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O que é IPI? Conheça as principais características desse imposto

Entenda o que é o imposto sobre produtos industrializados, quais as regras desse tributo, quem é obrigado a pagar e quem está isento.

O que é IPI: imagem de um sapato preto com uma etiqueta roxa

IPI é um imposto cobrado sobre produtos industrializados. Quer um exemplo? Olhe ao redor e conte todos os itens à vista. Por aqui, tem celular, computador, mesa, cadeira, garrafinha de água, caneta….

Na verdade, são tantos itens industrializados ao nosso redor que fica mais fácil dizer o que não é. Apesar disso, pouca gente sabe o que é IPI e o que isso tem a ver com muito do que a gente consome.

Abaixo, entenda o que é o imposto sobre produtos industrializados, quais as regras desse tributo, quem é obrigado a pagar e quem está isento. 

O que é IPI?

IPI é a sigla para Imposto sobre Produtos Industrializados, que incide sobre itens nacionais e importados que passaram por algum processo de industrialização. É um tributo de competência federal (somente a União pode cobrá-lo) e tem caráter extrafiscal.

Mas o que isso significa?

Um tributo com caráter extrafiscal tem como objetivo estimular – ou desestimular – certos comportamentos sociais ou econômicos, como diminuir ou aumentar o consumo de determinado produto.

Por causa disso, a presidência da República pode alterar a alíquota do IPI a partir de um decreto – como já aconteceu com carros importados e cigarros, por exemplo. 

Além disso, o imposto sobre produtos industrializados também tem como função arrecadar fundos para o tesouro nacional.

O IPI incide sobre quais mercadorias?

Toda vez que uma mercadoria nacional sai de uma fábrica, o IPI é cobrado. No caso dos produtos de procedência estrangeira, o imposto incide quando o item passa pela alfândega brasileira.

Também é importante dizer que praticamente todos os produtos industrializados estão sujeitos a serem taxados – independentemente da modalidade.

Quais são as modalidades de industrialização mesmo?

  • Transformação: transforma uma matéria-prima em outro produto completamente diferente, como cana-de-açúcar em álcool e tecido em roupas;
  • Beneficiamento: modifica, aperfeiçoa ou, de alguma forma, altera o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência de um produto, como tirar o arroz da lavoura e beneficiá-lo para o consumo;
  • Montagem: reúne produtos, peças ou partes diferentes para montar um novo produto, como um carro ou uma moto;
  • Acondicionamento ou Reacondicionamento: altera a apresentação de uma mercadoria ao colocar uma embalagem, mesmo que seja para substituir a original (exceto quando sua única finalidade é de transporte), como embalar leite ou outros alimentos;
  • Renovação ou Recondicionamento: renova ou restaura um produto usado (ou parte dele que está deteriorada ou inutilizada) para que ele volte à utilização, como restauração de pneus.

E o que não é considerado industrialização?

  • O preparo de alimentos, não armazenados em embalagem de apresentação do produto, na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias, entre outros, desde que destinados à venda ao consumidor final; ou em cozinhas industriais, quando destinados à venda direta a empresas para o consumo dos funcionários;
  • A confecção ou preparo de produtos de artesanato;
  • Confecção de roupas, por encomenda direta do consumidor, em oficina ou na residência do confeccionador;
  • A manipulação em farmácias, para venda direta ao consumidor, de medicamentos mediante receita médica;
  • A moagem de café torrado realizada por comerciante varejista como atividade secundária;
  • Entre outras atividades descritas no artigo 5º do Decreto 7.212/2010, que determina como deve ser feita a cobrança, arrecadação, fiscalização e administração do Imposto sobre Produtos Industrializados.

O IPI é obrigatório para quem?

Segundo o Decreto 7.212/2010, o imposto é obrigatório para:

  • O importador, quando os produtos passam pela aduana brasileira;
  • A indústria, quando as mercadorias saem do local onde foram produzidos;
  • O estabelecimento equiparado a industrial (como importadores de produtos e filiais de indústrias), quando as mercadorias saem do local;
  • Quem consumir ou mandar para empresas que não sejam jornalísticas ou editoras o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.

Ainda de acordo com o decreto, é considerado fato gerador do IPI:

  • O desembaraço aduaneiro de produtos fabricados no exterior (ou seja, o processo para liberar a entrada de mercadorias no território brasileiro);
  • A saída de mercadoria do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial (em outras palavras, quando o produto sai da indústria ou de locais equivalentes).

Por outro lado, estão isentos do IPI...

Existem várias possibilidades de isenção do pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializados. Entre as principais estão:

  • Livros (inclusive os eletrônicos), jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão: isso acontece porque esses itens são considerados materiais que possibilitam a circulação de informação e conhecimento
  • Produtos industrializados destinados à exportação: aqui trata-se de mais um mecanismo do governo de regulamentar a economia. O objetivo é deixar o produto nacional mais barato e, consequentemente, mais competitivo no exterior. É uma  norma que incentiva as exportações;
  • O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
  • A energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do país.

Se os itens acima forem usados para outras finalidades além daquelas que garantem a isenção do imposto, eles estão sim sujeitos a serem taxados. 

Qual é a alíquota do IPI?

A alíquota do IPI varia de acordo com cada produto. Todas, entretanto, estão presentes na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados.

Isso acontece como uma forma de regular a economia. Os alimentos que consumimos todos os dias, por exemplo, têm uma alíquota menor do que cigarros e bebidas – nesse caso, a taxação é maior porque eles não são essenciais e ainda podem causar danos à saúde.

Em outras palavras, a definição da alíquota pode estimular alguns ramos da indústria e desestimular outros.

Como fazer o cálculo do IPI?

Para fazer o cálculo do IPI a ser pago é simples:

  1. Primeiro, é necessário consultar a tabela para saber qual é a alíquota do produto em questão. 
  2. Depois, é preciso verificar qual é a base de cálculo. Ela é composta pelo valor do produto + seguro + frete + demais despesas de produção. Após chegar ao resultado, basta multiplicar pelo valor da alíquota.

Por exemplo: um produto que tem como base de cálculo (ou seja, a soma do preço da mercadoria, seguros, fretes e outras despesas) o valor de R$ 10.000,00 e alíquota de 5%, será tributado em R$500 de IPI.

Assim como outros tributos, o imposto sobre produtos industrializados é pago por meio do DARF (veja mais sobre ela aqui). Para quem está enquadrado no Simples Nacional, entretanto, o pagamento é feito pelo DAS (saiba mais aqui).

Confira outros conteúdos para o seu negócio

Com todas essas informações sobre o que é IPI, é fácil perceber que este é um imposto importante tanto para quem produz quanto para quem consome.

Mas, se você está começando um negócio, também é necessário entender outros conceitos. Abaixo, veja alguns conteúdos que podem ajudar:

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