O que é um produto private label?

O produto private label é uma mercadoria que uma determinada empresa ou marca terceiriza para um fabricante, com indicações de diretrizes básicas para sua confecção.

Em muitos casos, ele possui as mesmas características de produtos e marcas já consagradas no mercado, mas que, devido à forma como são produzidos, tem um menor custo, tanto para a empresa quanto para o consumidor.

Sabe quando aquela marca de tênis que você ama lança um perfume produzido por outro fabricante? Provavelmente ele se enquadra neste conceito de private label.

Como funciona o private label?

O private label funciona da seguinte forma: uma empresa contrata um fabricante para produzir seus produtos e vender sob a sua marca, normalmente em uma rede de lojas exclusiva. A parceria pode ser realizada por uma coleção com tempo limitado ou sem um fim determinado, desde que seja bom para ambas partes.

A empresa contratada é responsável por realizar todos os passos da fabricação à entrega do produto, como contratação e gestão de pessoas para trabalhar, compra de insumos, produção, execução, maquinário, logística, entre outros.

Com a terceirização, a empresa contratante consegue se dedicar melhor a outros processos importantes para a marca e para a comercialização dos produtos, como por exemplo a gestão de marketing, novas parcerias, conquista e fidelização de clientes e abertura de pontos de vendas.

Como montar um private label?

Para montar um private label e ter sucesso é importante considerar as informações a seguir:

Buscar bons fornecedores;
Fazer as contas para ter certeza de que haverá margem de lucro no preço final;
Cuidar da qualidade das entregas para não afetar a reputação da sua marca;
Entender o interesse real do público por aquele produto;
Testar e prestar atenção nas vendas para fazer ajustes.

Imagine que você tem uma loja de chocolates no centro da cidade. Nos meses frios, essa loja tem boas vendas, mas quando chega o calor, muita gente prefere tomar sorvete a lambuzar os dedos com um bombom.

O problema é que você não sabe fazer sorvetes – sua especialidade é chocolate. No entanto, os clientes confiam na sua marca. Assim, você contrata uma empresa que produz sorvetes para criar picolés de diferentes sabores de chocolate e vendê-los na sua loja, com a sua marca, em uma embalagem que você também pode terceirizar.

Como você pode imaginar, esse modelo de negócios é bastante utilizado em diferentes nichos de mercado. Existem empresas especializadas em fabricar produtos só para outras marcas. É o segmento de mercado conhecido como white label, ou seja, “selo branco”, permitindo que qualquer outra marca pudesse utilizar aquele espaço na embalagem.

O que é um cartão private label?

Um tipo específico de produto private label existe no mercado financeiro são os chamados cartões private label, modalidade de pagamento oferecida por muitos varejistas a seus clientes.

Apesar de ser um serviço financeiro, o cartão private label funciona da mesma forma que outros produtos white label: ele aproveita uma vantagem competitiva de uma marca para fidelizar os clientes.

Existem dois tipos de cartões private label:

Exclusivos: voltados apenas para compras nas lojas daquela marca/loja;
Mistos: aceitos em qualquer tipo de estabelecimento.

De modo geral, os cartões exclusivos têm apenas função de débito ou são cartões pré-pagos, enquanto os cartões mistos costumam ter também a função crédito. Nos dois casos, as organizações costumam ter parcerias com empresas do mercado financeiro para administrar essas operações.

A parceria pode ser feita diretamente com uma bandeira ou então com uma companhia de Banking as a Service – em português, “banco como serviço”. Neste último caso, são empresas que prestam serviço de infraestrutura “como banco” para seus clientes.

Para facilitar o pagamento do consumidor final, o Nubank oferece a opção "Passa Tudo no Crédito". Com ele, clientes da conta PJ podem fazer movimentações financeiras de diferentes formas na função crédito do Nubank.

Ainda para facilitar a vida do empreendedor na hora da cobrança, é possível cobrar os clientes de diferentes formas pela conta PJ do Nubank, seja por meio do Tap to Pay – a maquininha no app do Nubank – Link de Pagamento, NuPay, Pix ou boleto bancário.

Quais os benefícios de um produto private label?

Existem diversas vantagens para uma empresa criar seus próprios produtos private label. Uma delas é a possibilidade de expandir sua marca e diversificar seu portfólio de produtos sem necessariamente precisar investir em uma estrutura para fabricá-los.

Além disso, ao vender produtos próprios, normalmente as empresas conseguem ter margens de lucros maiores – mesmo que seja necessário contratar um fabricante para produzir esse item.

Em alguns casos, produtos private label podem ajudar lojas a se diferenciar dos concorrentes no mercado, uma vez que esse meio de produção costuma gerar itens exclusivos.

Outra vantagem é o foco. Ao contratar uma marca parceira para fabricar um produto, as empresas podem alocar recursos e energia em outros pontos de fortalecimento de marca, como conversar com seu público, sem precisar se preocupar com diferentes temas complexos da indústria, como:

Administrar recursos humanos e produtivos;
Desenvolver o produto;
Comprar processo fabril;
Fazer manutenção do maquinário;
Cuidar da logística de distribuição;
Ter que lidar com passivos trabalhistas.

Quais as desvantagens de ter um produto private label?

Também existem algumas desvantagens na hora de se adotar a política de produtos private label. Os riscos envolvidos nessa prática, na maioria das vezes, podem ser contornados tomando certos cuidados.

Ao apostar em um novo produto sempre há o risco de afetar a sua marca (de forma positiva ou negativa). Ao contratar bons fornecedores, você consegue reduzir esse risco, mas acidentes e imprevistos podem acontecer. Outra hipótese que você precisa considerar é o alto custo que alguns parceiros de renome podem cobrar, inviabilizando a operação ou aumentando a chance de prejuízo.

Outro ponto de atenção tem a ver com a logística, uma atividade que costuma ter alta chance de imprevisibilidade. Quando essa atividade é terceirizada, como nos produtos private label, esses riscos aumentam.

Há ainda um último risco ao se contar com um parceiro para um produto private label: contratar uma fabricante que não respeite normas sanitárias, trabalhistas ou legais, e acabe gerando danos de imagem à sua empresa.

Da mesma forma, é preciso certificar se o parceiro usa boas matérias-primas e realiza os processos industriais de maneira segura, sem afetar a saúde dos funcionários ou o meio ambiente.

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