Transição de carreira: 8 dicas para mudar de profissão

Salário mais alto, flexibilidade, crescimento profissional. Não importa o motivo. Se você pensa em mudar de área, mas não sabe por onde começar, entenda como fazer uma transição de carreira eficiente.
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Você chegou naquele ponto da sua carreira em que nada te motiva mais e parece que não há mais desafios profissionais? Ou está em busca de mais benefícios, crescimento e qualidade de vida? Essa necessidade de mudança pode te levar a uma transição de carreira, e é mais comum do que algumas pessoas imaginam. 

Para se ter uma ideia, 49% dos profissionais qualificados pretendiam buscar outro trabalho em 2023, segundo uma pesquisa da Robert Half, empresa de recrutamento especializado. De acordo com os dados, 61% dos entrevistados apontaram a intenção de trocar de empresa, mas permanecer na mesma área, enquanto 39% afirmaram ter interesse em uma nova área de atuação, segmento ou profissão.

Os motivos para mudar de área vão desde a busca por novos desafios às antigas queixas de trabalho – carreiras pouco atrativas, mal remuneradas e falta de perspectiva de crescimento. 

Seja qual for o motivo, a transição de carreira exige planejamento por ser um momento complexo na vida de qualquer pessoa, mas existem maneiras de tornar esse processo mais tranquilo.

Confira, abaixo, as principais dicas para fazer uma transição de carreira de maneira mais eficiente.

1. Entenda os motivos de querer  fazer uma transição de carreira

Um dos mais comuns para fazer uma transição de carreira é a baixa remuneração na área em que o profissional está inserido. 

De acordo com pesquisa da Robert Half, entre as principais justificativas apontadas pelos brasileiros para mudar de carreira estão a busca por:

  • Salários mais altos (71%);
  • Mais qualidade de vida (51%);
  • Realização pessoal (47%);
  • Aprender algo novo (38%);
  • Mais flexibilidade (35%).

Entender o motivo por trás da sua insatisfação é o primeiro guia para a sua mudança. Ao identificar essas razões, você pode até concluir que não é uma transição de carreira de que precisa, mas fazer um ano sabático ou trocar de empresa, por exemplo. 

Ou seja, antes de decidir mudar de área de trabalho, entenda o que está realmente te incomodando para, depois, traçar um plano de ação.

2. Escolha o mercado de transição e pesquise sobre ele

Se você chegou à conclusão de que realmente quer fazer uma transição de carreira, é fundamental entender como esse novo mercado funciona antes de sair aplicando para vagas da nova área em que pretende atuar. 

Essa pesquisa deve estar alinhada ao problema que você quer resolver. Imagine que você quer mudar de área para ser melhor remunerado, mas depois de pedir desligamento e se lançar no novo desafio, descobre que essa área é mal remunerada. Ou ao contrário, é bem remunerada, mas, em contrapartida, te exige algo que não está alinhado com suas prioridades de vida. 

Outro problema que pode acontecer é imaginar que a área desejada é menos concorrida e se deparar com vagas extremamente disputadas e processos seletivos nos quais você não evolui.

Para minimizar a possibilidade de fazer uma escolha que vai contra as suas expectativas, antes de fazer uma transição de carreira, pesquise bastante sobre a área para a qual você deseja migrar. Isso quer dizer: 

  • Saber qual é a média de salário;
  • Conversar com profissionais que já atuam na área;
  • Entender quais são os requisitos para se empregar na carreira;
  • Analisar o estilo de vida e trabalho na área;
  • Entender o que é exigido e valorizado nos profissionais dessa área;
  • Saber quais são as opções de crescimento de carreira;
  • Observar cultura, ambiente e estilo de gestão;
  • E, por fim, analisar se a mudança realmente faz sentido para o seu momento de vida.

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3. Identifique os pontos que conectam você à futura área

Um dos principais dilemas enfrentados pelas pessoas que tentam fazer uma transição de carreira é não ter experiência anterior na área desejada e, por isso, não conseguir ser reconhecido como um candidato em potencial.

Por isso, depois de entender como funciona a área, aprofunde-se em identificar quais são os requisitos que essa área exige e se você tem algum deles. Entender os pontos de contato entre o que você já faz até hoje e o que você pretende fazer – e valorizar isso –, pode te beneficiar.

Por exemplo: você é um profissional da área de comunicação e deseja migrar para a área de dados. O que existe na sua trajetória profissional que tem relação com esse novo mercado? Seria um projeto? Sistemas que você já opera?.

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4. Entenda quais são as suas lacunas profissionais e busque conhecimento

É importante considerar as suas competências e qualidades, mas também os pontos que você precisa desenvolver para atuar na nova área. 

Depois de identificar como você pode contribuir com a área para a qual deseja migrar, vale identificar quais conhecimentos que te faltam para tornar seu plano realidade. Busque descobrir quais cursos ou outras fontes de conhecimento teórico e prático são as mais recomendadas para o seu caso.

De acordo com o artigo de Marcelo Treff, professor da FIA (Fundação Instituto de Administração), é essencial "procurar o que há de mais atual e inovador na área e siga por aí". Além disso, criar um networking na sua área de interesse permite extrair dos profissionais quais são os conhecimentos que você realmente precisa saber. Por isso, segundo o professor, vale participar de eventos, cursos e treinamentos na área e começar a montar uma boa rede de contatos.

5. Esteja preparado para recomeçar

Quando iniciado o processo de transição de carreira, às vezes, é necessário regredir um pouco em relação à senioridade que você já tinha conquistado como profissional.

Se hoje você é um profissional sênior na área de finanças e pretende migrar para a área de tecnologia, possivelmente a sua vaga de entrada será para iniciantes, e não pessoas experientes. E isso, em alguns casos, significa uma remuneração mais baixa também.

Então, antes de decidir mudar de carreira, analise todos os prós e contras, e estabeleça expectativas alinhadas à sua realidade para tomar uma decisão mais acertada.

E não se preocupe em tentar desenvolver várias habilidades que você ainda não possui. Foque nas principais, que podem te auxiliar na situação atual.

6. Crie um plano de transição de carreira 

Para fazer uma transição de carreira, é importante avaliar alguns pontos e responder a certas perguntas:

  • Em quanto tempo você pretende fazer essa transição? Será um processo a curto ou longo prazo?
  • Você já tem os recursos e habilidades para se inserir na área desejada ou precisará se desenvolver mais? 
  • Quanto tempo você precisa para desenvolver habilidades essenciais para essa transição?
  • É possível se envolver em projetos na área de desejo?
  • É possível mudar para um cargo equivalente ao seu atual na outra área ou será preciso voltar um pouco para atrás?
  • Como você está organizado financeiramente? Qual o impacto da transição de carreira no seu planejamento financeiro?

Lembre-se de que imprevistos acontecem, por isso, é preciso ser flexível e, quando for necessário, reavaliar o plano de ação.

Se você estiver empregado, estabeleça um prazo para deixar o seu trabalho atual. Assim, essa mudança poderá ser feita de forma segura. Caso seja viável, tente conciliar as atividades atuais com algum tipo de capacitação para a carreira que está buscando.

Crie uma reserva de emergência nas Caixinhas do Nubank

Em um momento de transição de carreira, é recomendável ter uma reserva de emergência, para lidar com possíveis imprevistos da mudança e com os custos da preparação. O Nubank conta com opções que têm as características essenciais para guardar seu dinheiro com segurança e liquidez.

As Caixinhas do Nubank são uma ferramenta para separar dinheiro de maneira organizada e do seu jeito, com a possibilidade de personalizá-las de acordo com as suas metas. Nelas o valor não fica parado – já que todas as Caixinhas têm investimentos por trás. 

No aplicativo já existe uma Caixinha pré-sugerida de Reserva de Emergência. E o investimento dessa Caixinha é o RDB do Nubank, que tem todas as características exigidas para o seu colchão financeiro: 

  • Rendimento estável: a Caixinha da Reserva de Emergência rende 100% do CDI – uma taxa muito próxima à Selic, a taxa de juros oficial do país; 
  • Liquidez imediata: ou seja, o dinheiro cai na sua conta no momento em que você pede o resgate;
  • Proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC): o RDB é um dos investimentos protegidos pelo fundo. Ou seja, caso algo aconteça, você consegue reaver até R$ 250 mil por CPF e instituição financeira.

Ou seja, nessa Caixinha, você pode investir o dinheiro que precisará para bancar os custos da preparação da transição de carreira e também para cobrir a diferença do seu salário atual com o da transição por um tempo.

https://www.youtube.com/watch?v=wKoH7FEfeZE

7. Nos processos seletivos, seja transparente

Profissionais que fazem transição de carreira precisam explicar nos processos seletivos o motivo da mudança – e se o motivo é o desemprego cada vez maior na sua área, também vale, e até mostra interesse em evoluir e acompanhar as mudanças do mercado. Em alguns casos, se essa história não for bem contada ou se parecer uma meia verdade, a percepção sobre o candidato pode ser comprometida.Desde as primeiras conversas, é importante deixar clara a sua situação.

Uma dica é treinar como você descreve a sua mudança. Antes de ter qualquer reunião com o setor de recrutamento de uma empresa, converse com outras pessoas e analise a percepção delas. E pratique.

8. Conseguiu uma vaga? Mantenha a cabeça de aprendiz

Nunca ache que, porque já conseguiu uma vaga na área nova, a transição acabou. Pelo contrário. Tenha paciência e esteja sempre aberto para aprender e continuar desenvolvendo outras habilidades e reforçando seus pontos fortes.

Por fim, saiba que não existe um único trabalho ideal. Talvez a sua satisfação esteja na maneira como você relaciona seus talentos com seus interesses e prioridades, e não em um cargo específico.

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