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Vale a pena investir R$ 10? Conheça o impacto dos pequenos valores na hora de guardar dinheiro

Quem nunca olhou para R$ 10, R$ 20 ou mesmo R$ 50 e pensou que esses valores não eram suficientes para comprar muita coisa e menos ainda investir? A boa notícia é que R$ 10 todo mês podem ter efeitos surpreendentes no seu bolso no médio e longo prazo.
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“Investir é coisa de gente rica.”

“Só quem tem muito consegue guardar dinheiro.”

“R$ 10 não dá para nada." 

Essas frases fazem parte da rotina financeira de muitos brasileiros e são tão repetidas que parecem verdadeiras. Por muito tempo, o assistente de administração Alan Marques de Sousa, de 32 anos, acreditou nesses mitos e, por causa deles, adiou a vontade crescente de guardar dinheiro para o futuro. 

“Sempre tentava guardar, mas por algum imprevisto não conseguia. Eu fazia um plano, mas as demandas surgiam ao longo do mês e acabava usando o dinheiro", contou Alan, um dos membros da NuCommunity, a comunidade de clientes do Nubank. Em conversa com o Blog,  ele ainda disse que se planejava guardar R$ 300 e essas demandas consumiam R$ 200, não via vantagem em guardar os R$ 100 restantes. “Se por algum motivo eu tivesse que gastar parte do valor que esperava guardar, já deixava pra lá e acabava gastando o resto", diz. 

Tudo isso porque aquelas frases pareciam muito reais. “Eu realmente achava que precisava guardar um valor alto para conseguir atingir certos objetivos", afirma. E ele não é o único. A B3, a Bolsa de Valores Brasileira, ouviu brasileiros de 18 a 65 anos de todas as regiões do país e identificou que 61% dos entrevistados acreditam que é preciso ter muito dinheiro para investir. 

Porém, ao contrário do que diz a crença, você não precisa de muito para começar e dá sim para ver o seu patrimônio crescer mesmo guardando de pouquinho em pouquinho todo mês. Saiba mais a seguir. 

Vale a pena guardar pouco dinheiro? O poder daqueles R$ 10 escondidos na carteira

Vale a pena guardar pouco dinheiro por diversas razões. O primeiro motivo é que valores baixos derrubam uma das principais barreiras que impedem os brasileiros de investir: a própria falta de dinheiro. É o que mostra o estudo da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais): a falta de condições financeiras é o principal motivo para 62% das pessoas entrevistadas que não investiram em 2024 continuarem a não investir em 2025.   

Outra razão que prova que vale a pena guardar pouco dinheiro é o impacto que essa ação tem no comportamento. “No curto prazo, guardar pequenos valores é mais sobre a construção do hábito de guardar, de estabelecer uma consciência sobre o seu próprio dinheiro, de estabelecer prioridades. Esse comportamento vai moldando o seu pensamento", afirma Viviane Ferreira.

Por conta disso, guardar aqueles R$ 10 que estão parados na sua carteira em algum investimento pode ser mais fácil do que tentar guardar R$ 300. E a consistência é a chave para a construção de qualquer hábito, inclusive o de guardar dinheiro. 

Quanto menor o esforço, melhor

A explicação que prova que guardar R$ 10 é mais fácil não está no valor em si, mas no modo como o cérebro funciona. Qualquer atividade e tomada de decisão demanda energia. Por isso, quanto mais simples e mais automática for a atividade, menos você precisará pensar sobre ela – e é disso que o seu cérebro gosta. 

É com base nessa mecânica que o escritor norte-americano James Clear defende a tese dos micro-hábitos no seu bestseller “Hábitos Atômicos". A premissa é que você deixe a tarefa tão simples, mas tão simples que o esforço para cumpri-la será mínimo e, por isso, fique impossível ignorá-la. Dessa forma, fica mais fácil de manter a consistência – elemento chave de qualquer planejamento financeiro.  

Para Viviane Ferreira, a consistência é o que faz mais diferença, mas também é o elemento mais difícil. “Você precisa ter um controle emocional para cumprir aquele compromisso que é só com você. Quando você constrói o hábito, a tentação de gastar vai ficando mais fácil de lidar, porque você já entra no automático. E começar com pequenos valores é mais eficaz na construção dessa consistência", explica.

Foi o que aconteceu com Alan Marques de Sousa. Depois de tentar guardar cerca de R$ 300 reais todo mês, ele decidiu se comprometer com menos. “Comecei a guardar pequenos valores, como R$ 50 ou R$ 100 por mês. Depois de um ano, vi que o montante estava aumentando e que o segredo estava aí: na consistência [do hábito em si].” A partir disso, ele e a esposa começaram a manter esse hábito. “Quando chegam as férias e o décimo terceiro, aumentamos o aporte. E, não importa o que aconteça, estabeleci que guardaria, no mínimo, R$ 50 todo mês", conta.

E o que fez Alan “acordar”? Ele conheceu os juros compostos. 

Investir pouco dinheiro rende? A mágica dos juros compostos 

O que Alan percebeu após um ano guardando de pouquinho em pouquinho é a magia dos juros compostos em ação. Os juros compostos são aplicados sobre o valor inicial investido e, depois, sobre o valor acumulado ao longo do tempo. Na prática, são eles que fazem o bolo crescer.

Não acredita? A planejadora Viviane Ferreira fez as contas para você, considerando um investimento que rende 1% ao mês. Mas isso é possível?. É sim: com a taxa Selic de 2025, a taxa oficial de juros do país, dá para encontrar ativos conservadores que pagam até mais do que isso por mês. O RDB do Nubank, por exemplo, investimento de renda fixa que está por trás das Caixinhas e também da Conta do Nu, está pagando, em julho de 2025, cerca de 1,16% ao mês. 

Agora, vamos aos valores. 

Para você comparar de forma clara, a planejadora também considerou prazos diferentes: 20 e 30 anos. Afinal, quanto mais tempo o dinheiro ficar guardado, maiores são os ganhos. 

Valor aplicado mensalmente20 anos de aplicação30 anos de aplicação
R$ 10R$ 10 mil(R$ 2,4 mil aplicados; R$ 7,6 mil de juros)R$ 35 mil(R$ 3,6 mil aplicados; R$ 31,4 mil de juros)
R$ 20R$ 20 mil (R$ 5 mil aplicados; R$ 15 mil de juros)R$ 70 mil(R$ 7,2 mil aplicados; R$ 62,8 mil de juros)
R$ 30R$ 30 mil (R$ 7,2 mil aplicados; R$ 22,8 mil de juros)R$ 106 mil(R$ 10,8 mil aplicados; R$ 95,2 mil de juros)
R$ 100R$ 100 mil (R$ 24 mil aplicados; R$ 76 mil de juros)R$ 353 mil(R$ 36 mil aplicados; R$ 317 mil de juros)

É importante considerar que os juros variam com o tempo e esses 1% ao mês podem ser maiores ou menores ao longo dos anos. Além disso, com o tempo e com o hábito, a tendência é que você aumente o valor investido – essa evolução também é importante para amenizar a variação dos juros e para alavancar ainda mais os seus ganhos.

Aqui, de novo, aparece a consistência como fator importante para tudo dar certo.  “Se a pessoa deixa de colocar os seus R$ 10, R$ 20 por um ou dois anos, por exemplo, acaba o plano. Os números são outros e são bem menores", afirma Viviane Ferreira.

Aqui entra uma dica importante, segundo Viviane: acompanhar o dinheiro crescer. “É um reforço positivo. Você se motiva e fica com vontade de guardar mais e mais. É um aumento de autoestima porque você entende que o que está fazendo está certo", diz. 

Mas onde guardar pouco dinheiro? 

Agora que você já entendeu que vale a pena guardar pouco dinheiro, é hora de saber onde investir com pouco dinheiro. O mercado financeiro oferece diferentes opções de ativos com aplicações iniciais baixas. 

Para quem vai guardar pequenos valores, a recomendação é guardar o dinheiro em algum ativo com as seguintes características:

Fácil de aplicar todo mês

Se puder agendar essas aplicações é ainda melhor. Lembra que a ideia de guardar pequenos valores não é só sobre ganhos, mas sobre hábitos. Se você escolher um ativo que exige alguma ferramenta específica ou muitas etapas de aplicação, você está adicionando barreiras ao processo, facilitando a desistência. 

Se você é cliente do Nubank, por exemplo, tem à disposição no aplicativo algumas funções que deixam o hábito de guardar dinheiro mais simples. As Caixinhas do Nubank é uma delas. Com ela, você guarda dinheiro de forma simples, com possibilidade de automatizar os aportes, estabelecer metas e acompanhar o crescimento dos valores. Você guarda dinheiro para os seus objetivos de forma simples, dentro do app, e ele cresce.

Simples de entender e de gerir

O mercado financeiro está ficando cada vez mais acessível, mas existem investimentos que têm dinâmicas mais complexas, que são mais direcionados a quem já tem alguma experiência com investimentos. 

Se não é o seu caso, escolha ativos mais simples de entender – geralmente eles fazem parte da renda fixa, modalidade que reúne ativos cuja rentabilidade pode ser prevista e que normalmente tem Imposto de Renda retido na fonte. Ou seja, você não vai precisar fazer nada para pagar o imposto.  

Que tenha alguma segurança

A segurança aqui é sobre o risco de perder dinheiro. Ações, por exemplo, são ativos mais arriscados, porque não tem como saber quando o preço dos papéis vai cair ou subir. Já com investimentos da renda fixa é possível prever os ganhos, porque eles são previsíveis. Além disso, muitos ativos da renda fixa têm a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Esse fundo paga o investidor caso algo aconteça com o emissor do ativo que ele investiu. 

Por exemplo, se você aplica em algum CDB (Certificados de Depósito Bancário) ou RDB (Recibos de Depósito Bancário), ativos bem populares da renda fixa, e o banco que emitiu esses títulos falir, o FGC paga o valor que você investiu mais os rendimentos até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira (limitado a quatro instituições financeiras ao mesmo tempo).  

Que tenha algum rendimento

Se você vai guardar R$ 10 todo mês, não vale deixar apenas na carteira, no porquinho de cerâmica ou parado em uma conta que não rende. Para aproveitar os benefícios dos juros compostos, esse dinheiro precisa crescer. Os investimentos da renda fixa são os que têm mais possibilidade de garantir algum rendimento, sem tanta oscilação. 

Muitos desses ativos acompanham alguns indicadores da economia, como a Selic, a taxa de juros oficial do país, o CDI e o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do Brasil.  

O dinheiro que você guarda nas Caixinhas do Nubank, por exemplo, são investidos em RDBs, investimentos de renda fixa que acompanham o CDI. É por isso que as Caixinhas do Nubank são seguras e crescem, sem que você precise se preocupar.

Guardar pequenos valores: depoimentos de quem colocou as dicas em prática

Perguntamos na NuCommunity, a comunidade de clientes do Nubank, as estratégias que eles usam para guardar de pouquinho em pouquinho. Confira o que eles disseram.  

Parece que gastei dinheiro, só que não

 Rafael da Silva Brita conta que sempre teve dificuldade de guardar dinheiro, mas sempre quis investir. “Tentei inúmeras vezes e sempre caí na autossabotagem de sacar a reserva de emergência. Mas uma forma que encontrei de resolver isso foi com as Caixinhas Nubank”.

Ele conta que cria várias, e a meta mínima mensal é investir R$ 30 em cada uma e tem funcionado. “Com essa estratégia, eu consigo deixar minha conta zerada, ter aquela sensação boa (que é um golpe né) de gastar o dinheiro, mas na real eu estava investindo", contou. 

Ele ainda diz que, ao conquistar a meta estabelecida para uma Caixinha, em vez de sacar para realizar o objetivo de consumo, ele deixa o dinheiro lá, rendendo, e usa o cartão para comprar o item. “Eu tento sempre pagar com meu salário ou via cartão de crédito, para somar no cashback, e a Caixinha acaba se tornando um investimento e/ou reserva de emergência", diz.

R$ 10, só que toda semana

Dá para começar a construir o hábito de guardar dinheiro com R$ 10 por mês, mas o usuário francisco.fcs da NuCommunity decidiu começar com R$ 10 toda semana. 

“Sempre fui do time que acredita que pequenas atitudes fazem uma baita diferença nas finanças. Comecei guardando R$ 10 por semana, quase sem perceber. Quando vi, já tinha um valor que me ajudou a sair de um aperto", conta.

Dinheiro para a viagem, mesmo sem a viagem 

A gente sabe que ter metas específicas ajuda a manter o hábito de guardar dinheiro: afinal, você fica motivado ao saber o que vai fazer ou ter depois de um tempo. Mas quando se trata de pequenos valores, talvez basta um contexto mais geral para começar e, com o tempo, vai especificando. 

É o que faz o Everton da Silva. “Deixei uma Caixinha programada para viagens, mesmo sem saber qual será minha próxima viagem. Quando fui ver, já tinha um bom saldo para usar", diz.  

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