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O que é "cruz da morte" do bitcoin?

Esse conceito é usado por analistas financeiros para identificar uma tendência de queda no futuro de algum ativo. Mas o bitcoin está passando por isso? Entenda.

Cruz da morte bitcoin: fotografia de uma escada espiral com um buraco no meio. Créditos Andre Roma

Se você vem acompanhando a novela do bitcoin, talvez tenha lido a expressão "cruz da morte" em algum lugar nas últimas semanas.Este conceito, comum no mundo dos investimentos, carrega uma mensagem pessimista para quem investe na criptomoeda: uma forte desvalorização pode estar chegando, de acordo com alguns analistas.

Depois de diversos altos e baixos em 2021, o bitcoin voltou a valer menos de US$ 30 mil no dia 22 de junho – a mesma cotação do final de 2020 e menos da metade dos quase US$ 65 mil em abril deste ano, um recorde histórico que caiu bem rapidamente.

Essa queda fez com que o bitcoin registrasse a chamada "cruz da morte" – e deixou muitos investidores preocupados.

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Mas o que é a "cruz da morte" do bitcoin?

"Cruz da morte" é um conceito usado por analistas financeiros para identificar uma tendência de forte desvalorização de um ativo no futuro. Ou seja, quando existem fortes indícios de que algo (uma ação, um fundo, uma criptomoeda etc) vai perder muito valor.

Basicamente, a "cruz da morte" acontece quando o valor médio dos últimos 50 dias fica abaixo do valor médio dos últimos 200 dias. Isso indica uma queda ao longo do tempo e dispara o alerta de especialistas.

Como essas projeções se espalham rapidamente entre quem acompanha o mercado, costuma acontecer uma espécie de profecia autorrealizável: ao identificar a "cruz da morte", as pessoas começam a vender seus ativos com medo de que eles se desvalorizem ainda mais; conforme mais pessoas vendem, a oferta aumenta e o preço cai; ao ver o preço caindo, mais pessoas tendem a vender para não amargar um prejuízo ainda maior; e assim sucessivamente.

Foi justamente isso o que aconteceu com o bitcoin em 2013 e 2017, anos em que a "cruz da morte" interrompeu o histórico de alta da criptomoeda e levou a quedas expressivas – entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018, o valor caiu cerca de 60%.

Mas, como existem diversas variáveis que impactam o valor de um ativo, não dá para cravar que esse fenômeno vai ser seguido por uma forte desvalorização.

Em março de 2020, por exemplo, as incertezas da pandemia impactaram o mercado financeiro e levaram o bitcoin à "cruz da morte", mas logo depois a criptomoeda voltou a valorizar e atingiu recordes nos meses seguintes.

O mesmo aconteceu em junho de 2021. Após a "cruz da morte" derrubar o valor do bitcoin para menos de US$ 30 mil, ele voltou a valer mais de US$ 35 mil novamente e, atualmente, está sendo cotado a US$ 33 mil. As expectativas mais pessimistas diziam que a cotação chegaria em US$ 18 mil após o fenômeno (valor equivalente ao de novembro de 2020).

E o que levou à queda do bitcoin?

Os sobes e desces do bitcoin nos últimos meses tiveram vários motivos, mas, mais recentemente, um fator que teve alto impacto foi o anúncio de medidas restritivas da China em relação à criptomoeda. No dia 21 de junho, o Banco Popular da China proibiu bancos e plataformas de pagamento de realizar transações e outras atividades comerciais com a criptomoeda.

Ainda em junho, o governo chinês exigiu o fechamento de diversos centros de "mineração" de bitcoin localizados no país. Esses lugares abrigam computadores super potentes que fazem milhares de cálculos para criar criptomoedas – e a "mineração" na China é responsável por cerca de 80% do comércio de cripto no mundo.

Como o preço do bitcoin é impactado por diversos fatores, ainda não é possível afirmar o que vai acontecer com a criptomoeda – nem se a tendência de queda projetada pela "cruz da morte" realmente vai se concretizar.

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