Desde o primeiro dia de janeiro de 2025, o salário mínimo no Brasil passou a ser de R$ 1.518, valor que é 7,5% maior do que o vigente entre janeiro e dezembro de 2024, quando era de R$ 1.412. O reajuste foi divulgado pelo Decreto 12.342 publicado pelo Diário Oficial da União.
Entenda, abaixo, mais detalhes do aumento do salário mínimo de 2025.
Como o salário mínimo 2025 é calculado?
Até o final de 2023, o salário mínimo era reajustado pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), um indicador de inflação criado para medir o impacto do aumento dos preços na vida de quem ganha até cinco salários mínimos, mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos atrás.
Em 2024, porém, houve uma alteração na fórmula que corrige o salário mínimo. O reajuste continua considerando o INPC dos últimos 12 meses, terminados em novembro, e o crescimento do PIB de dois anos atrás. Contudo, para que não ocorra um crescimento das despesas públicas, foi aplicado um teto de reajuste de 2,5% acima da inflação.
Esse teto vale para o reajuste do salário mínimo de 2025 até 2030. Na prática, durante esse período, o aumento do mínimo não pode ultrapassar a inflação mais 2,5%.
Para definir o salário mínimo 2025, portanto, foram considerados:
- INPC dos últimos 12 meses, até novembro de 2024: 4,84%;
- Crescimento do PIB de dois anos atrás (3,2%);
- Teto de 2,5% acima da inflação.
O resultado dessa fórmula garante um aumento um pouco menor do que 7,5%, mas houve um arredondamento. Por isso, agora, o salário mínimo de 2025 é de R$ 1.518 até 31 de dezembro de 2025.Independentemente de quanto você ganha, esse reajuste representa um aumento acima da inflação. Isso não significa, porém, que os seus gastos devem acompanhar esse reajuste.
No mundo do planejamento financeiro, a primeira recomendação é manter os gastos abaixo da sua renda. Para te ajudar a organizar o seu salário, o Nubank tem o Assistente de Pagamentos, um assistente virtual que organiza as suas contas e te lembra das datas de vencimento. Com ele, você consegue manter o seu orçamento dentro do seu salário de forma mais simples.
O que muda na sua vida com o salário mínimo 2025?
A alta anual do salário mínimo tem como principal função garantir o poder de compra da população. Ou seja, o reajuste precisa, pelo menos, cobrir a inflação.
O salário mínimo nacional é a base para a remuneração dos trabalhadores com carteira assinada do país – é um piso mínimo. Se ele sobe, o salário de quem tem registro em carteira também sobe obrigatoriamente.
Além disso, ele é a referência para os benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Então, se você é aposentado ou pensionista, vai receber o mesmo aumento que for aprovado.
Os servidores públicos têm seus salários atrelados ao salário mínimo nacional. Quem é servidor federal, ou seja, é concursado em instituições federais, recebe o aumento proporcional à alta do salário mínimo nacional.
Servidores estaduais e municipais também são afetados pelo reajuste do mínimo nacional, mas alguns estados têm os seus próprios pisos locais – é o caso de São Paulo, por exemplo. Ainda assim, esses salários mínimos locais não podem ficar abaixo do salário mínimo nacional, e o aumento do valor nacional influencia o aumento dos valores locais.
O que muda com o salário mínimo de 2025?
Além de ser o piso para a remuneração dos trabalhadores com carteira assinada do país, o salário mínimo também é referência para vários benefícios. Por isso, se ele aumenta, esses benefícios são reajustados também. Confira quais são eles.
Benefícios do INSS
Quem recebe o piso previdenciário (um salário mínimo) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) terá seus benefícios reajustados com o aumento do salário mínimo.
Esse piso previdenciário vale para pensão por morte, auxílio-doença e aposentadorias.
O novo valor começa a valer a partir de agora e, por isso, deve ser creditado na conta dos brasileiros que recebem benefícios da previdência a partir da próxima data de pagamentos, prevista para 27 de janeiro. Confira o calendário de pagamento.
O aumento equivalente a 7,5% não se aplica aos benefícios pagos pelo INSS acima de um salário mínimo. Para eles, é aplicado um reajuste que considera um teto previdenciário.
Contribuições previdenciárias
As contribuições ao INSS também serão maiores com o aumento do mínimo. No caso de MEIs (microempreendedores individuais), esse valor corresponde a 5% do salário mínimo e será, portanto, R$ 75,90 em 2025. Já a contribuição para o INSS do MEI transportador autônomo de cargas será de R$ 182,16 (12% do valor do salário mínimo).
Segurados que contribuem de forma autônoma ou facultativa sob alíquotas de 11% ou de 20% sobre o salário mínimo vão pagar R$ 166,98 e R$ 303,60, respectivamente. As mudanças serão refletidas nas guias de recolhimento do mês de fevereiro, referentes ao mês de janeiro.
Benefício de Prestação Continuada (BPC)
O BPC corresponde a um salário mínimo e, com o reajuste, passa a valer R$ 1.518. O reajuste será pago em fevereiro, correspondente a janeiro. Esse benefício é pago a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência de qualquer idade, mas que não conseguem se sustentar.
Para receber o benefício, é preciso comprovar o estado de extrema pobreza – ou seja, provar que recebe entre R$ 379,50 e R$ 759 por mês. Além disso, é necessário seguir outras regras aplicadas a partir de 2025.
Entenda como funciona o Benefício de Prestação Continuada
Abono Salarial PIS/Pasep
O benefício pago aos trabalhadores com carteira assinada que recebem até dois salários mínimos também será reajustado.
O valor do abono corresponde a um salário mínimo por ano e é pago proporcionalmente aos meses trabalhados. Ou seja, o benefício pode ficar entre R$ 126,50 e R$ 1.518.
Confira aqui se você tem direito ao benefício.
Seguro-desemprego
Se o valor do piso nacional é referência para quem tem carteira assinada, ele também é para o seguro-desemprego.
O valor da parcela do benefício é calculado com base nos últimos três salários do trabalhador, mas não pode ficar abaixo de um salário mínimo, ou seja, R$ 1.518.
Saiba aqui quem tem direito ao benefício.
Cadastro Único
O Cadastro Único é a porta de entrada para receber benefícios como o Bolsa Família e, com a alta do salário mínimo, mudam os parâmetros de renda de quem pode se inscrever.
Só podem se cadastrar no CadÚnico:
- Famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa (que agora é R$ 759);
- Aquelas famílias com renda mensal total de até três salários mínimos (R$ 4.554) ou;
- Que tenham uma renda acima de três salários mínimos, mas que com cadastro vinculado em programas sociais nas três esferas de governo (municipal, estadual e federal).
Saiba aqui quem tem direito ao benefício.
Além disso, pessoas em situação de rua também devem se cadastrar – independentemente da situação familiar.
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