Nos últimos 10 anos, o termo economia compartilhada passou a ganhar destaque no noticiário conforme empresas que oferecem soluções nos mais diversos setores, como viagem, transporte e alimentação, passaram a fazer cada vez mais parte do dia a dia das pessoas.
Uma pesquisa da CNDL mostra que, em 2018, 89% dos brasileiros afirmavam já ter experimentado algum serviço colaborativo.
Além disso uma estimativa da consultoria Price WaterHouse Coopers aponta que até 2025, o mercado de economia compartilhada e on-demand, como os serviços de streaming, vai gerar até US$ 355 bilhões em receita, contra US$ 15 bilhões registrados em 2014 - ou seja: é um mercado com muitas possibilidades e em ascensão.
Desde então, ela também abriu portas para quem busca uma renda extra sem necessariamente abrir mão de sua principal ocupação. Mas, afinal, o que é a economia compartilhada? Como ela pode me ajudar?
Economia compartilhada: o que isso significa?
O conceito de economia compartilhada está relacionado a um modelo de negócios no qual os bens, atividades e serviços são compartilhados com outras pessoas e consumidores - ou seja, não necessariamente você comprará um serviço, mas, na maioria das vezes, vai ter acesso a ele.
Um exemplo que explica bem como funciona a economia compartilhada é o dos aplicativos de transporte: pessoas que se juntam à plataforma podem ou utilizar seu próprio carro para transportar usuários que desejam chegar a algum lugar ou ser "passageiros".
Quem possui o próprio carro pode, por exemplo, se cadastrar para transportar os passageiros e ser remunerado por isso. Quem não possui, paga o motorista e a empresa que intermedia esse serviço.
Resumindo: é uma comunidade formada por pessoas que têm algo para oferecer e por pessoas que estão em busca deste serviço ou bem.
Embora o conceito já exista, na prática, há muitos anos, o diferencial da economia compartilhada que vemos hoje é a existência, na maioria das vezes, de uma plataforma online para unir essas pessoas e manter essa troca frequente.
Economia compartilhada e renda extra
Hoje, muita gente faz uso da economia compartilhada como uma forma de fazer renda extra aproveitando melhor os recursos que têm a sua disposição. Algumas das formas mais comuns são:
Compartilhe seu carro
Quando se trata de carro, existem duas possibilidades de aproveitá-lo melhor na economia compartilhada:
- Se inscrevendo como motorista de aplicativos de transporte;
- Colocando seu carro à disposição de outras pessoas para que possam alugá-lo;
No primeiro caso, você consegue, além de cobrir os gastos do dia-a-dia usando o veículo, lucrar com a realização de corridas. É importante somente ter em mente que é necessário ter certo tempo livre para realizar as corridas e que já é um mercado cheio - no Brasil, em agosto de 2019, eram mais de 1,5 milhão de motoristas cadastrados nas principais plataformas.
Alugue seu imóvel
Alugar um apartamento, casa ou até mesmo um quarto de um imóvel pode ser uma opção mais barata para quem está viajando do que reservar um quarto de hotel. Nesse sentido, a mesma lógica dos carros vale para imóveis: quem possui um imóvel pode alugá-lo para turistas ou viajantes em busca de um lugar para se hospedar.
A lógica vale tanto para quem tem imóvel em alguma cidade turística, ou uma casa desocupada, quanto para quem tem um quarto, edícula ou cômodo vago na própria casa. Nas plataformas de hospedagem é possível descrever exatamente o que você pode oferecer e encontrar um viajante que aceite aquelas condições de hospedagem.
Aluguel de objetos
Não é sempre que temos ferramentas e outros itens de construção à disposição - e, ao mesmo tempo, nunca se sabe quando precisaremos deles. Algumas plataformas permitem que as pessoas anunciem itens como esse para empréstimo ou aluguel. Isso vale também para outros objetos, que podem ser disponibilizados em plataformas específicas.
Vai viajar para o exterior? Receba encomendas
Existem sites que conectam viajantes e pessoas interessadas em determinados itens e produtos que não estão à venda em seu respectivo país. Assim, quando um usuário viaja para locais onde ele está à venda, pode fazer a compra e ser remunerado em cima disso.
Mas atenção: vale lembrar que existem itens proibidos no Brasil, ou mesmo que podem ser taxados. Antes de aceitar trazer uma encomenda, vale se certificar de que não está infringindo nenhuma regra da Receita Federal.
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