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O que fazer na Argentina? Guia para os principais destinos do país

Museus, paisagens exuberantes, uma diversidade de vinhos e empanadas. Descubra o que fazer na Argentina e planeje-se financeiramente para visitar o país.
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Gastronomia requintada (com muitas carnes, empanadas e alfajores), parques nacionais reconhecidos como patrimônio da humanidade, estações de esqui e fortes tradições. Se você está buscando o que fazer na Argentina, saiba que há muitas opções que atendem orçamentos variados.

Neste guia, você confere lugares para conhecer na Argentina e dicas de como se organizar financeiramente para viajar para lá.

Precisa de passaporte para entrar na Argentina?

Para ingressar na Argentina não é obrigatório estar com o passaporte (mas se você preferir viajar com o documento, tudo bem). Tanto o RG quanto o passaporte são aceitos para entrar no país – que faz parte do Mercosul.

Desde março de 2021, as autoridades migratórias argentinas já não carimbam passaporte ou emitem documento que comprove a entrada no país. A viagem para a Argentina fica registrada apenas no sistema local.

Quando ir para a Argentina? Planeje sua viagem de acordo com a época do ano 

Viajar durante a baixa temporada pode ser uma boa ideia para quem quer gastar menos. Já quem planeja a viagem para a alta temporada, para poder aproveitar o verão e as férias escolares, tende a encontrar o país mais cheio e preços mais caros. Confira como ficam as principais regiões do país em cada época do ano. 

Verão (dezembro a fevereiro)

  • Buenos Aires: Calor intenso, com temperaturas frequentemente acima de 30°C e alta umidade. É alta temporada, por isso a cidade tende a ficar com muitos turistas e preços elevados;
  • Mendoza e região vinícola: Clima quente e seco, ideal para visitar vinícolas. É também alta temporada, com eventos como a La Fiesta Nacional de la Vendimia, em março;
  • Patagônia e Bariloche: Verão ameno, com temperaturas entre 15°C e 25°C. É a melhor época para atividades ao ar livre, como trilhas e visita aos lagos.

Outono (março a maio)

  • Buenos Aires: Temperaturas amenas e clima agradável. Costuma ter menos turistas e preços mais acessíveis;
  • Mendoza: Clima moderado, ideal para visitas às vinícolas e para apreciar a colheita das uvas;
  • Patagônia: Nessa época as temperaturas começam a cair, mas ainda é possível realizar atividades ao ar livre.

Inverno (junho a agosto)

  • Buenos Aires: Clima frio, com temperaturas entre 5°C e 15°C. Por ser baixa temporada, a capital tem menos turistas e preços mais em conta;
  • Mendoza: Clima frio, ideal para degustações de vinhos em ambientes internos;
  • Patagônia e Bariloche: Época de neve, perfeita para esportes de inverno como esqui e snowboard. Como as pessoas costumam viajar exatamente para fazer esse tipo de atividade, os preços são mais altos e a circulação de pessoas é maior. 

Primavera (setembro a novembro)

  • Buenos Aires: Temperaturas agradáveis. É uma estação intermediária, com menos turistas e preços acessíveis;
  • Mendoza: Clima ameno, ideal para visitas às vinícolas e para apreciar a colheita das uvas;
  • Patagônia: É o momento em que as temperaturas começam a subir, tornando as atividades ao ar livre mais agradáveis.

Dicas práticas para aproveitar melhor a viagem

  • Roupas: Leve roupas adequadas para a estação e região que você irá visitar. Em regiões como a Patagônia, é essencial levar roupas de frio, mesmo no verão, pois as temperaturas tendem a ser mais baixas que em outras regiões do país;
  • Reservas: Durante a alta temporada, é recomendável fazer reservas com antecedência, tanto das hospedagens quanto das atrações e atividades que deseja fazer;
  • Programação: Considere o clima ao planejar atividades ao ar livre. Por exemplo, as trilhas são mais agradáveis na primavera e no outono.

Quanto custa viajar para a Argentina? Como ir até lá?

Um dos destinos mais procurados da América do Sul, o país faz fronteira com os estados brasileiros do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Segundo dados do Inprotur (Instituto de Promoção do Turismo da Argentina), mais de 460 mil turistas estrangeiros desembarcaram na Argentina na primeira quinzena de 2024 (desses, cerca de 108 mil eram brasileiros) – um aumento de quase 34% em comparação ao mesmo período de 2023.

Existem algumas formas de chegar até a Argentina, partindo do Brasil. Por isso, planejar com antecedência é tão importante, já que a duração e o valor da viagem dependem do seu local de partida, da época do ano e do transporte escolhido.

Avião

Para os brasileiros, a forma mais rápida e prática de chegar até a Argentina é de avião. Se o destino for a capital Buenos Aires, por exemplo, saindo do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o voo tem duração de aproximadamente 3 horas. Se o local de partida é o Aeroporto de Florianópolis, o trajeto dura pouco mais de 2 horas.

O preço da passagem varia de acordo com a cidade de origem e a época do ano, mas é possível encontrar voos de ida e volta por a partir de R$ 400 o trecho.

Partindo de São Paulo, também há voos para diversas cidades da Argentina, como Mendoza, Mar del Plata, Córdoba, Rosario e Ushuaia.

A analista de sistemas Giovana Damian, 27 anos, trabalha no Nubank e dividiu um pouco da sua experiência com a gente em uma entrevista para este guia. Ela conta que saiu de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e foi de avião, fazendo a rota Porto Alegre – Buenos Aires – Bariloche. “Um fato curioso que eu adorei é que, mesmo o último voo sendo doméstico, eles foram muito cuidadosos no raio X para que ninguém embarcasse com nada que pudesse danificar a natureza local.", relembra.

Dicas na hora de comprar passagem aérea 

1. Evite viajar em feriados, finais de semana e alta temporada

Se essa escolha for possível, considere. O ideal é viajar em períodos de baixa temporada, tanto para economizar nas passagens quanto durante a viagem. Em períodos como Natal, Ano Novo e feriados prolongados, por exemplo, a busca por passagens aumenta – logo, os preços também.

2. Tente viajar por períodos mais longos

Se puder, tente ficar no mínimo 7 dias no seu destino. Normalmente passagens aéreas mais baratas são disponibilizadas para períodos mais longos de viagem.

3. Compre com antecedência

Comprar com antecedência pode valer a pena. Cada destino tem uma melhor época para ser visitado, mas tarifas mais em conta são encontradas entre 90 e até 180 dias antes da viagem.

Se você não puder se antecipar tanto, procure, pelo menos, reservar as passagens aéreas com 60 dias de antecedência para ter acesso às melhores tarifas.

4. Utilize as ferramentas certas

Encontrar passagens aéreas baratas exige paciência. E utilizar as ferramentas corretas de pesquisa pode facilitar essa tarefa. Como:

  • Alerta de preços: para receber por e-mail as novidades sobre o voo escolhido;
  • Mês mais barato: para selecionar o dia mais barato para voar no mês selecionado ou nos próximos 12 meses, sem ter que definir datas exatas no momento da busca;
  • Mecanismo de seleção de aeroporto: você pode selecionar, por exemplo, a opção “Argentina (qualquer)”, assim todos os aeroportos do país aparecerão nos resultados. Para acrescentar aeroportos próximos, basta selecionar a caixinha abaixo do campo de busca por local.

Passagens aéreas: confira dicas para se dar bem na hora da compra

Outra ferramenta que ajuda na busca por passagens é o Nu Viagens, a plataforma do Nubank Ultravioleta. Com ele é possível verificar quando é o melhor momento para comprar passagens aéreas, graças a um monitoramento do histórico de preços feito 24 horas e que analisa os valores do destino nas datas desejadas para a sua viagem.

Ao identificar o momento ideal, a compra é recomendada diretamente pelo aplicativo e uma proteção gratuita é oferecida contra variações de preço por até 30 dias após a data da compra. Isso significa que, se o preço do voo baixar ainda mais, o cliente Ultravioleta  pode receber até R$ 500 de volta – garantindo sempre o melhor negócio.

Ônibus

Diversas empresas oferecem rotas de ônibus saindo de cidades do Brasil com destino a Buenos Aires. Essa é uma boa opção para quem tem um orçamento mais restrito e não se importa de fazer uma viagem longa. O trajeto de ônibus costuma ser mais barato, mas ele dura quase 40 horas para quem sai de São Paulo. Porém há quem goste de curtir a viagem de ônibus para explorar os trajetos pelo caminho e acompanhar a mudança de paisagem.

Para aqueles que estão no Rio Grande do Sul, existem empresas que oferecem linhas diretas para cidades argentinas, como Buenos Aires e São Gabriel. A viagem dura cerca de 22 horas partindo de Porto Alegre e o preço médio da passagem gira em torno de R$ 600. Na hora de se organizar, vale procurar no site das principais rodoviárias do país e pesquisar os horários de saída, as paradas, os tipos de ônibus e todas as informações necessárias para evitar contratempos durante o seu trajeto.

Carro

Algumas cidades da região sul do Brasil fazem fronteira com a Argentina, como é o caso de Foz do Iguaçu, no Paraná, Porto Xavier, no Rio Grande do Sul, Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina, entre outras. E isso torna a viagem de carro mais fácil.  

Para planejar os itinerários e escolher o melhor caminho, é recomendável usar um aplicativo de mapas. Vale ter em mente que, ao fazer uma viagem de carro do Brasil para a Argentina, é necessário portar os seguintes documentos:

  • Passaporte, RG ou CIN (Carteira de Identidade Nacional) válidos;
  • CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo) – licenciamento do carro, que comprova a regularidade do veículo;
  • CNH (Carteira Nacional de Habilitação) – Não é necessário tirar uma habilitação internacional, a carteira brasileira é aceita;
  • Seguro Carta Verde – o seguro obrigatório que cobre danos a terceiros em países do Mercosul, incluindo a Argentina. O documento é imprescindível para circular com o veículo em território argentino;
  • Autorização do proprietário do veículo (se necessário): caso o veículo não esteja no nome do condutor, é necessário ter uma autorização autenticada em cartório, permitindo o uso do carro para a viagem dentro do país vizinho;
  • Autorização para menores de idade que estiverem no veículo sem o acompanhamento dos pais (emitida pela Polícia Federal).

O que é o Seguro Carta Verde?

O Seguro Carta Verde é um seguro obrigatório para veículos que cruzam fronteiras internacionais. Este documento é necessário para entrar em território dos países membros do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai).

Para obter o seguro Carta Verde, busque uma seguradora que ofereça esse tipo de proteção e forneça os documentos necessários, como o CRLV do veículo e dados pessoais. Após a contratação, você receberá um certificado, que deve ser apresentado às autoridades da fronteira. 

Cruzeiros

Outra opção é viajar nos cruzeiros que partem do Brasil em direção a Argentina. Algumas companhias como a MSC Cruzeiros e a Costa Cruzeiros oferecem rotas com embarque em Santos (SP) com destino a Buenos Aires, com paradas em Punta del Este e Montevidéu, no Uruguai.

O mais comum é este tipo de percurso durar sete noites. Dentro do navio, você encontra piscinas, spas, teatros, quadras de esporte, lojas de várias categorias, salão de beleza, cassinos (sim, em alto mar é permitido), restaurantes e muito mais. 

Quando o assunto é o preço da viagem, a época do ano acaba fazendo a diferença no valor final. Ou seja, no período de altíssima temporada, que abrange Natal, Réveillon e Carnaval, você provavelmente pagará mais caro. A rota e o tempo de duração do cruzeiro também influenciam bastante nos valores, mas é possível encontrar itinerários a partir de R$ 2 mil.

Trem

Para ir de trem do Brasil para a Argentina, o viajante pode optar por linhas de trem de longa distância que conectam cidades fronteiriças, no sul do país, ou viajar de trem dentro da Argentina depois de chegar ao país. O Trem Patagônico, que conecta a Cordilheira dos Andes à Estepe Patagônica, oferece opções de passeios que incluem a conexão Bariloche-Viedma. 

O preço de uma viagem de Trem Patagônico varia conforme o vagão escolhido e a idade do passageiro. Para crianças de 4 a 12 anos, os preços começam em 81 mil pesos argentinos, cerca de R$ 436, e para adultos não residentes na província de Río Negro, o custo é de 110 mil pesos argentinos, aproximadamente R$ 538.

Para a viagem de trem entre Buenos Aires e Tucumán, é possível utilizar a linha Retiro San Martín – Cevil Pozo, com duração de mais de 30 horas e 21 paradas intermediárias. 

Como é o trem da Linha Retiro San Martín – Cevil Pozo?

O trem da linha Retiro-San Martín-Cevil Pozo é operado pela empresa Trenes Argentinos. O serviço inclui vagões de primeira e segunda classes, e até vagões com restaurantes e outras comodidades.

Para saber os horários e preços das passagens, é recomendável consultar o site da Trenes Argentinos. No entanto, estima-se que o valor do trecho custe por volta de 8.500 pesos argentinos (cerca de R$ 41,00).

O que fazer na Argentina? 5 lugares para conhecer no país vizinho

1. Buenos Aires

Buenos Aires, a capital da Argentina, está localizada às margens do Rio da Prata, e se destaca por sua rica cultura, arquitetura europeia, gastronomia diversificada e vida noturna agitada. A cidade também é conhecida como o berço do tango, o famoso gênero musical que expressa paixão e sensualidade. Imperdível assistir a uma apresentação.

Empanadas argentinas, Mercado de San Telmo. Foto: Arquivo pessoal / Mariana Neves
Tradicional Choripán. Foto: Arquivo pessoal / Mariana Neves

Onde se hospedar em Buenos Aires?

Agora, uma dica de quem já viajou para lá: eu me hospedei na região central da cidade, em um hotel na Avenida 9 de Julio e recomendo, já que a localização permite visitar mais de dez pontos turísticos a pé – como o Obelisco, Plaza de Mayo, Teatro Colón, Calle Florida, Feira de San Telmo, Puerto Madero, El Ateneo Grand Splendid, entre outros.

Eu e minha amiga fomos em junho de 2023 e nos sentimos seguras até para sair e jantar em um restaurante a dois quarteirões do nosso hotel – e voltamos perto da meia noite.

Conheça os bairros para se hospedar em Buenos Aires e a média de preço de cada um

Palermo: Vibrante e moderno, Palermo é o coração da vida noturna e gastronomia de Buenos Aires. Com ruas charmosas e cafés descolados, perfeito para quem busca estilo e diversão (e ótimas fotos também). Por lá, você encontra diárias a partir de R$ 110 em hostels e até R$ 1 mil em hotéis mais luxuosos.

Recoleta: Com arquitetura europeia, museus renomados, como o Museu Nacional de Belas Artes, e o icônico Cemitério da Recoleta, é ideal para quem aprecia cultura, sofisticação e prefere ruas mais arborizadas. Uma diária em um hotel mais econômico custa a partir de R$ 50, já as acomodações de luxo podem girar em torno de R$ 1.500.

San Telmo: Se você prefere algo mais boêmio e autêntico, vai se encantar por San Telmo e suas ruas de paralelepípedos, feiras de antiguidades, tango nas praças e o famoso Mercado San Telmo. A localização é ideal para quem busca uma experiência mais tradicional e artística. É possível se hospedar em bons hotéis a partir de R$ 44 a diária.

Puerto Madero: Puerto Madero é o bairro mais sofisticado de Buenos Aires, com muitos hotéis 5 estrelas e uma variedade de restaurantes gourmet. Ideal para quem busca exclusividade e conforto à beira do Rio da Prata. O bairro oferece diárias a partir de R$ 277 em hotéis de médio porte e até R$ 1.900 em hotéis de luxo.

Centro: O coração comercial e turístico da cidade. Com fácil acesso às principais atrações, como o Obelisco e a Casa Rosada, é uma opção prática e econômica para quem quer explorar tudo a pé – como foi o meu caso. No Centro, dá para encontrar hotéis que oferecem conforto (sem luxo) com diárias a partir de R$ 44.

Dicas para aproveitar a gastronomia

Na parte da gastronomia, não deixe de comer um Choripán, no Mercado San Telmo. O famoso pão com linguiça custa cerca de 4 mil pesos argentinos (em torno de R$ 20 na cotação de maio de 2025). 

Também vale incluir no roteiro os restaurantes El Preferido de Palermo e o Don Julio. Ambos estão localizados no bairro de Palermo – a pouco mais de 20 minutos de distância do centro da cidade, se você estiver de carro. 

Vale mencionar que tanto um quanto o outro costumam ter horas de fila de espera, então neste caso pode ser melhor fazer uma reserva antecipadamente. Caso não seja possível, existem outros restaurantes muito bons aos arredores e que tendem a ser mais vazios. É sempre válido seguir as dicas, mas também partir para explorar os arredores. É nesta hora que a gente descobre lugares que podem ser tão bons quanto os famosos, e às vezes até mais baratos e com atendimento mais interessante.

Para os amantes de futebol, o La Bombonera, estádio do clube argentino Boca Juniors, é um lugar para incluir no roteiro O tour que inclui visita ao museu e ao gramado gira em torno de 18.600 pesos argentinos (R$ 94) para adultos, e 16.800 pesos argentinos (R$ 84) para crianças de 5 a 10 anos e aposentados. 

Minha amiga e eu passamos cerca de duas horas no local e a visita valeu muito a pena. Além do amarelo e azul (Cores da camisa do Boca) vibrantes por todo o espaço, é possível encontrar troféus, vídeos com depoimentos de ex-atletas e jogadores atuais, diversos outros itens que fazem parte da história do clube e ainda adquirir souvenirs, como ímãs de geladeira, chaveiros, copos personalizados e mais.

De lá, siga para o El Caminito, a emblemática rua de Buenos Aires, conhecida por suas casinhas coloridas, murais, esculturas, lojinhas e restaurantes. A rua é muito popular e um dos principais pontos turísticos da cidade. A maioria das pessoas que visitam o local já vai preparada para tirar a tradicional foto em frente ao edifício principal do lugar ou acaba posando com os dançarinos de tango que ficam para fazer uma foto típica argentina.

Se você pensa em comprar algumas lembrancinhas para a família e os amigos, o Caminito é uma ótima opção devido à grande variedade de galerias e lojinhas.

Buenos Aires foi o destino escolhido para encerrar a temporada de A Arte de Viajar, com a comunicadora e jornalista Astrid Fontenelle. Com uma cena artística vibrante, a cidade foi o cenário perfeito, junto com o artista @alanberryrhys.

https://www.instagram.com/p/DLQefRTvpUW/
Passeio de barco

Se você estiver visitando Buenos Aires, vale a pena reservar um dia para conhecer Colonia del Sacramento, no Uruguai. A pequena e charmosa cidade histórica fica a apenas 1 hora e 15 minutos de travessia de barco pelo Rio da Prata – já considerando o tempo total de embarque e deslocamento.

Existem empresas que oferecem saídas diárias de Buenos Aires e Colonia del Sacramento. O bilhete de ida e volta na categoria padrão custa cerca de R$ 300. Mas, se você quiser transformar o trajeto em uma experiência ainda mais especial, vale considerar o upgrade para a categoria Business, por cerca de R$ 55 a mais. Nela, você conta com embarque e desembarque prioritários, assentos mais espaçosos e confortáveis – além de ser recebido com uma taça de espumante para brindar a vista do mar com estilo.

Travessia de barco de Colonia del Sacramento para Buenos Aires. Foto: Arquivo pessoal / Julie Augusto 

É importante chegar com pelo menos uma hora de antecedência, já que o processo de embarque é semelhante ao de um aeroporto: passar pelo raio-x, apresentar documentos e realizar o controle migratório de saída da Argentina e entrada no Uruguai.

Punta del Este: guia para curtir a região e as praias uruguaias 

2. Mendoza

Famosa por suas vinícolas e produção de vinho, Mendoza é uma cidade do oeste da Argentina, localizada ao pé da Cordilheira dos Andes, na Região de Cuyo. 

Para chegar à região, você pode voar diretamente de São Paulo (GRU) para Mendoza (MDZ). A duração do voo é de aproximadamente 4 horas. Passagens de ida e volta costumam custar a partir de R$ 1.105,87 (a depender da época escolhida).

Se você já estiver na Argentina, existem voos internos que saem dos aeroportos de Buenos Aires e vão direto para Mendoza, operados por companhias low cost. O trajeto tem cerca de duas horas.

Viagem de ônibus de Buenos Aires a Mendoza

Viajar de ônibus é uma opção mais econômica, porém, mais demorada. A viagem dura pouco mais de 13 horas e as passagens custam a partir de R$ 380.

Para o gerente de operações Gabriel Duarte, 34 anos, funcionário do Nubank, o que mais chamou sua atenção em Mendoza foi o aspecto culinário da cidade, as diversas vinícolas e a boa estrutura para turistas.

“Fui para Mendoza com a minha família, cerca de dez pessoas no total, e reservamos um serviço de van para nos levar às vinícolas", conta. “Para fugir um pouco do padrão, eu recomendo a L'orange, uma vinícola com vinhos orgânicos super linda e com almoço sensacional e ambiente bem intimista, e a Azeites Laur, onde explicam todo o processo de produção de azeite e oferecem degustação com os diversos tipos de azeite e vinho também.”

Vinícola Artesanal Lórange. Fotos: Arquivo pessoal / Gabriel Duarte

Victor Dotti, 31 anos, que também é Nubanker, concorda com Gabriel e acrescenta: “Eu gosto muito de vinho, então a combinação de passeios de natureza com enoturismo nas melhores vinícolas do mundo foi o que eu mais gostei", diz. 

E para além dos vinhos e azeites, o advogado conheceu o centro da cidade e fez outras atividades “Pude nadar em águas termais e fazer um tour pela Cordilheira dos Andes, passando por alguns povoados locais e pontos turísticos famosos até chegar no mirador do Aconcágua, que é a montanha mais alta da América do Sul", relembra.

Fotos: Arquivo pessoal / Victor Dotti

3. Bariloche

San Carlos de Bariloche, popularmente conhecida como Bariloche, fica na província de Río Negro, perto da Cordilheira dos Andes, na fronteira com o Chile. A cidade está localizada no Parque Nacional Nahuel Huapi, às margens do lago de mesmo nome. 

Algumas capitais brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre oferecem voos diretamente para Bariloche. Os preços das passagens de ida e volta variam entre R$ 1.600 e pouco mais de R$ 3 mil, dependendo da cidade de origem e da antecedência da compra. 

Voos internos na Argentina

Se você estiver em Buenos Aires, pode pegar um voo direto para Bariloche por cerca de R$ 300, dependendo da data e da disponibilidade

Giovana Damian, 27 anos, ficou pouco tempo na cidade, mas os dias foram cheios de programação.  “Chegamos a Bariloche e conhecemos o centro da cidade, onde recomendo se hospedar para facilitar a saída aos passeios", diz. 

A analista de sistemas, que trabalha no Nubank, ressalta que a maioria das atividades é ao redor de Bariloche e duram quase um dia inteiro, por isso, é importante estar preparado. “Leve água e lanches na mochila, use roupas confortáveis e, se possível, contrate um guia turístico, pois eles dão explicações muito bacanas sobre a cultura local e o histórico da região", conta.

Fotos: Arquivo pessoal / Giovana Damian

Giovana ainda compartilha uma dica extra que vale considerar na hora de arrumar a mala: “Polainas são ótimas para se proteger do frio e servem como cuidado extra na volta ao Brasil", diz ela, que enrolou as garrafas de vinho nas polainas para evitar qualquer dano.

Garrafas de vinho enroladas em polainas dentro da mala. Foto: Arquivo pessoal / Giovana Damian

Entre os pontos turísticos que não podem ficar de fora do roteiro está o passeio ao Cerro Tronador – um vulcão extinto que fica a 80 km de Bariloche. 

“Você pode ver um dos únicos glaciares (geleiras) fora da Antártica", destaca Luana Gonçalves, nubanker, 25 anos, advogada. “O meu ponto turístico favorito, meu queridinho, é o Caviahue-Copahue, que tem um vulcão desativado e um visual incrível, com neve, montanha, termas quentes e uma cachoeira cinematográfica", reforça.

Cachoeira em Caviahue-Copahu. Foto: Arquivo pessoal / Luana Gonçalves

Para quem deseja economizar um pouco durante a viagem, ela sugere o restaurante La Fonda del Tío: “É bom, bonito e barato, mas tem que chegar bem cedo para conseguir um lugar para sentar". 

4. Ushuaia

Ushuaia é uma cidade localizada no extremo sul da Argentina, na província da Terra do Fogo, Antártida e Ilhas do Atlântico Sul. É conhecida como “Fim do Mundo" por sua localização remota e proximidade com a Antártida. 

Pedro Carquejeiro, 30 anos, analista de negócios e Nubanker, fez o seguinte roteiro: São Paulo – Calafate – Ushuaia – Chaltén. Ele reservou os passeios com agência local, o que permitiu uma experiência melhor e deixou a viagem mais tranquila, segundo ele.

Foto: Arquivo pessoal / Pedro Carquejeiro

“Ushuaia foi a melhor cidade do meu itinerário. Os passeios de (veículo) 4x4 e quadriciclo foram surpreendentes", relembra. “Algo que menos pessoas fazem, mas que vale a pena, é ir ao Cerro Martial. É uma caminhada que leva o dia inteiro, mas a paisagem é única. Eu ainda pude pegar a primeira grande nevasca quando estava no topo do Cerro e foi muito emocionante ver neve pela primeira vez", diz.

Primeira vez na neve. Foto: Arquivo pessoal / Pedro Carquejeiro

Passeio de barco pelo canal de Beagle

No entanto, um dos passeios mais famosos da região não fez os olhos de Pedro brilharem – e ele ainda achou caro. “Viajei no mês de abril e, durante o passeio de barco pelo canal de Beagle, não consegui ver pinguins e, honestamente, o trajeto é longo e caro demais pelo que entrega. Não recomendo", diz ele.

Para se ter uma ideia, o preço de um passeio de barco pelo Canal de Beagle, em Ushuaia, pode custar a partir de R$ 200 por pessoa, enquanto um passeio que inclui a Ilha Martillo pode começar em R$ 400. Passeios mais longos ou com atividades adicionais podem custar acima de R$ 600. É importante verificar as opções e preços diretamente com as agências de turismo local para obter um orçamento mais preciso.

5. Salta e Jujuy

Salta e Jujuy são províncias vizinhas localizadas no noroeste da Argentina. Frequentemente elas são incluídas no mesmo roteiro turístico por serem bem próximas e possuírem uma herança cultural compartilhada. Salta, com sua capital do mesmo nome, é conhecida por sua arquitetura colonial, gastronomia e vinhos, enquanto Jujuy destaca-se por suas colinas multicoloridas e patrimônio cultural inca. 

O advogado Victor Dotti também conheceu a região e ficou encantado “Em Salta e Jujuy as paisagens são incríveis, algo que eu nunca tinha visto antes. Além de ser uma região bastante inexplorada nos roteiros tradicionais de Argentina", comenta.

A região tem diversos pontos turísticos naturais, formados por paisagens desérticas ou de montanha. “Fomos em um deserto de sal (que é um dos maiores do mundo), visitamos montanhas coloridas, termas e sítios arqueológicos", conta Victor. “Também tem uma região específica por lá que produz vinhos de altura, então visitei vinícolas e fiz degustações". Para ele, as saltenhas (uma espécie de empanada) foram o ponto alto da viagem.

Andrezza Castro, 47 anos, jornalista, que é membro da NuCommunity, a comunidade de clientes do Nubank, também viajou para a região em 2011 e tem memórias inesquecíveis. “Pude contemplar paisagens incríveis, montanhas gigantes, pedras coloridas. O caminho é todo sinalizado e seguro. O sol é escaldante, e por isso recomendo usar protetor solar, óculos de sol e chapéu. Vá de tênis e leve água suficiente para se hidratar durante todo o caminho", compartilha.

Foto: Arquivo pessoal / Andrezza Castro

Qual a melhor forma de levar dinheiro para a Argentina?

A moeda oficial da Argentina é o peso argentino (ARS). Ele é aceito em todos os estabelecimentos do país, porém é comum encontrar bares, restaurantes e lojas que aceitam o pagamento em dólares ou reais em cotações que podem valer mais a pena. E não se preocupe, vários funcionários falam português e muitos são brasileiros – o que pode facilitar a comunicação e entendimento das informações.

Existem três formas de levar dinheiro para a Argentina:

  • Câmbio oficial: é o adotado pelos bancos;
  • Câmbio blue (ou câmbio paralelo): é o câmbio feito nas casas de câmbio espalhadas pelo país; 
  • Câmbio MEP (Mercado Eletrônico de Pagamentos ou Dólar Bolsa): é aquele usado nos cartões de crédito de crédito e débito estrangeiros.

Em maio de 2025 as cotações são as seguintes:

Câmbio oficial: US$ 1 = 1.100 pesos (compra), 1.150 pesos (venda) / R$ 1 = 198 pesos (compra)

Câmbio blue: US$ 1 = 1.170 pesos / R$ 1 = 205 pesos

Câmbio dos cartões: US$ 1 = 1.052 pesos

Dicas financeiras para pagamentos na Argentina

  • Na hora de reservar o hotel, escolha pagar com pesos argentinos no momento do check in. Em muitos casos é possível economizar
  • Além disso, o ideal é levar reais em espécie e trocar ao chegar na Argentina. O único ponto é que você pode acabar ficando com uma grande quantidade de notas e ter que carregá-las. Por isso, saia do hotel portando apenas o que pretende utilizar no dia.
  • Com a Conta Global Ultravioleta, clientes de alta renda do Nubank têm acesso a câmbio instantâneo para dólar, euro e mais de 40 moedas com spread zero, sem a necessidade de baixar outro aplicativo ou abrir uma conta diferente – tudo fica centralizado no app do Nubank. A Conta Global Ultravioleta também disponibiliza 10GB de internet gratuita em mais de 150 países via eSIM. Você ativa seu benefício direto no app, uma vez por ano, e viaja sem preocupações com cobranças de roaming internacional;
  • Na Argentina, a gorjeta não está inclusa na conta. Geralmente, você não será solicitado ou cobrado diretamente pela propina (nome que se dá em espanhol), mas ela é uma prática esperada. Não existe um percentual especificado para a gorjeta, mas vale considerar entre 10% e 15% do valor total da conta;
  • Nos restaurantes argentinos, fique atento ao cubierto (aquela cestinha de pães acompanhada de patê ou manteiga). Ele já está incluso no preço dos pratos e, mesmo que você não queira, o valor será cobrado de qualquer forma. O preço varia conforme o estabelecimento e deve ser informado no cardápio.

Onde trocar dinheiro na Argentina?

Existem algumas opções para trocar dinheiro na Argentina. Os bancos nacionais são a alternativa mais segura, no entanto, a cotação tende a ser mais cara. Em maio de 2025, por exemplo, a cotação de compra de real brasileiro no Banco Nación era de 20.617 pesos argentinos, e a de venda era de 21.617.

Também existem casas de câmbio espalhadas por todo o país, sendo que algumas delas funcionam 24 horas, como é o caso dos estabelecimentos localizados dentro dos aeroportos. Se quiser economizar, o melhor a fazer é realizar a troca em solo argentino, onde existem mais opções e taxas mais vantajosas, como o câmbio paralelo. 

Na época em que fui, troquei meu dinheiro na Western Union, uma casa de câmbio paralelo próxima ao meu hotel. Foi bem simples, porque só precisei baixar o aplicativo no meu celular, fazer um cadastro e transferir o valor que queria via Pix. Na hora de sacar, só precisei apresentar o meu RG e o número da transferência (que me enviaram por e-mail). 

Vale dizer que, durante o verão, é comum ver o real um pouco mais valorizado com relação ao peso argentino, já que nesta época muitos argentinos costumam vir passar férias no Brasil e a procura pela nossa moeda aumenta. Por esse motivo, procure checar sempre a cotação do real para o dólar e do dólar para o peso argentino, assim como a cotação de troca direta entre real e peso.

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Seguro viagem internacional: como funciona e o que ele cobre?

Lugares para viajar sozinha: 10 destinos nacionais e internacionais seguros para mulheres 

Este conteúdo faz parte da missão do Nubank de devolver às pessoas o controle sobre a sua vida financeira. Ainda não conhece o Nubank? Saiba mais sobre nossos produtos e a nossa história.

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