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The Last of Us: como seria o mundo real sem dinheiro?

Na série “The Last of Us”, tudo colapsou e a forma como as pessoas lidam com dinheiro mudou. Na vida real, é possível que o mundo exista sem dinheiro? Para os membros da NuCommunity e alguns estudiosos, é possível sim.
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Alimentos, remédios e até bateria de automóvel. Na série “The Last of Us”, do streaming Max, esses e outros itens são considerados moedas importantes para sobreviver em um mundo colapsado. A história mostra que nada parou de pé depois de um surto global de um fungo e a economia, como você conhece hoje, deixou de existir. 

Mas é possível pensar no mundo real sem dinheiro? Parece um cenário provável apenas na ficção, mas já há até algumas teorias e iniciativas que querem provar que sim, é possível. 

Se você quer saber como é a vida sem sistemas estruturados na ficção, aproveite para maratonar a série “The Last of Us", disponível na Max. A segunda temporada da história estreia no dia 13 de abril e clientes Nubank+ têm assinatura Max inclusa sem custo adicional no plano Básico com anúncios, e possibilidade de fazer upgrade para o plano Standard mensal. O Nubank+ é a evolução da experiência do Nubank. Além da assinatura Max para você acompanhar a segunda temporada de “The Last of Us", filmes, reality shows e outras séries, clientes Nubank+ também tem outras vantagens que simplificam a rotina. 

O mundo consegue existir sem dinheiro? 

A resposta para essa pergunta depende do entendimento do termo dinheiro. Segundo o dicionário Michaelis, uma das muitas definições para a palavra é: 

“Moedas ou cédulas utilizadas como meio de troca na aquisição de bens, serviços, força de trabalho e quaisquer outras transações financeiras, que são colocadas em circulação pelo governo de cada nação, o qual as emite e lhes fixa o valor". 

Diante dessa definição, seria difícil imaginar um mundo sem moedas e cédulas, certo?

Contudo, este não é o único significado para dinheiro. 

Dinheiro também é “todo e qualquer valor comercial” e “valor representativo de qualquer quantia”, segundo o dicionário. Nesse sentido, não é só possível viver em um mundo sem moedas e cédulas, como essa era a realidade no passado. 

O dinheiro como você conhece hoje só começou a existir a partir do século VII, com as primeiras emissões de moedas de ouro e prata na China. No Brasil, as primeiras moedas começaram a ser produzidas a partir de 1694, com a criação da primeira Casa da Moeda brasileira, na Bahia. Até então, as moedas que circulavam eram as portuguesas e espanholas, segundo informações do Banco Central

Antes das primeiras moedas e notas começarem a circular pelo mundo, o dinheiro era qualquer coisa que poderia representar um valor. Como os alimentos, remédios e bateria de automóvel, mostrados na série “The Last of Us". 

Como seria o mundo atual sem dinheiro? 

Existem algumas teorias e até iniciativas que querem dar uma resposta a essa pergunta. Muitas delas, inclusive, têm como base o sistema de trocas (escambo), que é mostrado na série “The Last of Us". 

A seguir, conheça algumas dessas possibilidades. 

1. Economia Baseada em Recursos e o Projeto Vênus

É impossível falar de um mundo sem dinheiro sem falar de Jacque Fresco, um designer industrial norte-americano que se autodenominava “engenheiro social”, e que faleceu aos 101 anos, em 2017. Ele imaginou uma sociedade alternativa, sem dinheiro, cujo sistema é chamado de Economia Baseada em Recursos (EBR), já na década de 1950.

Essa abordagem sugere que todos os bens e serviços deveriam estar disponíveis sem o uso de dinheiro, crédito ou qualquer outro sistema de débito. A premissa central é que a Terra possui recursos suficientes para atender às necessidades de todos, e que o sistema monetário atual perpetua a escassez e a desigualdade. Ao eliminar o dinheiro, a EBR propõe uma distribuição equitativa dos recursos, utilizando tecnologia avançada para criar abundância. Nesse sistema, a colaboração substituiria a competição e o bem-estar coletivo seria priorizado.

Ele chegou a adquirir um terreno na Flórida (EUA), em 1970, para testar a ideia, que chamou de “Projeto Vênus". O lugar hoje tem construções criadas com práticas e materiais sustentáveis, testa diferentes mecânicas sociais e é aberto a visitação. 

2. Relações como moeda de troca

O Claudio Silva, um dos membros da NuCommunity, a comunidade do Nubank, imagina que, em um mundo sem dinheiro, a moeda de troca são as relações. 

“O valor não está mais no que se tem, mas no que se compartilha. As trocas não envolvem cifras, mas gestos, histórias e afeto. A confiança se torna a nova estrutura de valor. Num mundo assim, o que vale é quem sabe manter os outros vivos.”

3. Dinheiro é acesso 

Jeremy Rifkin, teórico norte-americano que estuda o impacto das transformações da sociedade na economia, é conhecido como autor best-seller. Os seus 21 livros já foram traduzidos para 35 idiomas. Em um dos mais conhecidos, "A Era do Acesso", Rifkin argumenta que a economia está passando de um modelo baseado na propriedade para um baseado no acesso. 

Nesse novo paradigma, as pessoas pagam pelo uso temporário de bens e serviços em vez de possuí-los permanentemente. Embora essa transição ainda envolva transações monetárias, ela reflete uma mudança na percepção do valor, onde a experiência e o acesso tornam-se mais importantes do que a posse. Essa tendência pode ser vista como um passo em direção a uma sociedade em que o dinheiro é menos central, e o compartilhamento e a colaboração ganham destaque. 

No entanto, essa transformação também levanta questões sobre desigualdade de acesso e a mercantilização de aspectos da vida que anteriormente eram considerados bens comuns.

4. Sistema de pontos 

Já o Raniel Reis, outro membro da NuCommunity, aposta em um sistema de pontos baseado em reputação, em que aquelas pessoas que mais contribuírem para a sociedade, ganham mais pontos para serem usados com produtos e serviços. 

“Em vez de bancos convencionais, poderiam surgir instituições que funcionassem como mediadoras de trocas, armazenando esses créditos e facilitando acordos. Esses ‘bancos de tempo’ já são uma realidade em alguns experimentos sociais, em que cada hora de trabalho vale um crédito para ser trocado por serviços de outras pessoas. Com a valorização do tempo, do conhecimento e da confiança, novas profissões surgiriam para mediar e organizar essas relações. Por exemplo, especialistas em ‘economia do tempo’ poderiam trabalhar como consultores para otimizar a distribuição de tarefas e habilidades em comunidades. Profissões ligadas à construção e manutenção de redes de confiança – como mediadores e gestores de reputação – ganhariam destaque”

5. Iniciativas individuais compartilhadas

Algumas pessoas têm explorado a possibilidade de viver sem dinheiro, adotando estilos de vida baseados no compartilhamento, troca e auto-suficiência. A Freeconomy é uma dessas iniciativas mais conhecidas. Ela começou com uma única pessoa, o irlandês Mark Boyle, que decidiu ficar um ano sem dinheiro. O resultado dessa experiência é relatado no livro “O homem sem grana". 

A Freeconomy promove a ideia de que é possível sobreviver compartilhando habilidades e conhecimentos práticos em vez de depender de transações monetárias. Os princípios dessa comunidade incluem dar sem esperar nada em troca, criar laços afetivos com a comunidade e preferir produtos naturais de pequenos produtores locais em substituição aos das grandes corporações. A iniciativa tem como base a confiança e a reciprocidade nas interações humanas.

Ficção ou realidade?

Se é possível imaginar um mundo sem dinheiro, aplicar essas ideias de forma mais global é ficção ou realidade? Não tem como saber ainda. Os críticos desses sistemas mais alternativos argumentam que, sem um meio de troca universal (como o dinheiro), a eficiência nas transações seria comprometida, dificultando a coordenação econômica em larga escala. 

Além disso, a ausência de um sistema monetário poderia levar à valorização de bens específicos, resultando em novas formas de desigualdade e poder. A experiência histórica mostra que sistemas de escambo são limitados e frequentemente ineficazes em sociedades complexas. Portanto, embora a ideia de abolir o dinheiro seja atraente para alguns, sua implementação prática precisa ainda ser muito estudada e testada.

Por outro lado, essas iniciativas incentivam a busca por sistemas econômicos mais justos e sustentáveis. Modelos híbridos que combinam elementos de economias baseadas em recursos, acesso e compartilhamento podem promover novas formas de interação econômica, e colocam destaque na valorização do tempo e do bem-estar das pessoas. 

Onde assistir à segunda temporada de “The Last of Us"? 

A segunda temporada da série “The Last of Us” estreia no dia 13 de abril, mas você já pode assistir à primeira temporada no streaming Max, e entender como a ficção trabalha o mundo sem dinheiro ou sistemas econômicos tradicionais. 

Clientes Nubank+ têm a Assinatura Max inclusa sem custo adicional no plano Básico com anúncios, e a possibilidade de fazer upgrade para o plano Standard mensal.  

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