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Saiba o que é spread bancário e entenda como ele funciona

Bancos e instituições financeiras cobram o spread bancário por diversas operações financeiras. Entenda porque isso acontece e como funciona o spread.

Rendimento e liquidez: colagem de um coelho que se multiplica em outros três.

Em 2018, o spread bancário do Brasil foi o mais alto do mundo, segundo a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) - e isso tem grande impacto no seu bolso. Mas o que é o spread bancário e por que ele afeta a vida financeira dos brasileiros?

Basicamente, o spread é a diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar dinheiro e a taxa que ele paga ao captar dinheiro.

"Não entendi"

Os bancos e instituições financeiras ganham dinheiro, basicamente, fazendo operações de empréstimo e cobrando juros por eles, como os financiamentos e cartões de crédito, por exemplo.

Esse dinheiro que os bancos emprestam foi captado com investidores - em muitos casos, esses investidores são os próprios correntistas que fazem depósitos ou compram títulos das instituições.

Um exemplo: um banco cobra juros de 23% ao ano para empréstimos e oferece para os clientes que investem em um CDB da instituição um rendimento de 12% ao ano. Nesse caso, o spread bancário será  de 11% - a diferença entre as taxas.

O spread é o lucro dos bancos e instituições?

Não completamente.

O spread bancário é usado para cobrir custos com impostos, despesas administrativas, casos de inadimplências, entre outros gastos com as operações financeiras. O lucro é o que sobra após todos esses custos serem cobertos.

O valor do spread é definido pelos bancos e varia de acordo com o tipo de operação - empréstimo, crédito, financiamento, etc.

Normalmente, ele é mais alto para pessoas físicas do que para empresas. Segundo o Banco Central, isso acontece por conta da maior incidência de inadimplência entre pessoas físicas do que pessoas jurídicas - o spread é maior exatamente para cobrir esses períodos em que o banco ou instituição financeira fica sem receber.

É também por isso, por exemplo, que os juros do rotativo do cartão de crédito e de cheque especial estão entre os mais altos.

Spread bancário no Brasil

O spread bancário brasileiro já foi o mais alto do mundo e continua entre os maiores. Existe uma explicação para isso: o Brasil possui uma das piores taxas de recuperação de crédito do mundo.

Segundo dados do Banco Mundial, no Brasil, a cada US$ 1 dólar emprestado, somente US$ 0,13 são recuperados. A média dos demais países é de US$ 0,34 a cada US$ 1.

"E o que isso tem a ver?"

Simples: a inadimplência, seja do crédito, financiamento ou empréstimos, faz com que os custos dos bancos fiquem maiores, o que os leva a aumentar os juros de forma a repassar esses custos aos clientes.

Custos que compõem o spread bancário

Dados do Banco Central do Brasil de 2016 mostram que o spread bancário, na época, era formado pelos seguintes custos: inadimplência (39,95%), lucro e outros,(34,02%), impostos diretos (22,68%), depósito compulsório + encargos (2,61%) e custos administrativos (0,75%).

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