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QR Pagador: Pix vai funcionar mesmo sem internet. Entenda

De acordo com o Banco Central, os pagamentos instantâneos poderão ser feitos sem acesso à conta e até por terceiros.

QR Pagador Pix: ilustração de um círculo vazado amarelo, com o símbolo de Real no meio, com linhas saindo para todos os lados no fundo preto.

Depois de bater recorde no número de transações na véspera do Dia dos Pais, vem aí mais uma novidade para o Pix: o QR Pagador, que vai permitir pagamentos e transferências sem a necessidade de estar conectado à conta de forma online.

Com isso, será possível usar o Pix quando você não tiver internet, enviar um QR Code para outra pessoa fazer um pagamento e até gerar um QR code impresso para pagamentos sem o celular – por você ou por terceiros.

Esses detalhes foram apresentados pelo Banco Central no dia 10 de agosto, em uma sessão extraordinária do Fórum Pix. A expectativa é que o QR Pagador esteja disponível para o público em novembro de 2021.

O que é QR Pagador do Pix?

Anunciado em abril de 2021 pelo Banco Central, o QR Pagador é uma função que vai permitir usar o Pix sem a necessidade da pessoa estar conectada à conta através da internet. Ou seja, mesmo que o celular esteja sem sinal ou sem dados, por exemplo, ainda assim será possível pagar ou transferir com Pix.

Além disso, o QR Pagador também vai permitir que terceiros realizem pagamentos por Pix, usando um app ou o código impresso, sem ter acesso à conta de quem está pagando. Isso deve permitir funções como, por exemplo, pais e mães fazerem pagamentos à distância para seus filhos.

Isso vai ser possível porque o QR Pagador inverte o processo de pagamento. Hoje, o recebedor (uma loja, por exemplo) apresenta um QR Code e o pagador (cliente) faz o pagamento por Pix. Com essa função, será possível o cliente mostrar o QR Code e a loja ler o código para que o pagamento seja efetuado.

Os objetivos dessa nova função, segundo o Banco Central, são: 

  • Ampliar as possibilidades de uso do Pix;
  • Viabilizar novos modelos de negócio e fomentar a inovação;
  • Permitir a realização de pagamentos sem acesso à internet.

Atualmente, o QR Pagador está na fase de consulta ao mercado, quando as instituições financeiras participantes do Pix podem opinar sobre a função. A previsão do Banco Central é que ele seja lançado em novembro de 2021.

Como o QR Pagador vai funcionar?

O QR Pagador vai funcionar em duas modalidades: a básica, obrigatória para todas as instituições participantes do Pix e com funções mais limitadas; e a avançada, que pode ou não ser adotada pelas instituições e oferece mais opções de uso.

Mas, como as instituições participantes do Pix ainda podem opinar sobre essa função, pode ser que alguns detalhes mudem até o lançamento. De acordo com o Banco Central, deve funcionar assim:

Versão básica do QR Pagador

  • Obrigatória para todas as instituições participantes do Pix;
  • Cada QR Code gerado pelo pagador só poderá ser utilizado uma vez e perderá a validade depois de 5 minutos;
  • O valor do QR Code deverá ser igual ao do pagamento;
  • Limite máximo de R$ 200 por transação (valor que poderá ser reduzido pelo cliente);
  • Uso permitido somente pelo dono da conta.

Por exemplo: uma pessoa está no subsolo de um edifício, sem sinal de internet. Para pagar o estacionamento, ela gera um QR Code offline e apresenta ao caixa. O mesmo vale se a pessoa não tiver pacote de dados disponíveis.

Versão avançada do QR Pagador

  • Opcional às instituições participantes do Pix. Ou seja, elas podem escolher oferecer ou não essa versão aos clientes;
  • O usuário poderá gerar diferentes códigos para diferentes usos. Um, de uso único, terá validade de 5 minutos, no valor exato da compra, e poderá ser usado para pagamentos de até R$ 2 mil. Outro, também de uso único, terá validade de até 7 dias, para pagamentos de valor igual ou inferior ao valor do QR Code. Ele poderá ser usado pelo dono da conta ou terceiros para transações de até R$ 200. Ainda outro, que poderá ser usado mais de uma vez pelo dono da conta ou terceiros, terá validade de 90 dias para transações de até R$ 200.
  • O valor do QR Code, portanto, poderá ser igual ou superior ao pagamento;
  • O limite máximo por transação vai variar de acordo com o uso, podendo chegar a R$ 2 mil;
  • Uso permitido pelo dono da conta e por terceiros.

Por exemplo: uma pessoa vai a um evento e, não querendo estar com o celular nem o cartão, leva apenas um QR Code impresso, por exemplo. Se estiver com o celular mas sem internet, pode armazenar o QR Code no aparelho.

No caso de pagamento por terceiros, por exemplo, um empregador pode deixar um QR impresso para seu funcionário fazer uma compra de emergência.

Exemplo prático do QR Pagador 

Considerando a versão básica do QR Pagador, que será obrigatória para todas as instituições participantes do Pix, funcionará assim na prática:

  1. O pagador acessa o app da instituição financeira e gera um QR Code no valor exato da compra;
  2. Então, o pagador apresenta o QR Code ao caixa do estabelecimento comercial;
  3. O caixa captura o QR Code e processa a informação por meio de seu sistema de pagamento;
  4. Quando a transação for concluída, pagador e caixa recebem uma notificação avisando.

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