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Morar junto: dicas reais para organizar as finanças a dois, três, quatro...

46% dos casais brigam por questões financeiras. Entenda como dividir as contas morando com mozão ou com amigos.
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Morar junto com alguém – seja amigo ou amiga, um grupo de pessoas, namorado, namorada, crush – é uma decisão importante. Não só pela questão da convivência diária, mas também pela organização financeira. Afinal, as contas da casa precisarão ser divididas entre todos – e isso pode ser fonte de problemas.

De acordo com uma pesquisa de 2019 do SPC Brasil, 46% dos casais entrevistados disseram que brigavam com seus parceiros ou parceiras por questões financeiras – sendo que o principal motivo para isso estava ligado aos gastos acima das atuais condições financeiras (38%).

Se você está pensando em morar junto, é essencial refletir bem sobre como será essa vida financeira a dois – ou três, quatro, cinco...

Veja, abaixo, dicas reais de quem conseguiu organizar as finanças morando junto com amigos ou com mozão.

Morar junto: Fundo preto com uma placa de rua que mostra uma casa roxa. Ao redor dela há setas roxas apontando para diferentes direções

Morar junto com amigos

O arquiteto João Paulo Prado, de 26 anos, não aguentava mais morar sozinho em uma kitnet de 16 metros quadrados – com uma única janela, virada para o corredor – em São Paulo: "Morei lá por 3 anos e meio e já estava cansado de não ter espaço e luz direito", conta. "Não tinha lugar para lavar roupa, cozinhar ou mesmo guardar minhas coisas."

Na mesma época, um amigo estava voltando do intercâmbio e eles decidiram morar juntos com outra amiga. "Foi a oportunidade perfeita de me mudar para um apartamento maior", diz.

Desde então, mais de três anos se passaram, os colegas iniciais se mudaram e outras pessoas entraram. "Brinco que foram as temporadas do apartamento. Atualmente estamos na quarta."

Assim como João Paulo, milhares de pessoas dividem seus apartamentos e casas com outros amigos no Brasil.

Ainda é difícil dizer exatamente a quantidade: o mercado não é regulamentado e contratos de aluguel não incluem essa categoria. Entretanto, dados do Censo de 2010 do IBGE apontavam que 0,7% dos domicílios eram compostos por duas ou mais pessoas sem parentesco – em 2000, eram 0,3%. 

Morar junto: no fundo preto, colagem de um caminhão de mudança tingido digitalmente de roxo. Da caçamba do caminhão caem peças geométricas roxas.

Como dividir as contas com amigos?

1- Tenha um critério claro para o rateio do aluguel

Um desafio que todos enfrentam ao morar junto com amigos é como dividir as contas. Todo mundo paga o mesmo valor? As contas do mercado são divididas por igual? Alguém é responsável pelas finanças?

No caso de João Paulo, a decisão foi dividir o aluguel de acordo com o tamanho dos quartos. "Como cada dormitório tem uma metragem diferente, nós três pagamos valores diferentes, sendo o maior quarto o mais caro e o menor o mais barato", explica.

2- Centralize as cobranças em uma pessoa

Além disso, João Paulo é o responsável por organizar as finanças da casa. "Como estou desde o começo, eu que organizo e pago todas as contas, incluindo aluguel, energia e internet", diz.

"Depois, cobro um valor fixo das outras duas pessoas, que inclui um valor médio de gastos por mês e o valor dos quartos. Despesas mais pontuais, como limpeza e materiais, dividimos igualmente", conta.

Outro arranjo possível é dividir o aluguel por igual, caso os quartos sejam idênticos, e cada pessoa ser responsável por uma (ou algumas) conta da casa.

3- Combine o jogo

Independentemente do acordo, o importante é que todos estejam cientes e concordem com ele. Já dizia o ditado: o combinado não sai caro.

Morar junto: fundo preto com várias bolas roxas. Dentro de algumas delas estão peças de xadrez em furta-cor, imitando um tabuleiro.

Dica para quem está pensando em morar com amigos

Para João Paulo, a dica de ouro é encontrar pessoas com um perfil parecido e que estejam na mesma fase de vida. "Eu, por exemplo, depois que me formei na faculdade, procurei por pessoas que estavam num momento semelhante", conta.

Por isso, é importante entender melhor seu perfil, gostos e fase para encontrar pessoas que realmente compartilhem a casa – e não só que morem no mesmo teto.

Morar junto com mozão

"Será que está na hora de juntar as escovas de dente?", você pode estar se perguntando.

O engenheiro aeroespacial Rafael Ihi, de 31 anos, entendeu a resposta quando ficar juntos passou a ser mais comum do que estar separados: "Ocorreu de forma bem natural e gradativa", conta.

"No começo nos víamos só aos finais de semana. Mas, aos poucos, fomos aumentando a frequência até um ponto em que ela tinha mais roupas e pertences onde moramos hoje do que na casa antiga. Foi então que decidimos morar juntos."

Ele e a engenheira civil Luana Perin, de 27 anos, já estão há sete meses dividindo o mesmo teto em São Paulo.  "A maior vantagem de morar junto é poder passar mais tempo com quem a gente gosta e aproveitar a companhia da pessoa", diz Rafael.

Outra vantagem, apontada por Luana, é a possibilidade de dividir as tarefas. "Quando a gente limpa a casa, por exemplo, eu gosto de passar a vassoura e ele o pano", conta. "Então a gente se divide em tarefas de acordo com a nossa preferência, assim fica mais fácil deixar tudo organizado."

Mas nem só de pontos positivos se faz a vida a dois. Morar junto também traz algumas questões que precisam ser levadas em consideração.

"Sobre os contras, morar com alguém pode acabar aumentando a preguiça para manter atividades e hobbies individuais. Também é preciso adaptar nossa rotina à rotina da outra pessoa", explica Rafael.

Luana concorda. "Como nós trabalhamos fora, algumas atividades ficam para quando chegamos em casa", diz. "Claro que dá para fazer, mas acaba exigindo um pouquinho mais de esforço, porque queremos ficar juntos."  

Morar Junto: fotografia de Rafael e Luana sentados abraçados em uma pedra, no alto da montanha, com uma bela vista atrás.
Luana e Rafael já moram juntos há sete meses: "Ocorreu de forma natural", diz ele.

Como dividir as contas em dois?

1- Fale sobre dinheiro

Segundo a pesquisa do SPC Brasil, 85% dos entrevistados afirmaram que conversam em casa sobre o orçamento doméstico – sendo que metade (51%) discute com frequência o assunto.

Rafael e Luana são um desses casais. "Quando a gente precisa comprar itens mais caros, por exemplo, conversamos para evitar algumas saídas ou compras que podem ser feitas mais para frente, assim conseguimos comprar esses produtos mais necessários sem comprometer o orçamento", comenta Luana.

2- Combine como será a divisão dos gastos

No caso de Rafael e Luana, cada um é responsável por algumas contas. Mas essa não é a única opção.

Se a renda de uma pessoa é maior que a da outra, o casal pode optar por dividir as despesas de forma proporcional.

Ou seja, se a renda de uma pessoa corresponde a 60% da renda do casal, por exemplo, ela pode ser responsável por 60% das contas.

Alguns consideram essa divisão mais justa, mas tudo depende do combinado entre o casal. O importante é falar sobre as finanças da casa.

Mas, quando o tema é dinheiro, pode ser um desafio manter um diálogo saudável – uma vez que cada um tem um jeito de lidar com as próprias finanças.

3- Priorize seus gastos levando em conta também as necessidades da casa

Ainda de acordo com o SPC, 46% dos casais brigam por questões financeiras. Os principais motivos?

  • O fato de o parceiro gastar além das condições financeiras (38%);
  • O parceiro gastar tudo o que ganha e não conseguir guardar dinheiro (27%);
  • Opiniões diferentes sobre os gastos da casa (25%); 
  • Atrasos no pagamento das contas (25%). 

Por isso, antes de morar junto, tenha em mente que dividir a casa é mais do que fazer planos e assistir a séries abraçados no sofá.

Também é preciso falar sobre dinheiro com abertura e compreensão, não só nos momentos em que as contas apertam.

Morar junto: no fundo preto, colagem de imagens de dois blocos de anotações ao fundo, uma tesoura à frente e uma régua.

Dica para quem está pensando em morar com mozão

Para quem está pensando em dividir a casa com quem se ama, a dica de Rafael é refletir bastante antes de tomar qualquer decisão. "É importante não se precipitar", diz ele. "Conhecer bem a pessoa, a rotina e se planejar bem."

Já Luana aconselha morar junto se realmente achar que o parceiro é a pessoa certa. "É preciso estar disposto a ajustar alguns costumes e não deixar de fazer as próprias atividades", diz. 

Está pensando em sair de casa?

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