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Polkadot (DOT): o que é e como funciona a criptomoeda da plataforma criada para conectar blockchains 

Na Polkadot, outros blockchains independentes podem compartilhar informações e recursos, facilitando a criação de novas criptomoedas e smart contracts, por exemplo.
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No mundo das criptomoedas, sempre existiram muitos problemas para serem resolvidos pelos desenvolvedores. Uma das maiores questões era a incapacidade que as blockchains, como Bitcoin, Ethereum e outras, tinham de se conectarem entre si. A Polkadot (DOT) foi criada para resolver esse ponto.

Entenda, a seguir, o que é a rede blockchain Polkadot, como ela funciona e quais as suas principais características.

O que é a Polkadot?

A Polkadot é uma rede blockchain criada para conectar outros blockchains independentes em uma rede capaz de compartilhar informações e recursos. Ou seja, ao fazer essa conexão, aplicativos e mecanismos descentralizados, chamados de DApps, podem ser executados na rede Polkadot, permitindo, por exemplo, que novas criptomoedas e smart contracts sejam criados.

A rede Polkadot também pode realizar transações financeiras, assim como qualquer blockchain.

A Polkadot tem a sua própria criptomoeda, a DOT, usada para diversas operações dentro da blockchain. Leia sobre ela mais abaixo.

Relembre o que é blockchain

Blockchain é a tecnologia por trás das criptomoedas. Basicamente, esse é um sistema que permite o envio e o recebimento de alguns tipos de informações pela internet. São pedaços de código gerados online que carregam informações conectadas, como blocos de dados que formam uma corrente – daí o nome (block = bloco, chain = corrente).

A blockchain funciona com sistemas avançados de criptografia que protegem as transações, suas informações e os dados de quem transaciona.

Quer saber mais sobre criptomoedas? Assista ao vídeo abaixo.

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Como surgiu a Polkadot?

A Polkadot foi criada em 2016 por Gavin Wood, um dos cofundadores da blockchain Ethereum, junto com Peter Czaban e Robert Habermeier. 

Depois de perceber que as blockchains existentes tinham muitas limitações de interoperabilidade, ou seja, não podiam se conectar umas com as outras, Wood decidiu criar a Web3 Foundation para desenvolver a Polkadot. A fundação, localizada na Suíça, reuniu uma equipe de especialistas em blockchain para concretizar o projeto.

Em 2017, a Polkadot realizou uma oferta inicial de criptomoedas (ICO, na sigla em inglês). Uma ICO é como se fosse uma pré-venda de uma cripto. Em geral, quando isso acontece, é porque a criptomoeda é uma fonte de financiamento de algum projeto ou empresa. 

A oferta inicial da Polkadot arrecadou cerca de US$ 145 milhões, e o dinheiro foi usado para acelerar o desenvolvimento do projeto. Em 2020, a primeira versão da blockchain foi lançada e, desde então, a rede vem se expandindo. 

Como a Polkadot funciona?

A Polkadot funciona como uma grande rede interconectada em que blockchains independentes conseguem se comunicar e compartilhar informações. Para que essa estrutura funcione, são necessários alguns componentes principais: a Relay Chain, as parachains e as bridges. Entenda o que são cada uma delas.

O que é Relay Chain?

Relay Chain é o sistema central da Polkadot, responsável pela segurança e a interoperabilidade da rede. Na prática, é o blockchain principal que conecta todas as outras blockchains (chamadas de parachains) e facilita a comunicação entre elas. A Relay Chain também coordena as funções de validação e consenso, garantindo que todas as transações sejam verificadas e registradas corretamente.

O que são parachains?

As parachains são blockchains individuais construídas na Relay Chain. Elas podem ser desenvolvidas por qualquer usuário e ter seu próprio design, funcionalidade e regras, mas todas estão conectadas e comunicam-se pela Relay Chain. Essa arquitetura permite que diferentes blockchains coexistam e troquem informações de forma eficiente e segura, aumentando a escalabilidade da rede.

O que são bridges?

As bridges (palavra em inglês que significa pontes) são conexões especiais que permitem que a Polkadot interaja com outras blockchains externas, como Bitcoin e Ethereum. Isso amplia a capacidade de interoperabilidade da Polkadot, permitindo que ela troque informações com outras redes blockchain que não foram inicialmente projetadas para serem compatíveis.

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O que é a DOT, a criptomoeda da rede Polkadot?

A DOT é a criptomoeda da rede blockchain Polkadot. De acordo com o site oficial do projeto, ela é usada para três funções principais: governança, operação de rede e criação de parachains. Entenda melhor o que cada item significa.

  1. Governança: os usuários que possuem DOT têm controle total sobre a plataforma, incluindo a definição de taxas operacionais da rede, financiamento de projetos e eventos excepcionais, como atualizações;
  2. Operação da rede: em uma blockchain, as transações e desenvolvimento de soluções que acontecem por lá precisam da validação dos próprios usuários. E eles são remunerados por isso. No caso da Polkadot, a DOT é usada como pagamento de quem faz a validação e também para quitar taxas dentro da rede.
  3. Criação de parachains: para criar novas parachains é necessário vincular DOT. Ou seja, os usuários precisam deixar os seus DOT bloqueados e eles só são liberados quando a parachain é removida.

Como funciona o sistema de validação das transações na rede Polkadot?

A Polkadot tem um processo próprio de validação e proteção das informações e transações que são feitas na rede, projetado para maximizar a segurança dentro da blockchain. Trata-se de uma variação de um mecanismo chamado "Proof of Stake" (PoS, ou prova de participação. Na Polkadot, ele se chama “Nod Proof of Stake” (NPoS).

No Proof of Stake, qualquer pessoa ou empresa dentro da rede pode se tornar um validador e ser remunerado por isso. Mas a escolha é feita com base na quantidade de criptomoedas que essa pessoa ou empresa tem em staking, ou seja, bloqueadas na rede como garantia.

Já no Nod Proof of Stake, esse processo de validação envolve mais participantes: os nominadores e validadores. Os nominadores não validam diretamente uma transação na rede, mas escolhem ou indicam validadores em quem confiam, delegando seus DOTs a eles.

Como os validadores são indicados por nominadores, há um incentivo para que eles ajam de forma honesta e eficaz. Em caso de algum comportamento considerado inadequado, tanto validadores quanto nominadores podem perder parte dos DOTs que ficaram bloqueados. 

Por outro lado, ​​depois de validada a transação e se tudo estiver correto, as criptomoedas são liberadas e tanto validador quanto nominador recebem pedacinhos de DOT como pagamento, como se fossem alguns centavos. Tudo isso acontece em segundos. 

Quais as vantagens da Polkadot?

A Polkadot é considerada uma rede blockchain flexível e segura para diferentes tipos de aplicações, desde finanças descentralizadas (DeFi) até jogos, supply chain (para gerenciamento de cadeias de suprimentos), identidade digital, entre outros. Confira as principais vantagens da plataforma.

  • Conexão entre blockchains: a Polkadot permite que blockchains independentes troquem informações e ativos, possibilitando transações entre diferentes redes sem intermediários. Essa interoperabilidade permite a criação de aplicações descentralizadas que combinam funcionalidades de várias redes, ampliando as possibilidades para os usuários;
  • Escalabilidade: na Polkadot, as várias parachains processam as transações simultaneamente, em vez de sobrecarregar uma única cadeia. Isso permite um número muito maior de transações e dados processados por segundo;
  • Governança descentralizada: no modelo de governança da Polkadot, os detentores da criptomoeda da rede, a DOT, têm o poder de propor mudanças, votar em atualizações e influenciar diretamente as decisões;
  • Customização com parachains: cada parachain pode ser personalizada para atender a um caso de uso específico, como pagamentos, contratos inteligentes, privacidade de dados, entre outros, sem comprometer a segurança geral da rede;
  • Segurança compartilhada: a Polkadot oferece segurança a todas as parachains conectadas por meio de sua cadeia de retransmissão. Assim, cada nova blockchain não precisa garantir sua própria segurança do zero, pois ela herda a segurança da rede Polkadot.

Como comprar a Polkadot (DOT)?

É possível comprar DOT de algumas maneiras, como em exchanges, as corretoras de criptoativos especializadas na venda de moedas digitais.

Também é possível comprar a DOT pelo Nubank Cripto, solução do aplicativo Nubank. 

No Nubank Cripto, é possível comprar, vender e transferir criptoativos direto pelo app, de forma simples e sem precisar acessar redes blockchain ou abrir conta em plataformas específicas. E você pode começar com a partir de R$ 1 (um real).

Assim, você vai conhecendo a dinâmica do mercado aos poucos, sem colocar em risco grandes quantias. Pelo app, você pode montar uma carteira de ativos digitais. O portfólio de criptos é escolhido cuidadosamente pelos especialistas do Nubank e as taxas são reduzidas de acordo com a quantidade e frequência das suas compras. 

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A Polkadot (DOT) é segura?

O maior desafio da Polkadot é continuar garantindo a conexão com outras blockchains com o mesmo nível de segurança que existe hoje. Mas é importante dizer que, por suas características e objetivos, a rede tem se consolidado como um projeto confiável. A DOT inclusive está entre as 20 maiores criptomoedas do mundo, com um valor de mercado na casa dos US$ 6 bilhões, segundo o CoinMarketCap.

E como criptomoedas são investimentos de renda variável e, assim como as ações, são consideradas de alto risco, indicadas para investidores com perfil mais agressivo. Por isso, é preciso muito cuidado na hora de escolher um desses ativos para aplicar o seu dinheiro.

O primeiro ponto a se levar em consideração é a volatilidade – ou seja, a oscilação de preços, que é constante nesse mercado. Por isso, não é raro que as criptomoedas passem por grandes desvalorizações para voltarem a subir em seguida. Assim, da mesma forma que os ganhos podem ser grandes, a possibilidade de perder o valor investido também é significativa. 

Na hora de comprar criptomoedas, é importante não se apegar apenas ao histórico de valorização. Retornos passados não garantem rentabilidade futura. Portanto, comece aos poucos, com pequenas quantias, e não esqueça de construir antes a sua reserva de emergência, que é aquele valor que poderá ser usado para imprevistos.

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