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Você sente culpa de gastar?

Quem se sente culpado por consumir não só não consegue aproveitar as coisas como também desenvolve uma relação pouco saudável com o dinheiro.
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"Não sobra dinheiro? Pare de inventar desculpas. O único culpado é você".

Talvez você já tenha se deparado com essa frase – ou alguma variação dela – por aí.

Sim, todo mundo precisa assumir suas responsabilidades e reconhecer onde erra e acerta no controle sobre seu dinheiro. Mas será que se sentir culpado é realmente justo?

Não se educa através de culpa

Culpa de gastar: homem passa por um detector de metais com um X roxo ao lado.

Vários estudos ligam esse sentimento à procrastinação, depressão e até ao sentimento de um peso literal sobre suas costas. Fazer uma pessoa se sentir envergonhada – por ter dívidas, por ganhar pouco, por gastar muito – não vai melhorar seus hábitos, e sim, fazer com que ela os pratique escondida.

Com mais de 65% de endividados no país, não falar sobre dinheiro (um assunto muitas vezes considerado tabu) significa empurrar nossos problemas para baixo do tapete e esperar que eles sumam.

Depoimento da NuCommunity
FelipeMoraes na NuCommunity: o lazer que vira culpa

"Se você não comprasse aquele cafezinho todo dia, talvez desse para investir o dinheiro e enriquecer"

Em primeiro lugar, haja cafezinho.

Em segundo lugar, esse tipo de argumento bota sobre o indivíduo toda a responsabilidade de problemas sociais e econômicos estruturais em nossa sociedade que tornam muito difícil guardar dinheiro – a gente fala mais sobre isso aqui.

Em terceiro lugar, atingir a independência financeira não é algo que possa ser reduzido a algo tão reducionista quanto "pare de gastar". Além de ser uma visão simplificada da realidade, traz consigo um julgamento de valor sobre o ato de consumir coisas não essenciais – o seu café, o seu corte de cabelo, a sua cerveja no bar depois de um dia difícil no trabalho… Tudo vira frívolo.

Como, então, gastar na medida certa?

Culpa de gastar: cifrão roxo preso a um molho de chaves.

É claro que não existe fórmula mágica. Mas a palavra de ordem deve ser equilíbrio.

Gastar com algo que a gente gosta deveria trazer felicidade, não culpa. Mas isso não significa passar a consumir desenfreadamente.

Ter um planejamento financeiro vai ajudar a chegar nesse meio do caminho mais saudável. A gente separou algumas dicas para isso.

1. Tenha um orçamento bem estruturado

É difícil não ficar ansioso com os R$ 100 que você gastou em um restaurante quando você não sabe se eles vão fazer falta na conta de luz. Ter um controle orçamentário, detalhando todas as contas e despesas esperadas no mês, faz com que você visualize qual é o dinheiro essencial para cobrir os custos essenciais.

A gente sugere as categorias de despesas aqui

2. Estabeleça metas para poupar

Você se sente mal por ter "desperdiçado" uma quantia que poderia ter sido guardada ou investida? Então faça isso antes de gastar. Se você quer separar R$ 100, R$ 200, R$ 500 por mês, faça isso assim que o seu salário cair. A partir desse ponto, pare de se sentir mal por consumir – seu objetivo mensal já foi atingido, permita-se curtir o que sobrou.

3. Olhe para o lazer como uma prioridade

Fazer coisas por você mesmo apenas porque você quer não é um ato egoísta, ou irresponsável. Inclusive, deve ser considerado como parte fundamental do orçamento. Tanto é que a maioria dos métodos de organização financeira (como a regra 50-15-35, por exemplo) estipulam uma porcentagem fixa da renda que deve ser destinada ao lazer.

Nesse sentido, cuidar da vida financeira não é tão diferente de fazer uma dieta saudável: qualquer regime restritivo, que corta grupos alimentares, funciona por pouco tempo. O que resolve é a reeducação alimentar equilibrada.

4. Pense no que te traz mais felicidade

Se, após considerar os passos anteriores, você decidir que ainda não se sente à vontade, entenda quais são as prioridades. Se você frequentemente gasta com algo que não é tão prazeroso assim, economize aí.

Mas, da mesma forma, descubra o que te faz mais feliz: é comer em restaurantes bacanas? Comprar jogos? Viajar? Pratique nesse hábito o sentimento de comprar sem culpa. Essa é uma coisa que te faz bem e você tem o direito de  priorizá-la na sua vida.

5. Dívidas sempre em primeiro lugar

De novo: o orçamento deve refletir todos os seus gastos – incluindo débitos em aberto. Uma dívida não paga pode virar uma bola de neve rapidamente, portanto, sempre priorize os acordos. Se isso significar fazer cortes no seu estilo de vida, entenda que isso é temporário e te ajudará a ter uma vida mais saudável no futuro.

Veja aqui dicas para quitar suas dívidas

Resumindo

Olhar para suas finanças de maneira estruturada, com planos e metas, permite mudar a relação de culpa que você tem ao gastar. Saber que existe um dinheiro separado apenas para você cuidar de si mesmo pode, inclusive, aumentar a felicidade de planejar essa despesa.

LuckPass, na NuCommunity: equilíbrio para guardar e eleger as experiências que mais gosta

Comprar coisas (e experiências) que te fazem bem aumenta o valor da sua vida. Tomar a decisão consciente de comprá-las faz com que este seja um gasto planejado, não um descontrole financeiro.

Em vez de pensar "eu deveria fazer algo mais responsável com esse dinheiro", exercite o sentimento de "eu paguei minhas contas e separei a quantia do mês. É hora de me divertir". Se você não está se endividando ou negligenciando seu futuro, cuidar de si mesmo é a melhor atitude para o seu presente.

Quer saber o que mais gente tem a dizer sobre esse tema? Fizemos um post na NuCommunity, a comunidade do Nubank. Veja aqui e conte aqui nos comentários a sua experiência.

Este conteúdo faz parte da missão do Nubank de devolver às pessoas o controle sobre a sua vida financeira. Ainda não conhece o Nubank? Saiba mais sobre nossos produtos e a nossa história aqui.

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