Instalar antivírus realmente funciona?

Sim, instalar um antivírus nos seus dispositivos eletrônicos é muito importante, mas ele não é a única barreira necessária para te proteger contra malwares, ataques hackers e tentativas de golpe. Conheça outras formas de aumentar a proteção da sua vida digital.
Imagem de um notebook ao lado de uma calculadora roxa, de um cofre de porquinho rosa, e de um livro de capa roxa com um relógio digital sobre ele. Há também uma mão colocando uma moeda dentro do porquinho.

Se você se preocupa com a sua segurança digital, já deve ter se perguntado se instalar um antivírus é realmente importante. A ferramenta, como o nome diz, é um escudo que protege celulares, computadores e outros dispositivos de vírus, malwares e outras ameaças existentes na internet desde a década de 1980. Mas será que ela ainda é relevante ou realmente eficaz?

Resposta rápida: sim! Quem tem um antivírus instalado no celular ou computador, adiciona uma camada de proteção ao aparelho e está menos vulnerável a softwares maliciosos que podem expor suas informações pessoais e até dados bancários, como explica Rúbia Ferreira, engenheira de segurança do Nubank. 

"Mesmo as versões gratuitas [de antivírus] têm um potencial de proteção, já que a base de dados desse tipo de ferramenta é atualizada com frequência contra novas ameaças", diz.

Abaixo, conheça mais sobre o antivírus e outras formas de se proteger na internet.

Por que instalar antivírus?

Os antivírus são importantes por serem capazes de fazer uma varredura no aparelho para identificar possíveis ameaças. Mesmo as versões mais simples são capazes de identificar riscos em arquivos recebidos por apps de mensagens, por exemplo.

"Às vezes, você pode receber um documento infectado e, ao tentar abrir, o antivírus vai sinalizar que existe um risco ali. Ele pode te alertar e até remover a ameaça, fornecendo uma camada extra de segurança contra coisas que você não perceberia sozinho", diz Rúbia Ferreira, engenheira de segurança do Nubank. 

O ponto é que, mesmo com a eficácia comprovada, o uso desse tipo de ferramenta vem perdendo força. Uma pesquisa realizada em 2019 pela empresa de segurança ESET mapeou o comportamento de internautas e descobriu que, mesmo com o medo de sofrer um ataque hacker no celular, 60% dos donos de smartphones não têm um antivírus instalado no aparelho. 

Por que isso está acontecendo? "O que pesa contra o antivírus e acaba afastando muita gente é o espaço de armazenamento. Ele também é um aplicativo custoso em relação ao processamento e, em alguns casos, deixa o aparelho um pouco mais lento", explica Rúbia. 

Na disputa por espaço e processamento, tem quem prefira deixar a segurança de lado em troca do uso de outros apps e álbum de fotos na galeria. 

https://youtu.be/u9K6awiS1Cs?si=Yh7cTGIOLrPyAFZQ

Além disso, existem muitos aplicativos que até parecem antivírus ou antimalware, mas na verdade não são. O que acontece, na verdade, é que esses apps falsos são iscas para o usuário e, ao invés de proteger, eles podem rastrear ou até gerenciar os dados do usuário de forma insegura, por não seguirem práticas adequadas de engenharia e privacidade. Exemplo disso são apps que prometem a "limpeza" do aparelho. 

Por isso, é sempre importante fazer uma boa pesquisa e verificar a pontuação do antivírus nas lojas de apps antes de baixar qualquer coisa. 

Pagar por um antivírus vale a pena?

Agora que você já sabe que o antivírus funciona mesmo, pode surgir outra dúvida: vale a pena pagar por proteção extra? A resposta depende do seu nível de exposição na internet. Se você divide o seu computador ou celular com outras pessoas pode ser interessante investir em opções mais robustas. O mesmo vale para quem trabalha com informações sigilosas.

"Imagine que você emprestou seu celular para os seus filhos ou netos, por exemplo. Essa criança pode baixar apps maliciosos mesmo dentro das lojas oficiais dos dispositivos. Ainda que as empresas tenham camadas de segurança para identificar e remover apps falsos da listagem de aplicativos para baixar, pode acontecer de um fraudador injetar um código malicioso em um app aparentemente inofensivo e não identificado – e é aí que mora o risco", explica a engenheira.

Outra vantagem de opções pagas em relação às gratuitas é o nível de velocidade de atualização do banco de dados e o uso de inteligências artificiais para identificar comportamentos de risco. 

"Além de serem atualizadas com uma frequência muito maior, já que pessoas especialistas navegam diariamente nas profundezas da internet para identificar novos riscos, as ferramentas pagas contam com IA [inteligência artificial] para prever atitudes fora do padrão de comportamento do usuário. Desse modo, o antivírus pode tomar iniciativas proativas para te defender caso ele identifique uma situação anormal", completa.

Caso você decida pelo investimento, vá fundo na pesquisa: leia bastante, converse com outras pessoas, procure por um antivírus reconhecido no mercado e que tenha boas avaliações. Além disso, vale considerar o seu perfil de usuário e nível de exposição a riscos para fazer a escolha que mais combina com você. 

E lembre-se: mesmo um antivírus gratuito é melhor do que nenhum. 

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Sabe aquele ditado "andorinha sozinha não faz verão"? Ele também se aplica ao uso do antivírus como ferramenta de proteção. É que o software, por si só, não dá conta de barrar todos os riscos que existem na internet. Aliás, nenhuma ferramenta é capaz disso – e se você encontrar algo que promete tal coisa, provavelmente é um golpe.

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Por isso, o ideal é combinar essa proteção com outras ferramentas e ações práticas que podem aumentar o seu nível de proteção. Conheça algumas a seguir. 

https://www.youtube.com/watch?v=LP0eVAHq8n8

Cuide bem do seu e-mail

Seu e-mail é a coisa mais importante da sua vida virtual. É com ele que você tem acesso às redes sociais, recuperação de senhas, contas bancárias, acesso a serviços de armazenamento em nuvem, streamings e mais uma série de outras coisas. Ele é como um CPF na internet, então que tal cuidar bem dele?

Além de criar uma senha forte, com letras, símbolos e números, o ideal é que você tenha, pelo menos, dois e-mails: um de uso geral e outro exclusivamente para a recuperação das suas senhas e que, de preferência, não fique registrado no seu celular. 

Sabe quando você esquece sua senha e usa o e-mail para recuperá-la? Um criminoso pode fazer a mesma coisa para controlar seus dados, caso esse e-mail de recuperação esteja conectado ao aparelho roubado.

Use o armazenamento em nuvem

Lembra que o antivírus pode ocupar a memória do seu aparelho? Um jeito de driblar a falta de espaço e ainda manter seus documentos e fotos mais seguros é usando uma ferramenta de armazenamento em nuvem, principalmente se você lida com dados sigilosos. 

Além de servir de backup, a nuvem pode ser desconectada do aparelho com muita facilidade caso algo aconteça com ele. Desse modo, mesmo que o celular ou computador caia em mãos erradas, suas informações não ficam armazenadas no dispositivo e seus arquivos não se tornam reféns de qualquer situação.

Desconecte o celular remotamente

Você também pode desconectar seu aparelho remotamente. Quase todo aparelho tem um sistema de rastreamento chamado "Encontre meu dispositivo", que é uma espécie de GPS capaz de localizar e bloquear o aparelho à distância. Com essa configuração, você adiciona mais uma camada de segurança pros seus dados. Pra fazer isso, basta acessar o endereço google.com/android/find, se o sistema é Android, ou icloud.com/find, se for iOS.

Não clique em links ou baixe apps desconhecidos

Antes de baixar um app no seu celular, verifique as informações do desenvolvedor e não faça downloads que você não conhece. Redobre também a atenção com links que chegam pelo seu WhatsApp ou redes sociais. Muitos deles podem ser iscas de phishing, que é quando criminosos usam links falsos para levar as vítimas a um ambiente controlado por eles.

Como saber se um site é seguro?

"Evitar comportamentos de risco é tão importante quanto investir em um software. Às vezes, clicar em links maliciosos e baixar apps desconhecidos pode te expor mais do que você imagina", afirma Rúbia.

https://youtu.be/FD34mWgv6NU?si=oM76Wm4HhSUJRc8H

Use apps de proteção de pastas

Com um aplicativo ou ferramenta de proteção de pastas, você organiza tudo que é mais importante em um lugar só e trava esse ambiente com uma senha que só você sabe. 

Por exemplo: você pode abrir uma pasta protegida no seu celular para aplicativos de banco, e-mail e redes sociais. Existem alguns dispositivos que já vêm com essa ferramenta instalada de fábrica – é só procurar por ela nas configurações de segurança do seu celular e ativar.

Ative a autenticação de dois fatores

Autenticação de dois fatores ou verificação em duas etapas é o nome dado a segunda senha que alguns aplicativos e serviços possuem. 

Isso significa que, além de uma senha, você pode bloquear o seu celular, e-mail e apps específicos com mais uma camada de segurança, que pode ser biométrica ou com um PIN (código) que você recebe por e-mail ou até mesmo um aplicativo. O importante é que essa segunda camada seja validada exclusivamente por você. 

E, caso alguém te peça pela sua segunda senha, não compartilhe. Muitos golpes, como o da falsa central de atendimento, acontecem justamente porque criminosos conseguem enganar as vítimas e as fazem entregar essa segunda autenticação sem perceber o risco. 

Cautela nunca é demais

Para encerrar, a engenheira Rúbia Ferreira propõe uma analogia: pense no seu celular como sendo a sua carteira. É lá que você concentra tudo. Seus documentos, seu dinheiro, as fotos de quem você ama e tudo que é importante para você. É por tudo isso que o cuidado nunca é demais. 

Nada é totalmente seguro, mas com todas essas camadas de segurança você dificulta a vida dos fraudadores e não se torna um alvo fácil.

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