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Taxa selic subiu para 4,25%. Isso é bom para meu dinheiro?

Os investimentos em renda fixa ficam mais vantajosos, o crédito fica mais caro. Entenda o impacto da subida da Selic no dia a dia.
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A meta da taxa Selic subiu para 4,25% no dia 16 de junho de 2021 – é o terceiro aumento seguido feito pelo Banco Central, que começou a elevar a taxa básica de juros em março deste ano, após ela atingir sua mínima histórica de 2% em agosto de 2020.

A decisão foi anunciada após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne a cada 45 dias e decide se a meta da taxa vai subir, cair ou permanecer igual. No comunicado, o Copom destacou que os riscos para a recuperação econômica brasileira reduziram, mas a inflação continua preocupando:

"A persistência da pressão inflacionária revela-se maior que o esperado, sobretudo entre os bens industriais", afirmou o comunicado.

O BC também comentou a atual crise hídrica, que deverá causar um aumento significativo nas contas de luz: "As implicações da deterioração do cenário hídrico sobre as tarifas de energia elétrica contribuem para manter a inflação elevada no curto prazo".

Mas, afinal, como essas mudanças impactam o cotidiano? Uma taxa Selic mais alta é boa ou ruim para o seu bolso?

Resposta rápida: depende.

Como a Selic impacta seu bolso?

A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia. Isso significa que mudanças nela impactam diversas outras taxas no mercado – como os juros dos empréstimos, dos parcelamentos, do rendimento da poupança etc.

Quando a Selic aumenta, como é o caso agora, esses juros também tendem a aumentar. De forma bem simplificada, isso costuma impactar o dia a dia das pessoas em duas principais frentes:

  • Crédito: quando a Selic sobe, os juros de empréstimos, financiamentos, parcelamentos, tudo isso tende a subir também. Ou seja, o crédito fica mais caro e menos acessível às pessoas;
  • Investimentos: a Selic e outras taxas ligadas a ela (como o CDI) são usadas como parâmetro para os rendimentos de vários investimentos de baixo risco, como a poupança e aplicações em renda fixa. Quando ela sobe, esses rendimentos também crescem.

Ou seja: por um lado, o aumento da Selic faz com que tomar crédito fique mais caro. Por outro, faz com que o dinheiro guardado ou investido em aplicações de baixo risco se valorize mais.

Leia mais:

Taxa Selic 2021: acompanhe a variação ao longo do ano

Tabela Selic acumulada: veja como a taxa evoluiu nos últimos anos

Por que a Selic sobe ou desce?

A taxa Selic é uma ferramenta usada pelo Banco Central para controlar a inflação. A subida da Selic tende a fazer com que menos dinheiro circule, inibindo o consumo e fazendo com que a inflação diminua. A queda da Selic tem o objetivo oposto: estimular o consumo e aquecer a economia, subindo o ponteiro da inflação.

A inflação, vale lembrar, tem uma meta anual. Essa meta é estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional e tem um piso e um teto.

Ao mexer na taxa Selic, o Banco Central está sempre olhando para frente, tentando manter a inflação o mais próximo possível do centro da meta.

Em 2021, a meta da inflação é 3,75%, com teto de 5,25%. Atualmente, a previsão de analistas do mercado é de que o ano vá se encerrar com inflação de 5,82% – caso isso aconteça, a meta terá sido descumprida.

Neste caso, o Banco Central deve enviar uma carta aberta explicando os motivos do por que isso aconteceu e sugerindo medidas para contornar o cenário.

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