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O que é o leilão do 5G? Entenda o assunto do momento

Esta é a hora em que as empresas disputarão a chance de operar as faixas de internet até 100 vezes mais rápida no Brasil.
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Nesta quinta-feira, 4 de novembro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai realizar o chamado leilão do 5G, quando empresas disputarão a chance de operar quatro faixas de radiofrequência da nova rede móvel que promete revolucionar a internet no mundo. Mas como assim?

5G é a quinta geração da rede móvel que pode ser até 100 vezes mais rápida que a anterior. Por causa da velocidade, é esperado que essa tecnologia ajude a tornar ainda mais acessível a chamada Internet das Coisas – carros, aparelhos e outros objetos conectados.

Também deve ajudar em projetos que precisam de conexão mais rápida e potente, como telemedicina e linhas de produção automatizadas em indústrias.

A expectativa do Ministério das Comunicações é que o 5G esteja disponível em todas as capitais brasileiras até julho de 2022.

Saiba tudo sobre o 5G

Para que isso se torne realidade, o primeiro passo é leiloar as radiofrequências da nova rede móvel. Mas o que é o leilão do 5G, exatamente? O que isso significa? Calma que vai ficar mais fácil de entender com as respostas abaixo.

O que é o leilão do 5G?

O leilão do 5G é parecido com aqueles leilões que você já deve ter visto em filmes e séries. Mas, em vez de negociar joias e artigos de arte, serão negociadas quatro faixas de radiofrequência da quinta geração da internet móvel: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz.

Essas faixas são como rodovias por onde trafegam os dados da internet. Em termos técnicos, são ondas eletromagnéticas responsáveis pelas transmissões de TV, rádio e das redes móveis.

Ao comprar uma faixa, a empresa ganha o direito de explorá-la comercialmente. Ou seja: de vender pacotes de conexão 5G e outros serviços relacionados – seja para pessoas físicas, seja para pessoas jurídicas.

Outro ponto importante sobre o leilão do 5G é que seu objetivo final não é arrecadar dinheiro. De acordo com o Ministério das Comunicações, boa parte do valor será investido na infraestrutura de telecomunicações no Brasil. 

Isso será possível porque as empresas que comprarem faixas do 5G também terão de cumprir algumas obrigações previstas pela Anatel – que variam de acordo com a faixa de radiofrequência adquirida.

Quais são as obrigações das empresas que comprarem faixas do 5G?

As obrigações variam de acordo com a faixa de radiofrequência adquirida pela empresa. Mas, de forma geral, todas deverão fazer uma série de investimentos na área de telecomunicações brasileira, segundo o Ministério das Comunicações.

Por exemplo: as empresas terão que atender com tecnologia 4G ou superior as regiões com mais de 600 habitantes que são pouco ou não servidas por outras redes.

Para municípios com mais de 30 mil habitantes, por outro lado, as empresas deverão oferecer tecnologia 5G, de acordo com a Anatel. 

Quais empresas vão participar do leilão do 5G?

Existem 15 empresas interessadas nas faixas do 5G no Brasil. Dessas, cinco são operadoras que já atuam no país. As outras são companhias ou consórcios com potencial para se tornar novos operadores por aqui.

O que acontece depois do leilão do 5G?

Depois do leilão do 5G, as empresas vencedoras partem para a fase de implementação da tecnologia no país com a instalação da infraestrutura necessária para isso – como antenas, chamadas de estações rádio base (ERB).

O cronograma de implementação do 5G no Brasil, entretanto, varia de acordo com a região do país. Veja abaixo.

Quando vai chegar o 5G no Brasil?

O 5G vai chegar em momentos diferentes de acordo com a região do Brasil, começando pelas capitais do país – que devem ser atendidas até julho de 2022, de acordo com o Ministério das Comunicações.

Por enquanto, este é o cronograma de implementação do 5G no país:

  • 31 de julho de 2022: capitais e Distrito Federal tendo uma antena a cada 100 mil habitantes;
  • 31 de julho de 2023: capitais e Distrito Federal tendo uma antena a cada 50 mil habitantes;
  • 31 de julho de 2024: capitais e Distrito Federal tendo uma antena a cada 30 mil habitantes;
  • 31 de julho de 2025: capitais e Distrito Federal e cidades com mais de 500 mil habitantes tendo uma antena a cada 10 mil habitantes;
  • 31 de julho de 2026: cidades com mais de 200 mil habitantes tendo uma antena a cada 15 mil habitantes;
  • 31 de julho de 2027: cidades com mais de 100 mil habitantes tendo uma antena a cada 15 mil habitantes;
  • 31 de julho de 2028: pelo menos 50% das cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma antena a cada 15 mil habitantes;
  • 31 de julho de 2029: todas as cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma antena a cada 15 mil habitantes.

Qual a velocidade da internet 5G?

Uma das principais novidades é a velocidade da internet 5G, que pode chegar a ser até 100 vezes mais rápida do que o 4G, segundo o Ministério das Comunicações. Enquanto a média da quarta geração no país é de 19,8 Mbps, o 5G pode chegar a 10 gigabits por segundo.

Claro que a realidade pode ser bem diferente (principalmente em regiões mais remotas), mas a expectativa é que a quinta geração da rede móvel revolucione as telecomunicações no Brasil. 

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