Finanças para os pequenos: 5 formas de falar sobre dinheiro sem ser chato em atividades e passeios com as crianças

Existem vários jeitos de falar sobre dinheiro e organização financeira sem precisar recorrer a planilhas. Com criatividade e exemplos cotidianos, dá pra puxar o assunto com os pequenos de um jeito lúdico que envolva toda a família.

Depois de adulto, fica fácil perceber qual tipo de conselho a gente gostaria de ter recebido mais cedo. Organizar os gastos, se preparar para imprevistos, começar a investir… Imagina se você soubesse disso tudo desde a infância. Quem tem filhos ou qualquer pequeno na família tem um papel importante na formação financeira deles. Mas não se preocupe: dá para puxar o assunto durante atividades e passeios com as crianças, e sem ser chato.

Existem estudos que mostram que falar de finanças para as crianças pode ajudá-las a criar hábitos mais saudáveis com o próprio dinheiro. Até os sete anos, uma criança já tem boa parte dos conceitos financeiros moldados na cabeça, quando ensinada desde cedo, segundo uma pesquisa da University of Cambridge. Ou seja, quanto mais cedo, melhor.

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Como falar de finanças em atividades e passeios com as crianças sem ser chato?

É claro que, nessa fase, não dá pra começar com planilhas, nem cálculos complexos. Esqueça todas as coisas chatas que te fizeram não pensar sobre finanças na vida adulta: com os pequenos, a proposta é outra. 

Aprenda a explorar a imaginação e incluir o dinheiro em exemplos cotidianos e cativantes durante atividades e passeios com as crianças, dentro e fora de casa. Confira algumas dicas abaixo:

1. Para ensinar a diferença entre preço e valor, vá ao cinema

Um passeio com as crianças simples pode render uma aula divertida sobre preço e valor. Uma ida ao cinema nunca é só sobre o filme: a experiência geralmente envolve um belo combo de pipoca, bebida e outras guloseimas. Antes de sair de casa, além de definir com a criança a escolha do título, estabeleça também um acordo sobre quais serão os gastos previstos no passeio. 

A compra da pipoca, por exemplo, pode gerar lições sobre custo-benefício. É comum a diferença de preço entre os combos ser pequena – afinal, a ideia é que você pense que o combo mais caro compensa mais.  

É aí que entra a diferença entre preço e valor. O preço é o custo do combo. Mas o valor é o que esse combo representa para você e sua família naquele momento juntos. Neste caso, será que vale mais a pena um único combo grande, para dividir com toda a família, ou dois combos médios? 

Fazendo essa comparação, e explicando o custo e o valor de cada item, você treina o olhar da criança sobre o que compensa mais ao final da escolha. 

2. Quer mostrar o peso de uma escolha? Faça um piquenique

Um passeio com as crianças no supermercado não parece muito divertido. Mas fazer um piquenique no quintal de casa ou num parque é a desculpa perfeita para levar os pequenos para esse ambiente que pode ensinar muito sobre limites. 

Uma vez lá dentro, você pode conduzir um experimento educativo: separe uma quantia de dinheiro e permita que, com ela, a criança possa escolher o que quiser comprar para levar ao piquenique. 

Pode ser que ela corra em direção ao chocolate mais caro, só porque ele vem com um brinquedinho. Nessa hora, você pode explicar que vale mais a pena pegar de uma outra marca e levar três chocolates pelo preço de um. Vale até lembrá-la que, no piquenique, outras crianças podem levar brinquedos ainda mais legais que aquele. 

Agora, se ela realmente quiser o chocolate mais caro, tudo bem: o importante é que ela entenda o preço dessa escolha e saiba que, nem sempre, é possível ter tudo. 

3. Um jogo de tabuleiro para ensinar sobre organização financeira

Jogos de tabuleiro (principalmente os que demandam estratégias) são mais uma opção divertida para falar de quantias, valores, escolhas e conceitos financeiros que às vezes soam distantes ou abstratos. 

O Jogo da Vida da Estrela é um exemplo disso. O objetivo da partida é fazer com que o jogador alcance a própria independência financeira. Para chegar lá, ele passa por um tabuleiro com diferentes situações da vida real (como casar, ter um emprego e comprar uma casa) e se vê obrigado a tomar decisões que podem acabar ou multiplicar o dinheiro de uma rodada para a outra. 

4. Invente brincadeiras para treinar habilidades de negociação

Você não precisa inventar um passeio com as crianças para ensiná-las sobre dinheiro. É possível planejar brincadeiras com coisas que já existem em casa e treinar a habilidade de negociação da criança. 

Pegue itens da sua despensa e monte um mercadinho de mentira. Você pode usar alimentos, produtos de higiene e até peças de roupa. Depois, use um pedaço de papel para desenhar e recortar pequenas notas de dinheiro que serão usadas na brincadeira. 

Estipule o preço dos produtos e, ao longo da brincadeira, inverta os papéis: primeiro a criança pode ser  a pessoa vendedora e, em outra, a cliente. Você pode montar uma lista de compras para ajudá-la a escolher os itens de acordo com o dinheirinho reservado para a brincadeira.

5. Para ensinar sobre guardar dinheiro, vale montar um cofrinho

Um bom jeito de estimular a criança a poupar é criando um cofrinho. Você pode comprar um e presenteá-la, mas a interação e conexão em família será ainda maior se você construir um do zero com ela. 

Use garrafa pet, tinta guache e outros acessórios de papelaria para montar um potinho ou um porquinho onde ela possa armazenar dinheiro de verdade. Você pode encerrar a tarefa oferecendo uma moedinha e combinando uma data no futuro para abrir o cofrinho.

Sua família é mais tecnológica e as crianças já estão crescidas? Crie estratégias para incentivá-las a guardar dinheiro no app do seu banco. Uma ideia é combinar que você vai depositar um valor a mais para cada quantia que a criança guardar no app. Por exemplo: você deposita R$ 5 do seu bolso para cada R$ 30 que ela depositar da semanada ou mesada.

Conheça as Caixinhas do Nubank, a ferramenta para guardar dinheiro das crianças e de qualquer pessoa por objetivos   

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