Ter uma boa ideia de negócio é importante, mas reconhecer quando ela não funciona na prática pode ser ainda mais. Quando isso acontece, a pessoa empreendedora pode desistir e começar tudo de novo (ou pivotar) – e está tudo bem.
O que é pivotar?
Pivotar é mudar a direção de um negócio mantendo a mesma base que já existia. O termo vem da expressão em inglês "pivot", cujo significado em português é "girar", "mover-se em torno do próprio eixo".
E se você lembrou do pivô do basquete, saiba que as ideias estão, sim, relacionadas. Afinal, um dos papéis desse jogador é parar uma jogada e, enquanto mantêm uma das pernas fixas, observar os movimentos e girar em torno do próprio eixo em busca de bons lances.
Ao pivotar, um empreendedor faz exatamente o mesmo: para, firma a base no que está funcionando e gira a empresa para outra direção mais promissora.
Um exemplo famoso disso é o YouTube, lançado em 2005 como uma plataforma de relacionamento amoroso. A proposta era que os usuários postassem vídeos se apresentando para possíveis parceiros mas, depois de alguns dias sem nenhuma postagem, os fundadores decidiram pivotar: deixaram a ideia inicial de lado e abriram a rede para qualquer tipo de vídeo.
Ou seja: mudaram a direção, mas mantiveram a mesma base tecnológica do projeto inicial. O resultado? Cerca de um ano depois, a empresa foi vendida para o Google por US$ 1,65 bilhão e, em 2024, valia mais de US$ 30 bilhões.
O que não é pivotar?
Pivotar não é fazer uma pequena mudança ou outra no plano de negócio, como adiar o lançamento de um produto ou mudar de fornecedor – esses são ajustes finos que acontecem em qualquer empresa.
O termo pivotar se refere a uma mudança grande de estratégia, por isso só use quando seu negócio realmente estiver mudando de direção. Caso contrário, você pode acabar frustrando seu ouvinte, investidor ou parceiro ao falar sobre como "pivotou" a empresa sem ter pivotado de fato.
Quando é o momento de pivotar uma empresa?
Depende: cada empresa é diferente e o momento de pivotar pode variar de caso para caso. Mas, de forma geral, isso acontece quando a estratégia atual não consegue ajudar a companhia a atingir seus objetivos de negócio, ainda que seja uma boa oportunidade.
E existem diversos motivos para isso:
- O produto ou serviço ficou ultrapassado – como aconteceu com as máquinas fotográficas analógicas;
- Os clientes migraram para outra empresa – por exemplo, usuários do Orkut migrando para o Facebook;
- Surgiu uma oportunidade melhor de negócio – como o serviço de streaming para a Netflix, que antes entregava DVDs por correio;
- O interesse dos consumidores mudou – quem lembra das paletas mexicanas?
- O produto não teve uma boa aceitação no mercado – como o Segway, aquele transportador pessoal de duas rodas que viraram item de segurança de shopping;
- Entre outras razões.
Em outras palavras, se a estratégia de um negócio não funciona mais, mas existe uma base que pode ser usada para uma nova ideia – como aconteceu com o YouTube –, pode ser o momento certo de pivotar.
Como pivotar um negócio?
Para quem entendeu que pivotar pode ser um caminho, o primeiro passo é identificar o que não deu certo na estratégia inicial. Afinal, encontrar a razão do problema é essencial na busca de uma nova oportunidade de negócio.
Se o produto ou serviço se tornou obsoleto, por exemplo, é possível utilizar todo o conhecimento e experiência da companhia para criar uma nova estratégia.
Quando surgiram as máquinas fotográficas digitais, algumas empresas conseguiram aproveitar sua experiência com câmeras analógicas e pivotaram para o novo produto. Outras não – e acabaram desaparecendo.
Além disso, também é importante analisar o mercado, os consumidores e o contexto atual para encontrar oportunidades que podem ser exploradas com a bagagem que a empresa carrega.
E, como sempre na jornada de um negócio, planejamento é essencial na hora de pivotar uma empresa. Por isso, invista o tempo necessário para desenvolvê-lo – e, quando necessário, volte ao plano de negócio.
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