De tempos em tempos, pode acontecer de o termo circuit breaker bombardear o noticiário e surpreender muitas pessoas – e não à toa: normalmente, ele só entra em cena quando o mercado financeiro passa por momentos de muita incerteza e bruscas variações, especialmente quando se trata de bolsas de valores e ações.
Mas o que é o circuit breaker, afinal? Como funciona? Quando ele é usado? Essas e outras questões são respondidas abaixo.
O que é circuit breaker e como funciona?
O circuit breaker, em palavras técnicas, é um mecanismo utilizado pelas bolsas de valores ao redor do mundo, inclusive a brasileira, para interromper as negociações de ações e outros ativos durante o período de pregão – isto é, durante o tempo em que está aberta.
Isso significa que durante o período de circuit breaker, nenhum ativo pode ser negociado na bolsa de valores.
Ele foi criado para momentos em que a bolsa apresenta variações muito bruscas e atípicas para o mercado e é acionado para proteger o mercado e os investidores da volatilidade, que pode resultar em também enormes perdas financeiras.
E como ele ajuda o mercado?
Durante o tempo que as negociações são interrompidas, a expectativa é de que as ordens de compra e venda de ativos voltem ao seu normal. Mas também é possível que isso não aconteça e a bolsa entre novamente em circuit breaker, como você vê abaixo.
Em que casos o circuit breaker é usado?
Segundo a B3, bolsa de valores brasileira, ele acontece em três estágios, baseados na oscilação que a bolsa apresentar:
- Estágio 1: quando o Índice Bovespa apresenta desvalorização – ou seja, cai – 10% em relação ao fechamento do dia anterior, o circuit breaker será de 30 minutos;
- Estágio 2: depois do estágio 1, as negociações são reabertas; entretanto, se depois disso o Índice Bovespa apresentar desvalorização de 15% em relação ao fechamento do dia anterior, as negociações são interrompidas por 1 hora.
- Estágio 3: se, reabertas as negociações após 1 hora de suspensão, a bolsa apresentar queda de 20%, também em relação ao fechamento anterior, as negociações podem ser interrompidas por tempo indeterminado, a ser definido pela B3.
É importante ressaltar que o circuit breaker não pode ser acionado nos trinta minutos finais do pregão – a última meia hora que ele fica aberto. Caso o circuit breaker seja acionado na última hora cheia de negociação, o encerramento da bolsa pode ser prorrogado por até 30 minutos.
Vale dizer também que esse não é um fenômeno comum: somente nos casos mais atípicos da bolsa de valores é que ele é acionado.
No Brasil, o circuit breaker foi acionado mais de três vezes na semana do dia 9 de março de 2020, pela primeira vez desde 2017 – o Índice Bovespa abriu com queda de 10%, afetado pelos efeitos do coronavírus ao redor do mundo e pelos embates sobre o preço do petróleo no mundo.
Após a Bolsa ensaiar uma recuperação no dia 10, uma nova queda levou a mais um circuit breaker no dia 11 de março.
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