Por Phelipe Siani
Hoje, ter um assistente pessoal, tipo uma Alexa, é mais que comum — zero novidade. É que nem parece, mas já faz mais de dez anos que a Amazon lançou no mercado a primeira Alexa, que prometia ser um marco tecnológico para revolucionar o jeito como a gente se relacionava, na prática, com a tecnologia e entendia automação. Deu certo.
Aí, lógico, vieram os concorrentes. Hoje, Google e Apple também têm seus assistentes pessoais, mas, por ter sido a primeira empresa a fazer isso em larga escala, a Amazon acabou fazendo com que a Alexa se estabelecesse como referência; virou meio o que Danone, Gillette e Miojo são nos seus segmentos. Tanto que muita gente chama os assistentes da concorrência de “Alexa do Google” ou “Alexa da Apple”.
As novas Alexas e a chegada da inteligência artificial
Tá, mas por que eu estou falando sobre isso agora? Porque a Amazon acabou de anunciar novas Alexas (teoricamente, Alexa é só o sistema; os aparelhos físicos são chamados de Echos, mas eu prefiro chamar de Alexa mesmo).
Os novos aparelhos estão bem mais modernos, com uma qualidade de som bastante aprimorada, microfones que captam a nossa voz mesmo em lugares barulhentos e um caminho asfaltado para a chegada de um novo sistema, a Alexa+, que promete integrar de vez inteligência artificial e um tom de voz bem mais natural para o assistente.
Se você, como eu, usa Alexa já há bastante tempo, deve ter percebido que, com a chegada do ChatGPT há dois anos, a Alexa deixou de parecer algo supertecnológico. Enquanto o GPT chegou batendo papo e virando terapeuta de muita gente, a Alexa continuou sendo um assistente que fala num ritmo robótico e, muitas vezes, não entende muito bem o que a gente quer.
A Alexa+, que já está funcionando lá fora, promete resolver esse problema, mas, infelizmente, ainda não tem data para chegar aqui no Brasil.
A resposta do Google: integração com o Gemini
Essa é uma evolução que também deve chegar aos HomePods, os equipamentos assistentes do Google. Eles fizeram um anúncio bastante recente dizendo que vão colocar dentro dos aparelhos o Gemini, que é o modelo de inteligência artificial da empresa.
A promessa é de isso melhorar (e muito) a compreensão geral dos equipamentos em relação não só aos pedidos que a gente faz, mas, principalmente, trazendo mais contextualização às conversas. É quase como se, a partir dessa mudança, os HomePods entendessem a gente mesmo se os nossos pedidos não forem tão claros e óbvios.
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Como usar um assistente pessoal no dia a dia do seu negócio
Mesmo sem essas mudanças ainda totalmente implantadas, já dá para usar bastante esses assistentes pessoais no dia a dia do seu negócio. Tem usuário que acha que esses equipamentos funcionam só para pedir música com comando de voz, mas, para quem empreende, eles podem ser uma secretária bem dedicada e que não precisa de salário.
Eu preparei uma lista de cinco coisas que você pode pedir para um assistente pessoal como Alexa e HomePod no seu negócio. Olha só:
1. Lembretes de compromissos e cobranças
Comandos simples como “me lembre de ligar para o fornecedor X às 10 da manhã” ou “avise que eu preciso mandar a proposta para o cliente Y amanhã de manhã” podem substituir aquela agenda esquecida no canto da mesa.
2. Organização da rotina
Os assistentes podem se conectar com calendários digitais, como o Google Agenda, e criar uma espécie de secretária virtual. Assim, a cada reunião, entrega ou prazo, você recebe alertas de voz em tempo real para não esquecer nada.
3. Controle básico de estoque e pedidos
Com algumas skills (que são tipo aplicativos que você instala no seu login) dá para registrar pedidos ou anotar itens em falta. Não é um sistema de gestão supercompleto, mas funciona bem para dar um apoio rápido, principalmente para quem toca um negócio pequeno sozinho.
4. Treinamento e atualização
Os assistentes pessoais podem reproduzir podcasts, notícias do setor ou até cursos rápidos. Para quem tem pouco tempo, ouvir um conteúdo enquanto organiza a loja ou prepara entregas pode ser uma forma eficiente de se atualizar.
5. Atendimento básico a clientes
Já existem ferramentas integradas que permitem configurar respostas automáticas para perguntas frequentes, transformando, por exemplo, a Alexa em um primeiro ponto de contato automatizado para o negócio.
Por que isso importa para quem empreende?
Segundo o Sebrae, o país já tem mais de 21 milhões de pequenos negócios ativos (sim, é muita coisa). Isso representa 99% do volume total de empresas e mais de um quarto do nosso PIB, que é, basicamente, tudo o que produzimos como país durante um ano inteiro.
Quando usamos tecnologias como a Alexa ou os assistentes pessoais do Google e da Apple, conseguimos nos concentrar no que importa de verdade: pensar em novas estratégias, atender melhor os clientes e, principalmente, fazer a empresa crescer.
Com um custo relativamente baixo, o assistente pessoal consegue fazer uma parte bastante considerável do que, até pouco tempo atrás, precisaríamos de uma secretária todos os dias para conseguir o mesmo resultado.
Tecnologia não é luxo, é sobrevivência
No fim das contas, o recado segue a lógica básica da busca por eficiência nos negócios: tecnologia não é luxo; é ferramenta de sobrevivência em mercados cada vez mais competitivos.
Eu não estou aqui para dizer que empreender é fácil, eu sei bem que não é. Mas a ideia é mostrar, a cada dica que a gente divide, que dá para desmistificar essa jornada com ajuda da tecnologia prática, aquela que chega de verdade à nossa rotina.
É a prova de que não precisa florear, nem pensar em plataformas caríssimas ou que exijam uma implantação supercomplexa.
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Descomplicando o seu Negócio: a nova coluna do blog do Nubank
A partir de agora, o blog do Nubank conta com uma nova coluna mensal: Descomplicando o seu Negócio, conduzida pelo jornalista e empreendedor Phelipe Siani. Este é um espaço para inspirar, provocar reflexões e mostrar, na prática, que é possível simplificar a rotina do seu negócio de maneira leve, eficiente e inteligente.
Todos os meses, Phelipe Siani compartilha informações, dicas, tendências, tecnologias e estratégias que podem facilitar o dia a dia de quem empreende. Sempre de forma acessível e direto ao ponto.

Phelipe Siani é comunicador, empresário e palestrante, com mais de 20 anos de experiência em jornalismo, criação de conteúdo e desenvolvimento de negócios. Atualmente, é âncora da CNN Brasil e fundador da PHS Holding, grupo que reúne empresas como Albuquerque Content, Trofeo Studio e Office Connection, voltadas à produção de conteúdo, audiovisual e soluções corporativas.
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