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Open Finance: o que é, benefícios, segurança dos dados e outras dúvidas

Open Finance é a mesma coisa que Open Banking? Seus dados poderão ser consultados por qualquer banco? O que muda na prática? Tire as principais dúvidas sobre o sistema que está sendo implementado no Brasil.

ilustração em tons de roxo, amarelo e branco, com duas casas de conectando, moedas empilhadas e moedas com as letras A e B em escadas.

No início de 2021, os brasileiros começaram a ouvir falar de Open Finance – também chamado de Open Banking –, uma novidade do sistema financeiro que está sendo implementada de forma gradual no país. Mas o que é o Open Finance, na prática?

https://www.youtube.com/watch?v=ZRq9j-Sb368

De forma bem simplificada: o Open Finance permite que clientes de um banco (ou de uma fintech, corretora, companhias de câmbio, fundos de previdência etc) tenham liberdade para pegar seu histórico financeiro e levar para onde quiserem. Com isso, não é mais necessário iniciar o relacionamento com uma nova instituição financeira do zero.

Por exemplo: suponha que você tenha conta no Banco A, mas queira pegar um empréstimo no Banco B, porque ele oferece condições mais vantajosas. Hoje, o Banco B sabe muito pouco sobre você, e talvez não seja capaz de te oferecer essas condições. Com o Open Finance, você poderá levar suas informações – como seu histórico de pagamentos em dia, por exemplo – do Banco A para o Banco B.

Na prática, o Open Finance permite que o sistema financeiro seja mais transparente, e que você tenha a liberdade de levar suas próprias informações para onde quiser.

O sistema oferece vantagens que podem impactar diretamente as pessoas. Se você ainda tem dúvidas sobre o Open Finance, veja as principais perguntas e respostas sobre o tema.

Open Finance e Open Banking: é a mesma coisa?

Open Finance é o nome que foi adotado para o Open Banking no Brasil, pois além dos bancos e fintechs, outros serviços financeiros também fazem parte do sistema – como seguros e investimentos. A mudança foi feita pelo Banco Central, em maio de 2021.

Quais os benefícios do Open Finance?

As principais vantagens do Open Finance, ou Open Banking, são:

  • Mais liberdade e autonomia para os clientes: a burocracia é uma barreira enorme na hora de tentar mudar de banco ou corretora, por exemplo. E, quanto maior o tempo de relacionamento com uma instituição, mais informações ela tem a seu respeito, e maiores as chances de recomendações e ofertas de produtos serem assertivas. Ao migrar, boa parte desses dados se perde. Com o Open Finance,  você leva essas informações para onde quiser.
  • Mais competição: o Open Finance reduz a barreira de entrada para novos serviços e produtos, criando um ambiente mais competitivo e com mais opções para o consumidor.  Por exemplo: Se a opção de empréstimo do banco A tem juros bem altos, o cliente pode optar por levar todo o histórico e pedir para a instituição B uma proposta melhor, para comparar os juros. Em outras palavras, o Open Finance estimula a competição entre as instituições. Se quiserem manter seus clientes, elas terão que oferecer mais produtos e condições mais competitivos.

Mas é sempre importante reforçar que isso não significa que os dados de todo mundo são públicos, pelo contrário. As instituições só têm acesso às informações se o dono desse histórico escolher compartilhá-las, e por um período de tempo definido.

Quais as responsabilidades das instituições envolvidas no Open Finance?

As instituições que participam do Open Finance devem respeitar o cronograma do Banco Central, oferecendo gradualmente soluções e produtos de acordo com o calendário estabelecido pelo BC. 

Além disso, as empresas precisam cumprir uma série de requisitos para garantir a autenticidade, segurança e sigilo das informações dos clientes, que só poderão ser compartilhadas após o cumprimento de três etapas: 

  1. Consentimento (autorização de compartilhamento);
  2. Autenticação (verificação de identidade);
  3. Confirmação.

Esse fluxo deve ser seguro, ágil e preciso. De acordo com o Banco Central, as empresas que participam do Open Finance devem informar os clientes de maneira clara, objetiva e adequada sobre o que consiste cada uma das etapas. 

Por fim, além das exigências relacionadas ao próprio Open Finance, as instituições também precisam cumprir com o que estabelece a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

O Open Finance vai considerar todo o histórico financeiro do cliente?

Lembre das suas movimentações financeiras como se fossem parte de um filme. Todas as informações que estão registradas pertencem a você. E, caso queira utilizá-las para analisar propostas e encontrar opções mais adequadas à sua realidade, será possível mostrar o histórico dos seus últimos doze meses na nova instituição.

O Open Finance é seguro?

O primeiro passo na criação de um sistema de Open Finance é garantir um ambiente seguro para todas as partes envolvidas. Então, pode ficar tranquilo.

De acordo com o Banco Central, as instituições participantes devem cumprir uma série de requisitos para garantir a autenticidade, a segurança e o sigilo das informações compartilhadas. 

É importante ter em mente que Open Finance não significa que os dados de todo mundo são públicos mas, sim, que as pessoas têm controle para levá-los para onde quiser. Isso se dá por meio de APIs, uma tecnologia que permite que essa troca aconteça de forma mais simples e barata.

Países que já começaram a testar o sistema, como a Inglaterra, criaram várias leis e regras para impedir o mau uso das informações dos clientes – além de formas fáceis de cortar o acesso aos dados quando o cliente não quiser mais utilizar algum serviço ou produto. 

O que são as APIs do Open Finance?

API é a sigla para Application Programming Interface (interface de programação de aplicações, em português). Ela é uma malha tecnológica que permite que diferentes plataformas se comuniquem entre si.

No caso do Open Finance, as instituições financeiras têm APIs abertas, que permitem que os sistemas das diferentes empresas se comuniquem por meio de uma área compartilhada. Assim, quando você autorizar, um banco poderá ter informações sobre seu histórico financeiro em outra instituição, por exemplo.

Para você entender melhor, pense nas empresas de tecnologia, que costumam ter suas APIs abertas. O Google Maps, por exemplo, tem API aberta e qualquer pessoa pode criar um site ou aplicativo integrado a ele. Por isso, é comum encontrar mapas do Google em muitos sites e até aplicativos de navegação e trânsito que usam como base as informações que podem ser obtidas a partir de sua API.

Mas, calma! Suas informações estão seguras e só quem pode autorizar esse processo é você. 

Em outras palavras: você, que é cliente de uma instituição financeira, pode solicitar que suas informações sejam compartilhadas com outras empresas – como bancos, fintechs, corretoras, seguradoras etc.

Leia também: Open Finance: quais cuidados tomar para evitar golpes

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