Inflação sobe 1,01% em fevereiro: veja o que muda para o seu bolso
Entenda como a inflação mexe com o seu dinheiro e se ela vai subir mais.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial da inflação do país, encerrou fevereiro com uma alta de 1,01%, a maior para o mês desde 2015. Nos últimos 12 meses, os preços subiram 10,54%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os produtos e serviços dos setores de Educação, Alimentação e Bebidas, e Transportes foram os que mais influenciaram o aumento de fevereiro. Os 9 setores analisados pelo IBGE apresentaram alta no mês.
Que setores subiram mais?
Em fevereiro, estes foram os 5 itens que ficaram mais caros – todos do grupo alimentação: Cenoura: 55,41% Abobrinha: 34,05% Repolho: 25,71% Melancia: 24% Batata-inglesa: 23,49%
E o que ficou mais caro?
Uma inflação maior corrói o valor do dinheiro. Ou seja, o que você comprava ontem com R$ 100 já não consegue comprar hoje. Além disso, a inflação afeta o custo de muitos produtos financeiros que você conhece bem, como seu cartão de crédito.
Como isso afeta o seu bolso?
Tudo fica mais caro, das compras no mercado ao seu financiamento imobiliário e juros do seu cartão. Nesse cenário, o salário não rende.
Resumindo…
Quem investe em renda fixa com rentabilidade amarrada à inflação, está ganhando mais. Neste caso, quanto maior a inflação, maior é a rentabilidade desses ativos.
Alguém ganha com isso?
A inflação vai baixar?
Apesar do aumento da taxa Selic, a inflação resiste e deve subir mais. As projeções dos economistas entrevistados pelo Banco Central é de que ela encerre 2022 em 5,65% – acima da meta de 3,5% para este ano.
Situações externas vão pesar nos preços
A crise entre Rússia e Ucrânia também afeta a inflação no país. Os dois países são grandes exportadores de petróleo e trigo, e a guerra já encareceu essas commodities.
Ou seja, tudo que depende desses produtos também fica mais caro, como combustíveis e pães. Esse fator ainda não pesou na conta da inflação de fevereiro, mas deve aparecer no IPCA dos próximos meses.