O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central subiu a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 11,75% para 12,75% ao ano. A decisão foi divulgada no dia 4 de maio de 2022. Essa é a décima vez consecutiva que a taxa Selic sobe.
A maioria dos analistas do mercado financeiro já esperava esse aumento. A escalada da inflação, puxada pelo aumento nos preços dos combustíveis, transportes, energia, vestuário, entre outros, foi o principal motivo para o reajuste.
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A subida da taxa de juros tem a intenção de tornar mais caro o crédito e, assim, reduzir o consumo para frear a inflação. A expectativa é que a Selic continue a subir ao longo de 2022, podendo chegar a 13,25% até o final do ano.
Por que a taxa Selic sobe?
A pressão inflacionária e a alta do dólar são os principais motivos para o Banco Central subir a taxa básica de juros. Em 2021, a Selic passou por sete reajustes, passando de 2%, em março, para 9,25% em dezembro e 10,75% em janeiro de 2022.
O Banco Central usa a taxa Selic para controlar a inflação. Assim, quando a Selic sobe, os juros cobrados nos financiamentos, empréstimos e cartões de crédito ficam mais altos. Isso desestimula o consumo e, em teoria, favorece a queda da inflação.
Da mesma forma, a alta da taxa Selic também impacta o câmbio. Em outras palavras, ela interfere no valor do real frente às moedas estrangeiras. No longo prazo, a tendência é de que o aumento dos juros favoreça a valorização do real perante o dólar.
Mas está funcionando?
Mas o problema é que os reajustes feitos até agora na taxa de juros não estão sendo suficientes para controlar a inflação. Em 2021, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, fechou em alta de 10,06%. Foi a maior inflação anual acumulada desde 2015 (10,67%).
Já a inflação acumulada no mês de abril de 2022 ficou em 1,06%, o maior resultado para o mês desde 1996. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Outro efeito colateral da alta da Selic é a desaceleração da economia.
Quando a taxa Selic sobe, empréstimos, parcelamentos ou financiamentos ficam mais caros. As empresas também têm mais dificuldades na hora de tomar crédito, o que também pode contribuir, por exemplo, com o desemprego. Quando isso acontece, temos o cenário chamado de estagflação, que é estagnação econômica com inflação.
O Copom está atento à desaceleração da economia, e por isso já existe no mercado a expectativa que os próximos aumentos da taxa Selic sejam mais brandos.
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