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Golpes de entrevista de emprego: como não cair em ciladas que parecem oportunidades?

Como se não bastasse a dificuldade que é encontrar um emprego, candidatos ainda precisam ficar atentos aos golpes e entrevistas furadas. Saiba como se prevenir contra essas fraudes.

golpes entrevista de emprego: imagem de placa de saída de emergência com fundo laranja. Unsplash/ @moino007

Alguém entra em contato e te convida para uma entrevista de emprego. Você se arruma, gasta com transporte, se prepara e, quando chega lá, descobre que era uma cilada para tentar te vender um curso. Aquilo que parecia uma oportunidade, no fim das contas, era um golpe de entrevista de emprego.

Essas falsas oportunidades não são "apenas" uma perda de tempo: elas atingem as pessoas em um momento muito vulnerável, quando elas precisam de um trabalho e acreditam que gastar esse dinheiro no curso é a melhor forma de garantir o sustento futuro.

Qualquer um está sujeito a cair em uma armadilha dessas. Entenda a seguir como esses golpes funcionam para fugir deles.

Como identificar golpes de entrevista de emprego e outras ciladas?

Segundo Jéssica Sandin, uma das diretoras de RH do Nubank, identificar esses golpes não é fácil, mas perguntar ajuda muito. "Faça perguntas sobre a empresa, como o tamanho, planos do negócio, a área da oportunidade, por que ela é estratégica para a empresa naquele momento… Pergunte tudo o que pode te ajudar a entender sobre a vaga, ainda que ela seja confidencial", diz.

A forma como a pessoa do outro lado responder já pode dar uma pista se aquilo é uma oportunidade legítima ou não – um recrutador de verdade saberá dar respostas confiantes e completas. Se for furada, a pessoa pode titubear um pouco mais, ou dar respostas mais vagas.

Mas é claro que essa não é uma ciência exata: algumas dessas ciladas de entrevistas de emprego falsas são bem elaboradas. Por isso, Jéssica também aconselha a fazer uma boa pesquisa sobre a empresa.

"Busque no Google, no Reclame Aqui e veja a reputação da empresa que te sondou", orienta ela. "O mesmo vale para o LinkedIn. Ele não serve só para as pessoas te encontrarem, mas para você pesquisar também. Se o perfil da empresa ou da recrutadora não tem foto, não tem descrição, ninguém seguindo… Desconfie."

Segundo a diretora de RH, o Facebook também é uma ferramenta poderosa para saber sobre quem vai falar com você. "Muitas empresas vasculham o perfil das pessoas antes de uma entrevista. Por que o candidato não poderia fazer também?".

Todas essas estratégias, por mais que demandem um pouco de tempo, podem economizar energia, uma possível frustração e até a perda de dinheiro.

4 pistas de que a entrevista de emprego pode ser um golpe

1. O anúncio está em um site estranho

Se você se deparou com um anúncio de vaga, clicou e achou o site estranho ou mal construído, isso já é um sinal – não obrigatoriamente, já que nem todas as empresas têm uma boa presença digital, mas vale ficar com o olho aberto.

Muitas vezes, anúncios que levam para sites desconhecidos pegam as suas informações para depois oferecer produtos e serviços. Dê preferência para plataformas conhecidas, como LinkedIn ou sites grandes de busca de emprego (veja alguns aqui).

2. Vaga muito genérica

Se o anúncio não é muito descritivo e poderia servir para qualquer perfil de candidato, desconfie. Um anúncio verdadeiro de uma vaga costuma ter mais informações para filtrar um perfil de candidato desejado. Um anúncio muito aberto, provavelmente, é só uma isca para conseguir o maior número de cadastros (e dados) possível.

3. Promessa de vaga garantida

Qualquer empresa que se preze não promete vaga para candidato. Afinal, o propósito de um processo seletivo é, justamente, filtrar os candidatos e entender quais deles se encaixam no perfil da vaga.

Se a entrevista não for focada em um certo tipo de habilidade, for muito vendedora, te prometerem uma vaga e, ainda por cima, indicarem que será necessário fazer um curso, certamente é cilada.

Há muitas reclamações no Reclame Aqui, Procon e outros sites denunciando esse tipo de empresa. Muitos candidatos acreditam na promessa e além de ficarem sem emprego, ainda perdem dinheiro ou adquirem uma dívida.

4. Não tem nome no cargo

Auxiliar de loja, manicure, desenvolvedor web, recepcionista, gerente… Independentemente do tipo de emprego ou da complexidade, é muito raro um anúncio de vaga legítimo não ter um nome para o cargo. Se o anúncio que você viu não tem esse título, ou tem um nome muito vago, sinal amarelo. 

As vítimas desse tipo de golpe normalmente entram em contato pedindo mais detalhes e os golpistas respondem solicitando dados, como número de documentos para cadastro e até depósitos para os custos da seleção. Ou seja, às vezes sem nem perceber a pessoa já acaba sendo extorquida.

Nunca envie seus dados antes de passar em um processo seletivo – e jamais pague por esse processo. A empresa precisa se responsabilizar pelos custos de seleção sempre, não o candidato.

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