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A eleição americana afeta a economia brasileira?

A economia dos Estados Unidos é uma das mais influentes do mundo - logo, quando há incertezas por lá, todos os países são impactados.
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Novembro de 2020 chegou, o que significa que você provavelmente já entrou em contato de alguma forma com notícias sobre as eleições presidenciais dos Estados Unidos. A corrida eleitoral tomou conta do noticiário e se disseminou pelas redes sociais. Neste dia 3 de novembro, o período de votação se encerra oficialmente.

Mas por que isso importa tanto para o Brasil?

Existe um motivo simples para a cobertura tão intensa da eleição americana: o que acontece nos Estados Unidos impacta o mundo inteiro.

O peso da economia dos Estados Unidos

A economia dos Estados Unidos é considerada a maior do mundo. A estimativa atual do PIB americano é de aproximadamente US$20,8 trilhões. O segundo no ranking é a União Europeia, com cerca de US$14,9 trilhões.

A economia brasileira, com seus atuais US$1,36 trilhão, cabe mais de quatro vezes só nessa diferença entre primeiro e segundo lugar.

É por isso que o dólar também tem um peso enorme: por ser a moeda de uma economia tão potente, ele é a referência monetária mundial. O dólar é usado, por exemplo, como:

  • Reserva monetária de bancos e governos;
  • Referência para a política cambial de outras moedas;
  • Moeda base para compra e venda de commodities (bens e produtos estratégicos comercializados em todo o mundo, como petróleo e soja).

É natural, portanto, que grandes eventos nos Estados Unidos tenham um impacto mundial. Afinal, a manutenção ou troca de um governo pode implicar em mudanças no cenário econômico.

Como o Brasil é diretamente impactado pelas eleições americanas?

Os Estados Unidos são, hoje, o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. No entanto, nenhum dos dois principais candidatos à presidência (Donald Trump e Joe Biden) apresentaram propostas profundas sobre o comércio com o Brasil ou a América Latina no geral.

Não é possível ainda falar de impacto direto na economia brasileira sem cair em especulação, já que quaisquer mudanças no relacionamento entre os dois países dependem de muitos fatores e alinhamentos políticos.

A relação comercial é um dos principais pontos de atenção, assim como o eventual apoio dos Estados Unidos à entrada do Brasil na OCDE.

O futuro dos Estados Unidos

O resultado da eleição dos Estados Unidos ainda é muito incerto. As projeções atuais indicam que Joe Biden tem mais chances de vencer, mas o sistema americano é complexo e a contagem de votos pode levar de dias a semanas.

No meio tempo, os mercados já se antecipam à decisão e reagem com as previsões. As bolsas da Europa, por exemplo, começaram o dia das eleições em alta - a vitória de Biden é considerada favorável às economias europeias, já que existe a expectativa de laços comerciais melhores com um governo Democrata e um pacote de estímulos maior.

Já o dólar, que começou o dia 3 de novembro em queda, voltou a subir ao longo do dia.

especialistas que consideram um dólar mais baixo caso Biden vença, enquanto outros afirmam que a moeda deve se estabilizar próxima ao que já está.

O que se sabe com certeza é que a eleição atual é uma das mais importantes na história recente dos Estados Unidos. Cerca de 100 milhões de eleitores votaram antecipadamente, como permite o sistema dos Estados Unidos, e os estados com resultado mais incerto (os chamados swing states) ainda são um mistério.

A contagem dos próximos dias e semanas será decisiva para que o cenário econômico do futuro - e como ele afeta o Brasil - fique mais claro.

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