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Meu nome está no SCR. O que isso significa?

Administrado pelo Banco Central, o Sistema de Informação de Crédito funciona como um currículo das suas informações de crédito. Veja as respostas para as dúvidas mais comuns.

Meu nome está no SCR. O que isso significa?

Se você tem um cartão de crédito e já parcelou alguma compra, é provável que as informações sobre os seus pagamentos estejam no SCR. Mas calma, não precisa se preocupar. Isso não significa que você tenha alguma pendência em seu nome.

SCR significa Sistema de Informações de Crédito, e, como o próprio nome sugere, trata-se de um sistema que contém informações sobre operações de crédito (como empréstimos e financiamentos), além de limites de crédito concedidos aos clientes pelas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central.

Na prática, esse sistema funciona como um currículo atualizado mensalmente pelas instituições com as suas informações de crédito acima de R$ 200, e inclui tanto operações a vencer quanto operações já vencidas (dívidas em atraso). No caso dos cartões de crédito, por exemplo, é como se todo mês o usuário fizesse dívidas que são quitadas ao pagar a fatura, gerando uma operação de crédito.

Abaixo, veja as respostas para as principais dúvidas relacionadas ao SCR.

1. Como funciona o SCR?

Todos os meses, as instituições fornecedoras de crédito precisam enviar para o SCR as informações contábeis atualizadas sobre as operações de crédito de seus clientes. Essas informações vão desde faturas a vencer, compras parceladas, empréstimos ou financiamentos até valores que estejam em atraso. 

Não há como excluir ou alterar algum dado antigo, mas é possível atualizar as informações conforme novos pagamentos forem feitos.

Além de servir como um registro para que o Banco Central acompanhe as operações de crédito no sistema financeiro, o SCR também pode ser utilizado para que outras instituições consultem as informações de crédito de uma pessoa e analisem o risco de conceder crédito a ela. 

2. O SCR é uma lista de restrição?

Algumas pessoas confundem o SCR com os órgãos de proteção ao crédito, mas, ao contrário do que muitos pensam, o SCR não é uma lista de restrição, ou seja, ter um cadastro com os seus dados lá não significa que você terá dificuldade em conseguir crédito.

Isso acontece porque as informações que constam neste sistema podem ser positivas ou negativas, afinal elas refletem o seu comportamento e pontualidade para pagamentos relacionados a produtos de crédito. 

Aliás, o SCR pode até mesmo ser uma forma de aumentar as suas chances de conseguir crédito e outros produtos em instituições com as quais você ainda não tem um relacionamento, já que os registros possibilitam que as empresas conheçam melhor o seu histórico.

3. Dá para tirar o nome do SCR?

Resposta curta: não. Diferentemente do Serasa, SPC e Boa Vista, o SCR não é um órgão de proteção ao crédito em que os CPFs das pessoas inadimplentes são apontados. Aqui, as informações simplesmente são anotadas e reunidas. 

Em outras palavras, ter o nome no SCR significa que algumas das suas operações de crédito estão armazenadas em um banco de dados, e não que o seu nome esteja negativado. 

Se você já teve uma dívida atrasada com alguma instituição e já quitou todo o valor, ele ainda vai aparecer lá, mas a informação de que o valor foi devidamente pago também será incluída. Da mesma maneira, se você nunca teve dívidas, isso também consta nos registros. 

4. Como consultar o SCR?

Para consultar o SCR, basta acessar o Registrato (Extrato do Registro de Informações), sistema que fornece aos cidadãos informações disponíveis em cadastros administrados pelo Banco Central.

O Registrato pode ser acessado diretamente por este link. Também é possível consultar essas informações em contato com as Centrais de Atendimento ao Público do Banco Central, pessoalmente ou via correspondência, no entanto essas opções estão temporariamente suspensas devido à Covid-19.

Os dados do SCR podem ser consultados por você, pelo Banco Central e por outras instituições financeiras – desde que com o seu consentimento. Por isso, é fundamental ler atentamente os termos e condições apresentados antes de contratar algum produto ou serviço.

Outro ponto importante é que o sistema disponibiliza o acesso às informações dos últimos 2 anos.

5. Quanto tempo leva para as informações do SCR serem atualizadas?

As instituições encaminham as informações dos clientes para o Banco Central até o 9º dia útil de cada mês. Essas informações se referem à posição das operações no último dia do mês anterior e são processadas entre 2 a 3 dias úteis após o envio delas.

Devido ao tempo entre o envio das informações e o processamento delas, é comum que os dados do relatório do SCR tenham uma defasagem mínima de 20 dias em relação à última informação enviada. Portanto, caso você tenha feito algum pagamento que ainda não apareceu no registro, é só aguardar até o mês seguinte para verificar as informações mais recentes.

Por outro lado, se você perceber que há algum erro nas suas informações, o melhor a se fazer é entrar em contato com a sua instituição financeira ou de pagamentos por meio dos canais de atendimento. Por esses canais, a instituição poderá explicar a divergência das informações ou mesmo alterá-las, se necessário.

6. Não concordo com as informações do SCR. O que fazer?

Quando um cliente discorda de alguma operação reportada em seu nome no SCR, é possível registrar uma Manifestação de Discordância. O Banco Central disponibiliza 5 tipos de manifestações, que se aplicam quando o cliente não concorda com:

  • A existência de operação;
  • O valor de operação;
  • O prazo da operação;
  • A taxa de juros e outros custos da operação; ou
  • O estado inadimplente da operação.

Vale dizer que a manifestação de discordância tem como objetivo registrar um desacordo do cliente em relação à informação divulgada no SCR, mas não tem o efeito de ocultar as informações do Registrato. 

Dessa forma, a operação continuará sendo vista nas próximas consultas, mas, junto dela, será exibida uma informação comunicando a existência da sua manifestação de discordância.

Para registrar uma manifestação, é preciso entrar em contato com o seu banco ou instituição financeira e pedir que a empresa faça esse registro no Sistema de Informações de Crédito do Banco Central.

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