Como a inflação dos Estados Unidos afeta a bolsa brasileira?

Com a alta da inflação e um possível crescimento dos juros americanos nos próximos meses, investidores de todo o mundo buscam por mercados emergentes para se proteger. Entenda

O índice de preços ao consumidor dos EUA, que mede a inflação no país, subiu 0,6% em janeiro, acumulando uma alta de 7,5%. Esse é o maior patamar dos últimos 40 anos.

A princípio, essa notícia pode não ter muita relação com o cenário brasileiro, mas uma coisa é certa: tudo o que acontece no mercado norte-americano gera algum reflexo nas Bolsas de Valores de todo
o mundo.

Com o anúncio da alta da inflação, não foi diferente: as ações das Bolsas de Valores por lá tiveram uma forte queda. Isso faz com que investidores enxerguem mercados emergentes como o do Brasil por outra perspectiva.

Na teoria, essa alta da inflação pode resultar em aumento de juros. O banco central dos Estados Unidos (também conhecido como FED) se vê pressionado a tomar medidas mais duras para conter o avanço dos preços.

Essa movimentação faz com que os investidores mais moderados migrem seus recursos para a renda fixa, enquanto que os de perfil mais arrojado se arrisquem em
outros mercados.

Como tudo na economia, a resposta é: depende. No momento, a bolsa brasileira passa por uma boa fase, justamente porque investidores de todo o mundo buscam pelos nossos ativos numa tentativa de se proteger.

Então, isso é positivo para
o Brasil?

Com o real e as
ações brasileiras excessivamente baratas para os estrangeiros, o país tem mais oportunidades de lucros do que o mercado norte-americano, que ainda pode sofrer correções.

Por outro lado, alguns analistas estimam o contrário: eles acreditam que os juros altos nos EUA podem aumentar a atratividade dos 
títulos americanos.

A alta dos juros geraria uma nova onda de investidores interessados em comprar ações americanas por um preço melhor, fazendo com que todo o dinheiro investido aqui voltasse para lá.

Ainda não dá para dizer quanto tempo esse movimento vai durar, nem quais serão os efeitos de longo prazo. 
O jeito é ter cautela.

Saiba mais sobre as bolsas norte-americanas

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