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Securitizadora: o que é e como funciona esse tipo de empresa?

Quando uma empresa deseja obter recursos financeiros de uma maneira mais rápida, não é necessário procurar um banco. Isso pode ser feito negociando dívidas de clientes com uma empresa securitizadora. Entenda como.
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Quando uma companhia tem valores a receber e não pode esperar todas as dívidas serem pagas para dar continuidade em seu negócio, a securitizadora entra em jogo.  Essas dívidas são transformadas em títulos e negociadas com investidores. 

Abaixo, entenda melhor como funciona o trabalho de uma empresa securitizadora.

O que é a securitizadora?

A securitizadora é uma empresa que compra os valores que as pessoas estão devendo a uma certa companhia. Assim, a empresa que repassa as dívidas recebe antecipado por elas, o que só ia receber lá na frente. Em troca, a securitizadora fica com um pedaço do valor devido. 

No mercado, essas dívidas são chamadas de direitos creditórios. Alguns tipos são aluguéis, cheques, duplicatas ou valores que foram parcelados no cartão de crédito. 

Por exemplo: a empresa vende um produto a prazo para um consumidor por meio de cartão de crédito. Estes recebíveis (as parcelas a serem pagas pelo consumidor) podem ser vendidos para uma empresa securitizadora na forma de direitos creditórios.

O que é securitização?

Os termos securitizadora e securitização caminham juntos – não dá para separar um do outro. A expressão tem origem americana e, nos Estados Unidos, está ligada à prática de hipoteca. 

Aqui no Brasil, portanto, securitização nada mais é que o processo de conversão de ativos de uma empresa em títulos mobiliários possíveis de serem negociados, como por exemplo títulos ou fundos de investimento.

O que uma empresa securitizadora faz na prática?

Na prática, uma securitizadora compra dívidas que outras empresas têm para receber e transforma isso em títulos mobiliários (investimentos). 

Por exemplo, um cliente da sua empresa vai pagar R$ 1 mil reais daqui um mês, mas você precisa do dinheiro agora. Uma securitizadora te pagaria R$ 900 hoje e receberia do cliente os R$ 1 mil da dívida original daqui a um mês.

Depois de comprar essas dívidas, as securitizadoras criam um “pacotão” de títulos e os distribuem aos investidores. Quem aplica nesses títulos recebe o dinheiro de volta corrigido por uma taxa de juros, ou seja, com lucro.

Mas, para pagar esse lucro aos investidores, as securitizadoras precisam prestar atenção nas dívidas que ela adquiriu para ter certeza de que estão sendo pagas pelos devedores. 

Todo esse processo é feito por meio de operações financeiras complexas, com muitas partes envolvidas. Saiba quais são as principais.

Empresa

É a companhia que vai oferecer os direitos creditórios à securitizadora, vendendo a dívida para que a mesma seja transformada em investimento.

Securitizadora

é a empresa responsável por comprar a dívida da companhia, usá-las para emitir títulos mobiliários e deixar os títulos disponíveis para serem negociados por investidores.

Investidores

É quem aplica nos títulos, gerando recursos e possibilitando à securitizadora pagar a companhia da qual comprou a dívida. Eles podem ser pessoas físicas ou jurídicas.

Quais investimentos uma securitizadora emite?

Uma securitizadora pode emitir diversos tipos de títulos, e eles fazer parte da categoria de crédito privado, uma subdivisão da renda fixa. Conheça alguns deles. 

Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRAs)

Esses dois títulos são muito parecidos, quase irmãos gêmeos. Eles têm esses nomes porque todo o dinheiro investido neles é usado para financiar o mercado imobiliário e o setor do agronegócio.

Você também pode encontrar por aí a denominação “Certificado de Recebíveis Agrícolas” para se referir ao CRA. Mas eles são os mesmos investimentos, trata-se apenas de um sinônimo.

Como os setores imobiliário e do agronegócio são importantes para o país, os lucros desses ativos foram isentados de Imposto de Renda.

CRIs e CRAs não possuem liquidez diária. Ou seja, o resgate do dinheiro aplicado pode ser feito só no vencimento. Por estarem atrelados a extensos projetos, CRI e CRA são investimentos de médio e longo prazos.  

Debêntures

Debêntures são títulos de dívidas, de médio e longo prazos, emitidos por empresas para financiar projetos, aumentar capital, reestruturar dívidas, entre outras finalidades, e também por securitizadoras. 

Emitir debêntures é mais vantajoso do que, por exemplo, contratar empréstimos com instituições financeiras – é uma captação mais rápida e, às vezes, mais barata. 

Ao comprar uma debênture, o investidor empresta seu dinheiro para a empresa e recebe de volta uma remuneração definida no momento da aplicação. Esse é um investimento de renda fixa, já que logo no momento da compra de uma debênture o investidor sabe de quanto será o rendimento. 

É importante dizer que as debêntures são emitidas diretamente pelas empresas ou pelas securitizadoras, sem intermediários. São elas que definem as condições de pagamento, prazos da debênture (de médio ou longo prazos), a remuneração e as condições gerais.

Alternativa para ganhar um fôlego no caixa

Aumentar o capital vendendo dívidas para uma securitizadora ou emitindo debêntures não faz parte da realidade de muitas pequenas e médias empresas. Mas existem outros caminhos para ganhar fôlego no caixa para fazer expansões, investimentos e outros projetos. 

Uma dessas possibilidades é o Capital de Giro do Nubank, um empréstimo para os clientes da conta PJ usarem em sua empresa no curto ou longo prazo.

Ou seja, pode ser tanto para aquela meta ambiciosa da sua empresa quanto para cobrir um imprevisto. Você escolhe o valor, recebe na hora e paga de forma parcelada nos próximos meses. Tudo 100% digital e livre de burocracias.

Durante a contratação, o Nubank oferece todas as informações necessárias para que você entenda as condições e os valores. Tudo de forma transparente e sem taxas escondidas ou surpresas desagradáveis.

FIDC

FIDC é a sigla para Fundo de Investimento em Direitos Creditórios. É um tipo de fundo de investimento que aplica em títulos de crédito criados a partir de contas a receber de uma determinada empresa.

Como a remuneração do FIDC é baseada em uma taxa pré-definida, ele é considerado um investimento em renda fixa.

O FIDC funciona como um fundo de investimento tradicional. Em outras palavras, ele reúne recursos financeiros de diversos investidores para uma aplicação em conjunto. De acordo com a lei, 50% do patrimônio líquido do fundo precisa ser aplicado em direitos creditórios, ou seja, dívidas empresas têm a receber.

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