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Fed corta juros e suas implicações

Medida que praticamente zera a taxa de juros americana foi anunciada no domingo, dia 15. Entenda a repercussão e como isso afeta o Brasil.

Fed corta juros: imagem da estátua da liberdade com um fundo branco e roxo atrás

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), anunciou um corte que praticamente zera a taxa de juros norte americana. No domingo (15 de março de 2020), o Fed comunicou o corte de um ponto percentual – o que significa que a taxa de juros dos EUA agora varia entre 0% e 0,25%

A medida é parte dos esforços emergenciais para ajudar a economia em tempos de crise – a epidemia do coronavírus Covid-19 e as variações do petróleo estão derrubando as bolsas e afetando praticamente todos os mercados do mundo.

Outros países, como Canadá, Reino Unido, Japão, Suíça e membros da União Europeia também anunciaram medidas emergenciais coordenadas com o Fed.

Por que reduzir a taxa de juros é uma medida de auxílio?

Mexer na taxa básica de juros da economia é uma forma de tentar fazer com que o dinheiro continue circulando no país.

A taxa básica de juros da economia é usada para definir diversas outras taxas – logo, se ela cai, a expectativa é que juros para o consumidor e para as empresas também caiam.

Leia mais: Entenda a Selic, a taxa de juros básica da economia brasileira

Um exemplo bem simplificado de como isso pode funcionar:

Muitos rendimentos estão atrelados à taxa básica de juros – o cliente deposita o dinheiro e recebe um rendimento determinado sobre aquele valor.

Os grandes bancos costumam ganhar dinheiro fazendo operações de empréstimo – o dinheiro depositado pelos correntistas é emprestado com juros para quem precisa desses recursos. De forma simplificada, essas taxas de juros do empréstimo precisam ser suficientes para cobrir o rendimento de quem deixou o dinheiro no banco (e também gerar lucro). 

Ou seja: se o rendimento que os bancos pagam cai, em tese é possível diminuir a taxa cobrada na outra ponta, de quem está pegando empréstimo.

Além disso, juros mais baixos devem representar crédito mais barato, o que, por sua vez, pode estimular as tomadas de empréstimo e o empreendedorismo – medidas que colocam mais dinheiro em circulação e ajudam a esquentar a economia.

A queda da taxa dos EUA é boa ou ruim para o Brasil?

Na teoria, a queda dos juros básicos de uma economia deveria levar investidores a buscar rendimentos em outros países. Afinal, dinheiro "parado", rendendo à taxa básica, agora vai render menos. No entanto, no cenário atual, existem muitas outras forças em atuação. 

A incerteza gerada pela pandemia de coronavírus é, hoje, o principal deles. 

Em um cenário de incertezas, os investidores tendem a buscar as opções de menor risco – e os Estados Unidos, sendo a maior economia global, são vistos como um certeza.

Logo após o anúncio do Fed, o dólar começou a segunda-feira em uma alta de 3%, a R$ 4,98. Tanto na Europa, quanto na Ásia, as bolsas abriram o mesmo dia em queda.  

Outras medidas anunciadas pelo Fed

Além do corte na taxa de juros, o Fed também comunicou a injeção de US$ 700 bilhões na economia (através da compra de títulos do Tesouro americano, por exemplo) como mais uma forma de estimular a economia contra o efeito do Covid-19.

Também foi anunciado um acordo entre os bancos centrais americano, canadense, britânico, japonês, suíço e europeu para aumentar a liquidez dos mercados através da redução de juros das operações de swap – ou seja, quando há um contrato de troca de riscos e as duas pontas da operação estão comprometidas a pagar a oscilação da taxa (como as mudanças no dólar).

No cenário atual, vêm sendo tomadas diariamente medidas que estão balançando a economia. Manter-se informado é essencial para navegar esse momento com mais tranquilidade. Fique de olho no nosso blog e assine a newsletter do Nubank para entender melhor tudo que está acontecendo.

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