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Despacho de bagagem e outros 5 custos para ficar de olho na sua passagem

Entenda o que a lei diz sobre os serviços que as companhias aéreas podem cobrar à parte – o despacho de bagagem, em discussão no Brasil, é apenas um deles.
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Cada vez que você procura uma passagem aérea na internet, o algoritmo do site de buscas organiza os resultados de acordo com o mais vantajoso. E, quase sempre, o primeiro da lista será o mais barato. Isso acontece porque, salvo raras exceções (passageiros que preferem pagar mais para viajar em um horário melhor, por exemplo), o preço é o principal fator decisivo. No entanto, é preciso estar atento: nem sempre aquele número inicial reflete o valor real das passagens. O despacho de bagagem é só um dos itens que podem ser cobrados à parte.

Um levantamento do Kayak revelou que um terço dos brasileiros considera estressante o processo de planejar uma viagem, sendo a dificuldade de encontrar passagens baratas o maior obstáculo reportado.

Para facilitar esta atividade, listamos as principais taxas para ficar de olho na hora de comprar seu voo: cheque sempre se estes custos já estão embutidos no valor da passagem ou se serão cobrados à parte para evitar surpresas.

Itens que podem ser cobrados à parte do valor das passagens

  1. Despacho de bagagem
  2. Mudança de assento
  3. Comida a bordo
  4. Check-in presencial
  5. Raio-X e embarque prioritários
  6. Taxa de cartão de crédito

Veja, abaixo, detalhes sobre cada um deles.

1. Despacho de bagagem

Os direitos do passageiro brasileiro ainda não estão claros quando o assunto é pagar pelo despacho da bagagem. Em 2017, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) determinou que as companhias aéreas poderiam cobrar uma taxa para despachar a sua mala. A expectativa era baixar o custo para quem preferisse viajar apenas com bagagem de mão e atrair para o Brasil companhias low-cost, que já operam dessa forma há anos. Em abril de 2019, o Congresso proibiu essa cobrança, mas a medida foi vetada pelo Presidente. Como o assunto segue em discussãoOu seja, o viajante precisa ter atenção dobrada na hora da compra, já que a decisão ainda está no limbo.

De toda forma, em voos por companhias aéreas internacionais (especialmente as low-cost), o mais comum é que o despacho da bagagem seja pago à parte. Normalmente, as empresas oferecem uma categoria mais elevada de passagem, com a taxa já embutida. Cabe a cada um fazer os cálculos e decidir qual opção fica mais em conta.

2. Mudança de assento

Este é mais um tema que ainda não tem uma definição exata pela lei brasileira. Desde 2018, as regras da ANAC permitem que as companhias aéreas cobrem os clientes pela marcação de assentos; no mesmo ano, o Procon e a OAB consideraram a prática ilegal.

O Senado aprovou um projeto de lei, agora parado na Câmara, proibindo a cobrança. Ou seja, o passageiro pode questionar a taxa aos órgãos de defesa do consumidor, mas a interpretação ainda é dúbia.

Assim como no caso de despacho de bagagens, o costume internacional já é mais sedimentado. A maior parte das companhias, mesmo as não low-cost, cobra pela marcação antecipada de assento.

O único direito que deve ser assegurado é que todos os passageiros tenham um lugar para se sentar – se houver overbooking, ou seja, mais passageiros do que lugares, a empresa é obrigada a prestar assistência até reacomodar o cliente.

3. Comida a bordo

O serviço de bordo muda de acordo com cada companhia aérea. Ainda existem aquelas que oferecem gratuitamente refeições, lanches e bebidas em qualquer tipo de voo, mas elas são cada vez mais raras.

Via de regra, voos internacionais longos (sendo “longo” um critério definido por cada empresa) servem comida aos passageiros sem haver cobrança. Também varia entre as companhias quando é servida a refeição completa ou apenas um lanche.

Na maior parte dos casos, voos domésticos e/ou curtos não têm comida inclusa, mas sim, um serviço de bordo pago – muitas vezes, acaba valendo mais a pena levar seu próprio lanche, bastando ficar atento a proibições de cada aérea.

4. Check-in presencial

Sim, há companhias aéreas que cobram uma taxa extra de passageiros que fazem o check-in no próprio balcão do aeroporto.

Normalmente, as únicas a adotarem este procedimento são as low-cost, que miram baixar os custos de operações físicas. Em alguns casos, mesmo que o check-in tenha sido realizado com antecedência, há uma segunda taxa para  imprimir os cartões de embarque. Preste atenção nas letrinhas miúdas da reserva para não tomar um susto logo antes do embarque.

5. Raio-X e embarque prioritários

A tendência de cada vez menos pessoas despacharem suas bagagens resultou em um  aumento no volume das malas de mão: os passageiros acabam usando o máximo das medidas e peso permitidos, o que significa menos espaço disponível nos bagageiros da cabine.

A consequência disso é, por vezes, não haver espaço para todas as malas – ou seja, quem embarca antes garante seu espaço, enquanto a última leva pode precisar despachar no porão.

Por isso, algumas companhias começaram a vender o serviço de furar filas no raio-x, permitindo ao passageiro passar rápido pela segurança e chegar a seu portão com mais antecedência para entrar na fila de embarque. Um serviço similar é vendido para quem quer embarque prioritário.

6. Taxa de cartão de crédito

Um daqueles custos quase imperceptíveis: algumas empresas aéreas cobram uma taxa (normalmente, de 1 a 3%) por compras de passagens feitas em cartão de crédito. Importante, então, checar até a etapa do carrinho de compra se este custo está sendo cobrado à parte. De pouquinho em pouquinho, as aéreas vão acumulando bilhões de dólares por ano em todas as suas taxas extras.

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